Num misto de sentimentos, assistiu-se, na capital Maputo, a um pipocar de fenómenos estranhos nos espaços escolares públicos. Esses fenómenos caracterizaram-se por manifestações também estranhas (inconsciência, transe e literal perca de sentidos) em adolescentes do sexo feminino. Os casos mais notórios, com quase 8 dezenas de vitimas, ocorreram na escola Quisse Mavota, localizada no Bairro do Zimpeto.
Muitas vozes, sobretudo a de populares e de crentes em rituais animistas, associaram o acto sui generis a espiritos de mortos, enterrados e exumados nesse espaço, e/ou a contestada atribuição do nome a referida escola. Contudo, em outras escolas reportaram-se os mesmos fenómenos e as suas causas, aparentemente, ficaram sem associação as motivações do primeiro caso.
A onda de "desmaios", como foi popularmente denominada, tornou-se manchete de alguns órgãos da comunicação social, sendo os do meio audiovisual os que mais destaque deram ao facto. Nesse entretanto, ficou patente que, na guerra de audiências, muito poucos acautelaram a questão da integridade física das adolescentes acometidas por esses fenómenos, por outras correntes designado histeria colectiva.
Aliás, essa postura tem ocorrido com relativa frequência, em outros casos, em alguns dos quais testemunhos à descoberto podem levar a actos de represália. Na ânsia de «bater» nas audiências, o rosto escondido por técnicas especiais (sombreado), de repente se vê descoberto. A voz, em princípio distorcida, facilmente é reconhecida porque ficam à mostra o timbre da empresa, os acessórios do entrevistado/denunciante, etc. Quem se importa ?
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