Txilar ou curtir com a malta é palavra de ordem de muita gente, sobretudo da juventude, à porta dos fins-de-semana e no próprio fim-de-semana. Formas de diversão são inúmeras mas os pontos comuns desse excitante cocktail são o alcool, a música e, algumas vezes, as orgias na traseira dos carros ao olhos de quem está próximo e que até aplaude as performances desse cinema gratuito e bizarro.
Fatalmente, os txilanços dos últimos tempos, obrigam a que os txila’s tenham tako no bolso e viatura (com ou sem o consentimento dos pais ou nem por isso), basta o tanque estar cheio, com o patrocínio dos bradas, evidentemente, para se deslocarem para os locais onde está a bater, de preferência com potentes «sabufas» para dar mais raiva aos outros manos e atrair as dengosas damas que rebolam sensualmente.
Os locais de concentração são conhecidos de todos os txila’s, com a magia dos telemóveis, em poucos minutos, diante de um coleman recheado de todas as apetecíveis geladinhas (também com um verão como este que nunca mais acaba !), duma simples barraca ou dum contentor de bebidas, se aglomera uma ruidosa multidao e a ela vão se juntado outros grupos e… tá-se a txilar, tá a bater !
Os mais prudentes cedo retomam a casa. Outros, por falta de meios automobilísticos e/ou de condições para pagar um taxi, que no frescor da madrugada supreendentemente duplicam de preço, recorrem aos serviços de taxi oferecidos pelas carrinhas de caixa aberta das empresas de segurança que efectuam «patrulhas» em residências próximas. Esfomeados que são, os securites, pela modéstia quantia de 50 paus, transportam mais do que dois txila's, alguns até com direito a entrega ao domicílio.
No final do txiling, no meio de toda imundície provocada pelos txila’s (garrafas e latas onde são, muitas vezes, acondicionados os liquídos rejeitados pelo organismo) os txila’s ao extremo, em condições deploráveis (nessa hora as mulheres perdem toda a pose e os homens até esquecem-se dos seus próprios nomes), assistem ao nascer do dia sob o olhar crítico de todos lúcidos que por lá passam.
4 comentários:
Um verdadeiro retrato de uma sociedade decadente.
Nao gostaria de ver os meus filhos por la...
Eu e meu marido temos um relacionamento muito aberto com os nossos filhos, de muito amor e compreensao, tudo e discutido em familia, eles sabem que podem falar connosco sobre qualquer assunto e que podem contar com o nosso apoio em qualquer momento das suas vidas, mas temos duas regras de ouro: tem horario de entrada em casa e temos de saber com quem estao e onde estao. Se nao aprovamos alguns dos seus amigos, explicamos-lhes porque, eles, gracas a Deus, sempre entendem a nossa preocupacao. Ca em casa existem regras e horarios para tudo. Ha horas para se estudar, horas para se praticar desporto, tempo para se ajudar nas tarefas caseiras, tempo para sairmos juntos em familia, onde podem tambem trazer os seus amigos, etc.
O segredo de tudo e muito amor e muita comunicacao e dialogo.
Eles ja sentiram que os amamos muito e que queremos o melhor para eles.
Maria Helena
Oh Lena, por ca os pais mal tem tempo para si proprios quanto mais para darem atençao aos filhos? Ou entao, a rebeldia é tamanha que muitos pais deixam os filhos fazerem o que quiserem. Outros até podem promover esses ambientes... Bom, ha de tudo um pouco e salve-se quem puder!!!
Tudo sem nonção de nada Ximbita!... só quero ver a inspensão de viaturas, sem combinar com a do individuo se vai reduzir as mortes nas estradas já intulhadas de carros em diferentes actividades... bjs
Eu tenho uma vida muito preenchida, entre afazeres domésticos e da minha vida profissional, mas arranjo sempre um tempinho para os meus 6 filhos. Eles são uma prioridade na minha vida. As vezes tenho de abdicar de certas coisas para poder estar com eles, ou mesmo dormir menos horas, mas pode crer que faço tudo para ser uma Mãe presente, em todos os momentos, e EXIJO o mesmo ao meu marido. Eu posso não ter tempo, ter uma agenda super preenchida, mas ARRANJO tempo. Na vida, temos de saber definir prioridades, pois o dia, infelizmente, só tem 24 horas.
Sei que existem filhos rebeldes ou que querem testar a autoridade paternal, isso também se passou connosco com um dos nossos filhos, mas resolvemos o problema imediatamente, não deixámos que se tornasse maior e perdessemos o controlo. Tenho verificado que, na maioria dos casos, especialmente nos jovens rebeldes, o que lhes falta é carinho, compreensão, amor e alguém que os escute, sem fazer juizos precipitados. O que falta na sociedade em que vivemos é o AMOR. Considero a familia a base de uma sociedade equilibrada. Os nossos filhos são os futuros contrutores da paz, desenvolvimento e progresso da sociedade. Por isso, temos de investir neles e prepará-los para a longa caminhada da vida, inseridos numa sociedade onde possam fazer a diferença contribuindo para o bem-estar, harmonial e felicidade de todos. Ensina-se tudo isto pelo EXEMPLO,e nisto, tive sorte, o meu marido pensa da mesma forma e fazemos uma dupla gémea.
Quando resolvemos ter filhos, devemos de ter as prioridades certas, que deve primeiro ser a familia, depois o resto. Por considerarmos a familia uma prioridade e termos 2 filhos biológicos, optámos pela adopção, pois sabiamos que poderiamos proporcionar a crianças desfavorecidas um lar e uma família onde existe muito AMOR para dar.
Posso soar radical, e esta ser a minha opinião pessoal, mas acho que quem ãâo tem tempo para os filhos, não deveria de tê-los, talvez ganhasse mais respeito dessa forma do que negligenciando-os.
Um abraço caloroso da
Maria Helena
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