sexta-feira, 23 de abril de 2010

Bassopa*!

Não importa se é simples ou conhecido médico, jurista, jornalista, actor, futebolista, etc. ou se faz, de passagem, parte da emergente socialite moçambicana : nos últimos tempos, qualquer um, desde que seja relativamente conhecido, por via dos mass media, corre o risco de, ao ser apanhado com a mão no coiso ou com o coiso na mão, ver tal situação reportada em altas paragonas de alguns programas televisivos.

Engana-se quem pensam que vai, de hoje em diante, tal como fazem algumas estrelas hollywodianas de ser alvo de perseguição de conhecidos papparazis, antes fosse ! Hoje, qualquer cidadão portador de um telemóvel com capacidade para fotografar ou filmar é potencial papparazi. Que o digam alguns alvos desses neopapparazis em pleno acto de compra de bens no dumba-nengue ou em baladas nocturnas que agitam Maputo.

Incentivados por um programa televisivo que, sob patrocínio duma operadora de renome nacional e internacional, a julgar pelas premiações de que se orgulha, literalmente afirma que "paga por pôr os outros na lama" sem sequer se preocupar com as consequências dessa exposição de figuras públicas e das que com quem são geralmente apanhados nesse enredo.

Alvo de comentários mordazes, do tipo "se a dama não é dele ou se ele não é namorado dela, o bicho vai pegar lá em casa", ao analisar, pelo grau de comentários em aglomerações matinais (na paragem de e em autocarros ou chapas), a desgraça de outrém parece agradar a muitos que não vêem a hora de serem abonados com imagens similares para também lucrarem algum. Quanto é, ninguém sabe, mas lucro fácil, quem não gosta ? Bassopa, andar fora é maningue arriscado!

*Cuidado !

PS : Consta que, em manifestação de repúdio aos comentários depreciativos no referido programa, onde o apresentador reconheceu que também se txuna, apesar de serem compras efectuadas pelo seu puto e pela sua prima, um grupo de artistas da praça, liderados pelo instrospectudo Pedro Muiambo, vão proceder a uma passeata de artistas, no Xipamanine, com o lema «Humildade não é defeito – artista compra no dumba-nengue».

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