A febre do diploma universitário, acompanhado pelas exigências politicas impingidas pelos manda-chuva (Banco Mundial e outros), leva a que muitas pessoas tudo façam para o terem afixado em moldura dourada nas paredes de suas casas ou escritórios. Desconhecendo ou ignorando as palavras de Brazão Mazula, “Estudem, estudem, estudem: diploma sem conteúdo e competência, é um papel a queimar e deitar fora”, optam por esquemas.
Ao surgir a pretensão de se candidatar ao ensino superior, sabendo de antemão que a sua situação é irregular, diplomas falsos são apresentados e assim começa uma história recheada de mistérios dignos de investigação poliacial. Ao longo da formação, a cultura universitária de pesquisa e leitura, de síntese e de resumo, de trabalho em grupo ou individual são menosprezados em favor do copy and paste e encadernação.
Nos processos de avaliação opta-se, fielmente e em massa, pelos auxiliares de memória, vulgo cábulas, nas pesquisas rápidas e discretas nos telemóveis top gama e, não raras vezes, no apoio de algum professor desonesto e indigno desse nome. Assim vai seguindo a formação-burla, transitando-se de ano para ano, enquanto se enraizam é fincam pé, a cada etapa, práticas anti-pedagógicas e fraudulentas.
Quase no último estágio da longa jornada, o momento de elaboração da tese, posto que as obras da net já foram copiadas, coladas, encadernadas e colocadas aos olhos do júri, que grandemente descobriu e sancionou, optou-se por uma nova estratégia de burla. Como se de encomendas de chamussas, rissóis e bolos se tratassem, para um “social”, naquela expert nesse departamento, a última inovação é a por encomenda.
Ideia amadurecida, o primeiro passo consiste na caça ao redactor que é feita tendo em conta as performances deste ao longo de sua formação e, sendo que, a formação universitária tem caracter universal, alguns redactores há que mergulham em meios adversos. O que conta, no final de todas as contas, é o lucro que advém desse exercicio inovador e empreendedor.
Posto que, para o “doutor burla” dinheiro não é problema, se o redactor apenas tem os neurónios em pleno funcionamento e não dispõe de toda uma vasta gama de equipamentos (como computador, impressora e scanner), material (papel, cópias das obras recomendadas) e fontes de pesquisa à mão, o primeiro não se coibe sequer de fornecer um serviço de internet para que a “sua tese” esteja au point.
Aquando da negociação, para além da determinação/promessa da margem da nota de trabalho escrito (10-12, 13-14, 15, etc.), logo, da qualidade do trabalho, que tem o seu preço, há alguns extras que podem ser incluídos como a elaboração dos drafts à apresentar ao tutor aquando das consultas e o draft da apresentação oral com ou sem os slides em Power Point do trabalho final.
No caso de se ultrapassar, as notas inicialmente negociadas entre o redactor e o “doutor burla”, pela alta qualidade do trabalho apresentado e bem apreciado pelos membros do júri, um bónus é acrescentado ao cheque final, para além de que assim é alargada a carteira de clientes, criando-se uma nova profissão, e... parabéns, doutor burla!
Ao surgir a pretensão de se candidatar ao ensino superior, sabendo de antemão que a sua situação é irregular, diplomas falsos são apresentados e assim começa uma história recheada de mistérios dignos de investigação poliacial. Ao longo da formação, a cultura universitária de pesquisa e leitura, de síntese e de resumo, de trabalho em grupo ou individual são menosprezados em favor do copy and paste e encadernação.
Nos processos de avaliação opta-se, fielmente e em massa, pelos auxiliares de memória, vulgo cábulas, nas pesquisas rápidas e discretas nos telemóveis top gama e, não raras vezes, no apoio de algum professor desonesto e indigno desse nome. Assim vai seguindo a formação-burla, transitando-se de ano para ano, enquanto se enraizam é fincam pé, a cada etapa, práticas anti-pedagógicas e fraudulentas.
Quase no último estágio da longa jornada, o momento de elaboração da tese, posto que as obras da net já foram copiadas, coladas, encadernadas e colocadas aos olhos do júri, que grandemente descobriu e sancionou, optou-se por uma nova estratégia de burla. Como se de encomendas de chamussas, rissóis e bolos se tratassem, para um “social”, naquela expert nesse departamento, a última inovação é a por encomenda.
Ideia amadurecida, o primeiro passo consiste na caça ao redactor que é feita tendo em conta as performances deste ao longo de sua formação e, sendo que, a formação universitária tem caracter universal, alguns redactores há que mergulham em meios adversos. O que conta, no final de todas as contas, é o lucro que advém desse exercicio inovador e empreendedor.
Posto que, para o “doutor burla” dinheiro não é problema, se o redactor apenas tem os neurónios em pleno funcionamento e não dispõe de toda uma vasta gama de equipamentos (como computador, impressora e scanner), material (papel, cópias das obras recomendadas) e fontes de pesquisa à mão, o primeiro não se coibe sequer de fornecer um serviço de internet para que a “sua tese” esteja au point.
