Bancas de mercados formais quase às moscas, mercados informais ocupados por pessoas com ofícios que os obrigam a trabalhar num mesmo local (alfaiates, sapateiros, cabelereiras,...) e taxas municipais altas (?) e que, aparentemente, não beneficiam os seus contribuintes, parecem ser os motivos que levam a que muitos informais saiam dos locais pré-estabelecidos para os passeios das ruas de Maputo. Por esse motivo (?), especialmente na Baixa de Maputo, peões, que não encontram espaço nos passeios e automobilistas, que pretendem estacionar ou transitar, disputam as bermas da estrada.
Nas ruas de Maputo, se vende de tudo um pouco: produtos alimentares (arroz, batata, cebola, tomate, alho, couve, alface, óleo de cozinha às tampinhas, carne, peixe...) ou pronto a comer (badjias, mahanti, pão, sandes, arroz com caril, peixe frito...); pronto a vestir (saias, casacos, vestidos, calças, roupa interior...) e calçado (chinelos, sapatos, sapatilhas, sandálias...); para petiscar (amendoim torrado, ovo cozido, espetadas, água e sal...) e para beber (água, sumos, refrigerantes, cerveja, bebidas espirituosas...); artigos de lar (lençois, loiça, toalhas, bacias, panelas) e automóvel (sprays, tapetes...) e até ... enfim, um leque de bens passíveis, claro, de descontos de 5, 10, 15, 20, 30 ou 50%.
Em algumas zonas da Baixa de Maputo, nas avenidas Guerra Popular, Zedequias Manganhela, Filipe S. Magaia, dignos epicentros desta avalanche de vendedores informais, é mais notório. Por isso, calcorrear o passeio é uma verdadeira odisseia pois deve-se estar atento para não arrastar para o chão peneiras com amendoim ou castanha, panelas, garrafas, cadernos, CD’s, etc., sob risco de ter que os pagar ou então, entre uma esquivadela e outra, ser-se roubado por guindzas que não perdem nenhuma oportunidade de facturar com o alheio.
Na zona da Ronil, do muro do Cemitério (guarda-fatos fashion) à zona da Estátua, os passeios estão transformados em vitrines ambulantes. O pudor há muito que caiu no esgoto tanto mais que, para o desespero púdico de muitas mulheres, jovens rapazes ousam esticar, diante do nariz de senhoras e senhoritas, com muito à vontade, ou então negócios não são negócios, calcinhas e soutiens, novos e usados sem problemas. Alguns vão ao exagero de, ao escolher uma peça intima que acham servir a determinada cliente, sobretudo as mais avantajadas, excedem-se andando atrás dessa cliente sob pretexto de que "te vai servir, mana".
No entanto, porque parece que o espaço nos passeios já não chega para todos, ou porque se cansaram das corridas do tipo caça à mercadoria (!), estranhamente não ao homem, por parte da Polícia Municipal, que até ensaiou incursões com alguns espécimes caninos, ou porque o segredo para o sucesso talvez seja ser ir ao encontro dos clientes ou então porque a disputa de clientes entre os próprios vendedores é tanta que há mais prejuízo do que benefício, alguns vendedores tornaram-se ambulantes no verdadeiro sentido da palavra.
Carregados como jumentos, com mercadoria na mão, em cauxas, em cabides por eles mesmo modificados e criados, em sacolas (sujeitas a constantes questionamentos da policia, santa paciência!), carrinhas de mão ou em txovas, os vendedores deambulam de um lado para o outro da cidade. No segundo anel da cidade (entre a periferia e a zona chique), estes vendedores, aos berros anunciam o produto que têm para venda: "ximateeee, ha ximate haleno!; coco, coocooooooo...; co’ve, co’veeeeeeeeee...".
Nas ruas de Maputo, se vende de tudo um pouco: produtos alimentares (arroz, batata, cebola, tomate, alho, couve, alface, óleo de cozinha às tampinhas, carne, peixe...) ou pronto a comer (badjias, mahanti, pão, sandes, arroz com caril, peixe frito...); pronto a vestir (saias, casacos, vestidos, calças, roupa interior...) e calçado (chinelos, sapatos, sapatilhas, sandálias...); para petiscar (amendoim torrado, ovo cozido, espetadas, água e sal...) e para beber (água, sumos, refrigerantes, cerveja, bebidas espirituosas...); artigos de lar (lençois, loiça, toalhas, bacias, panelas) e automóvel (sprays, tapetes...) e até ... enfim, um leque de bens passíveis, claro, de descontos de 5, 10, 15, 20, 30 ou 50%.
Em algumas zonas da Baixa de Maputo, nas avenidas Guerra Popular, Zedequias Manganhela, Filipe S. Magaia, dignos epicentros desta avalanche de vendedores informais, é mais notório. Por isso, calcorrear o passeio é uma verdadeira odisseia pois deve-se estar atento para não arrastar para o chão peneiras com amendoim ou castanha, panelas, garrafas, cadernos, CD’s, etc., sob risco de ter que os pagar ou então, entre uma esquivadela e outra, ser-se roubado por guindzas que não perdem nenhuma oportunidade de facturar com o alheio.
Na zona da Ronil, do muro do Cemitério (guarda-fatos fashion) à zona da Estátua, os passeios estão transformados em vitrines ambulantes. O pudor há muito que caiu no esgoto tanto mais que, para o desespero púdico de muitas mulheres, jovens rapazes ousam esticar, diante do nariz de senhoras e senhoritas, com muito à vontade, ou então negócios não são negócios, calcinhas e soutiens, novos e usados sem problemas. Alguns vão ao exagero de, ao escolher uma peça intima que acham servir a determinada cliente, sobretudo as mais avantajadas, excedem-se andando atrás dessa cliente sob pretexto de que "te vai servir, mana".
No entanto, porque parece que o espaço nos passeios já não chega para todos, ou porque se cansaram das corridas do tipo caça à mercadoria (!), estranhamente não ao homem, por parte da Polícia Municipal, que até ensaiou incursões com alguns espécimes caninos, ou porque o segredo para o sucesso talvez seja ser ir ao encontro dos clientes ou então porque a disputa de clientes entre os próprios vendedores é tanta que há mais prejuízo do que benefício, alguns vendedores tornaram-se ambulantes no verdadeiro sentido da palavra.
Carregados como jumentos, com mercadoria na mão, em cauxas, em cabides por eles mesmo modificados e criados, em sacolas (sujeitas a constantes questionamentos da policia, santa paciência!), carrinhas de mão ou em txovas, os vendedores deambulam de um lado para o outro da cidade. No segundo anel da cidade (entre a periferia e a zona chique), estes vendedores, aos berros anunciam o produto que têm para venda: "ximateeee, ha ximate haleno!; coco, coocooooooo...; co’ve, co’veeeeeeeeee...".
2 comentários:
Maputo,
Minha cidade de sonho...
Gostei da imagem que me envias.
Que bom!
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