Envelhecida pelo tempo, que não perdoa nenhuma dívida, Maputo celebra hoje mais um aniversário. Aniversário esse que, reconheçamos, só uma cidade pode ter o privilégio de festejar e aspirar viver muitos mais: 122 anos !
Maputo ou cidade das acácias é uma urbe com traços arquitectónicos do tempo colonial, refira-se que grande parte dos espaços habitacionais da town são disso exemplo. Entretanto, esse cenário é enriquecido pelas inúmeras construções que florescem diariamente, em vários locais dentro e na periferia da cidade, dando um toque incaracterístico a esse casamento entre o novo e o velho.
Em Maputo, como deve ser em qualquer outra cidade do mundo, é também visível o contraste gritante entre o luxo extremo que se acotovela, sem piedade e sem remorsos, com a pobreza absoluta. Não é à toa que os vira-latas equiparam as suas incursões ao lixo dos ricos como idas ao centros comerciais que, eles também, se expandem à velocidade da luz e em muitas superficies. Não é que em breve nascerá um defronte da última morada de todos nós ?
No asfalto maputense, cansado, esburacado ou remendado e, derivado disso, constantemente congestionado, não importa o período do dia, viaturas top gama "para dar mais raiva" aos demais utentes da via, circulam à velocidade da tartaruga (se assim não for como serão os seus proprietários vistos ?) enfurecendo os "Chumakers" dos chapas que disso se aproveitam para promover perigosas gincanas.
Na velha nova Maputo, as suas gentes e outras gentes, que se tornaram suas, batalham, cada um de olho no seu umbigo, dia e noite pelo seu pão. Muitos não olham meios para atingir os fins : guindzas, pirateiros e oportunistas estão em todo o lado. As pessoas são assaltadas em plena luz do dia sob o olhar impávido e sereno dos demais transeuntes ou companheiros de ocasião : socorro, é uma palavra muda, solidariedade é um sentimento inexistente.
Ainda assim, e apesar de todas as suas infindáveis estórias, longa vida Maputo !
Maputo ou cidade das acácias é uma urbe com traços arquitectónicos do tempo colonial, refira-se que grande parte dos espaços habitacionais da town são disso exemplo. Entretanto, esse cenário é enriquecido pelas inúmeras construções que florescem diariamente, em vários locais dentro e na periferia da cidade, dando um toque incaracterístico a esse casamento entre o novo e o velho.
Em Maputo, como deve ser em qualquer outra cidade do mundo, é também visível o contraste gritante entre o luxo extremo que se acotovela, sem piedade e sem remorsos, com a pobreza absoluta. Não é à toa que os vira-latas equiparam as suas incursões ao lixo dos ricos como idas ao centros comerciais que, eles também, se expandem à velocidade da luz e em muitas superficies. Não é que em breve nascerá um defronte da última morada de todos nós ?
No asfalto maputense, cansado, esburacado ou remendado e, derivado disso, constantemente congestionado, não importa o período do dia, viaturas top gama "para dar mais raiva" aos demais utentes da via, circulam à velocidade da tartaruga (se assim não for como serão os seus proprietários vistos ?) enfurecendo os "Chumakers" dos chapas que disso se aproveitam para promover perigosas gincanas.
Na velha nova Maputo, as suas gentes e outras gentes, que se tornaram suas, batalham, cada um de olho no seu umbigo, dia e noite pelo seu pão. Muitos não olham meios para atingir os fins : guindzas, pirateiros e oportunistas estão em todo o lado. As pessoas são assaltadas em plena luz do dia sob o olhar impávido e sereno dos demais transeuntes ou companheiros de ocasião : socorro, é uma palavra muda, solidariedade é um sentimento inexistente.
Ainda assim, e apesar de todas as suas infindáveis estórias, longa vida Maputo !
1 comentário:
Ola Ximbitane, muito grato pelas actualizacoes sobre Maputo. Conto passar o fim do ano em Maputo. Espero nao passar pelos guinzas. Senao nunca mais ireiaterrar o meu antonov por essas bandas. Aqui os gindzas andam com catanas a partir das 22h. Mas nesse periodo todos estamos em casa bem esquinados do frio. Eles ficam congelados a espera das vitimas e quando a vitima passa nem conseguem dobrar os dedos para pegar a catana por estarem duros e congelados
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