Aquando da negociação, para além da determinação/promessa da margem da nota de trabalho escrito (10-12, 13-14, 15, etc.), logo, da qualidade do trabalho, que tem o seu preço, há alguns extras que podem ser incluídos como a elaboração dos drafts à apresentar ao tutor aquando das consultas e o draft da apresentação oral com ou sem os slides em Power Point do trabalho final.
No caso de se ultrapassar, as notas inicialmente negociadas entre o redactor e o “doutor burla”, pela alta qualidade do trabalho apresentado e bem apreciado pelos membros do júri, um bónus é acrescentado ao cheque final, para além de que assim é alargada a carteira de clientes, criando-se uma nova profissão, e... parabéns, doutor burla!
9 comentários:
Ximbitane, assunto interessante mas serao politicas impingidas mesmo? Se sim, que modelo propomos e implementamos e que sejam diferentes desses impingidos? Emidio Gune
O país não pode se distanciar do resto do mundo. Há um grande desafio de educar a população mundial como uma alavanca para o desenvolvimento.
Moçambique entrou nesse desiderato de cabeça e, se calhar, sem a devida e necessária preparação em termos de balizas, metodologias etc. Queremos formar apenas e não está claro se o resultado final dessa formação interessa ou não ao país; multiplicamos cursos. Por vezes me pergunto que prioridade é dada à agricultura na definição dos cursos que são ministrados tendo em conta a sua qualidade de "base do desenvolvimento" com estatuto constitucional.
Mas não podemos só e só nos queixar das "imposições" das metas do desenvolvimento do milénio na área da educação. Há que nos queixarmos da nossa consciência (ou da falta dela) da importância da educação. Parece que muitos vão a escola "para os outros", isto é, para ter grau universitário e subir no job, para ostentar etc. A ideia nem se quer é adquirir conhecimentos, é ser dr. e subir, ter um emprego nice no qual nada de substancial vai produzir. É por isso que se fazem encomendas de teses, fazem se redes para ajudar o endinheirado nos testes e "colam.se" teses da internet em que o próprio "dono" da tese, nada sabe sobre ela e, pior, esquece-se até de corrigir o português brasileiro para o tuga...
Surgem os drs. fraude identificáveis em todos os sectores. Olha ao seu lado verás algum (se não mesmo a ti hehehehe)
Mutisse, vamos la falar... Agricultura base do desenvolvimento? Sera? De onde provem as maiores receitas do PIB em Mocambique? Essa coisa de bases invertidas... A coisa de educar a populacao mundial lembra uma historia de um representante ded um pais que queria transformar a Amazona brasileira em propriedade mundial (desse pais o mais provavel). Cada pais e um pais, mesmo com as famosas integracoes, os paises devem educar seus concidadaos a partir de logicas que tornem as pessoas relevantes e competitivas desde o nivel local ao global, nao existe global sem local e educacao global que nao tem alicerces locais so servira interesses de outros locais, que passaram a ser chamados de globais. Vamos la falar sobre criterios para dirigir o sector de educacao, podemos? Emidio Gune
Ximbita, Levantas um assunto tão importante e frequente na esfera pública.
Porém, não ha nenhuma política que se aprova sem beneficiar alguém ou um grupo deles. mesmo que esse alguém ou grupo corresponde a minoria!
"Sem cabula não há nota" é uma expressão que já ouvia com os meu irmão mais velhos que em 1982 já andavam na 6ª classe. o que eu tenho colocado como pergunta é, em que período da história da educação moçambicana ela já foi classificada como de melhor qualidade? para começarmos a discutir...
Xim, veja que fiquei com algumas questões, não para ti mas para todo esse esquema de desvios de conduta: Enque sistema de ensino o fornecedor de serviço foi formado? é que se for no mesmo sistema não há como dizermos que o mesmo (sistema) é mau! é verdade que os Políticos não tem espírito crítico ou auto-crítica porque se não começariamoss de rios e oceanos de dólares que se gastão em Monitoria e Avaliação para depois os políticos enventarem desculpas para não assumirem as recomendações dos relatórios de avaliação! Exemplo relatório preliminar do MARP! os políticos devem aprender a ser imparciais pararem com adefensiva na Planificação e administração das políticas.BJs
PS//assumo os possíveis erros.
Decerto que o Gune tem resposta para essas questoes. Agradecia que corrigisse, se estou errada
hehehehe, voce Mutisse tem provoco!
Chacate, tambem gostaria de ter as respostas as minhas constatacoes
Conheço alguem que ganha a vida escrevendo trabalho de defesa.
Shira, será possível tentar reflectir em redor deste elemento? a Xim, levanta os meiandros que desqualificão o nosso sistema de educação o que estás a dizer e ela também é evidente o que está encausa, seria fazer um debate retrospectivo já as descrição as que nos apresentam para uma melhor previsão das chamadas métas para 2011/2015 ném? porque o SNE vai de mal a pior comparado com qual? ou de que tempo? o que é qualidade na Educação? seriam suficientes os indicadores da xim, para chegarmos a uma determinada conclusão? enfim é mesmo complexo falarmos de educação. abraços
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