6ª feira, 15h em grande parte das instituições públicas, espera-se impaciente pela hora H: 15h30, a hora de fechar as portas e partir para a gandaia, a famosa 6ª do homem. A estes junta-se um cortejo de outros tantos companheiros, bizneiros, trabalhadores de instituições privadas e estudantes nocturnos, que são "conectados" sobre o local da batida e aos poucos a turba se junta em malta.
Muitos, conforme o poder de pagamento do seu bolso, o período do mês ou do rendimento do xitique que a malta faz para o txiling, desembocam nos senta-baixo do bairro, nas barracas famosas por algum tipo de serviço qualquer que convém a malta (petisco, paga 1 leva 2, sistema de vale, etc.), nos bares, nas casas de pasto, nos bottle store e nas bombas de combustível.
Nos bottle store e nas bombas, poucos, para não dizer mesmo raros, são os que lá vão para abastecer as suas garrafeiras ou as suas viaturas, razão da existência desses lugares. E já lá vai o tempo em que se "abastecia" para uma batida na marginal! Hoje, bombas e bottles stores, tornaram-se pontos de encontro de uma malta específica e facilmente caracterizável: jovens proprietários de viaturas e seus acompanhantes.
Para além de garrafas e latas, maioritariamente de alcool, que nunca faltam nesses meetings, os beats dos "sabufas", que tocados em simultâneo, provocam mixes de fazer inveja a muitos Dj’s da praça e arredores, em alto e bom som animam a malta que globalmente não respeita as tabuletas "Não consumir bebidas neste local" ou "Alcool proibido a menores de 18 anos".
Aliado a isso, desrespeita-se completamente a postura camarária que postula que 21h é o tempo limite para excessos sonoros em espaços públicos, sob pena de se ser punido (?) nos termos dessa mesma lei. Junta-se a isso o facto de, ao perfilarem-se tantos carros, as viaturas que realmente pretendem abastecer quase que se devem "ajoelhar" aos primeiros para usufruirem desse direito.
Como se não bastasse, dizem alguns moradores das proximidades desses locais, sobretudo das bombas, que casais há que no pico da noite, refugiando-se na desculpa esfarrapada do alto(?) teor de alcool consumido, não se coibem em "comer e repartir o fruto proibido" sob o olhar impávido e sereno dos outros que aplaudem e comentam as performances do bacanal bombiano.
Por outro lado, nos bottle store, o cenário não se diferencia muito do primeiro pois até ao raiar do dia, extremamente alcoolizados, grupos de jovens se bamboleiam ao sabor do som dos carros. Aqui a coisa fede um pouco mais pois este tipo de estabelecimento a priori não oferece sequer uma das habituais e imundas toillettes nas quais seus clientes se possam aliviar dos litros de alcool consumido.
Como consequência disso, inconsciencializados pelas saborosas geladinhas, muitos perdem o pudor e a classe que tinham no início do meeting e aos olhos de qualquer um puxam da ferramenta para se aliviarem. O pior acontece quando as ladys baixam os txuna baby e mostram o inominável perdendo toda a posse de mademoiselle extensões e unhas de gel!
Muitos, conforme o poder de pagamento do seu bolso, o período do mês ou do rendimento do xitique que a malta faz para o txiling, desembocam nos senta-baixo do bairro, nas barracas famosas por algum tipo de serviço qualquer que convém a malta (petisco, paga 1 leva 2, sistema de vale, etc.), nos bares, nas casas de pasto, nos bottle store e nas bombas de combustível.
Nos bottle store e nas bombas, poucos, para não dizer mesmo raros, são os que lá vão para abastecer as suas garrafeiras ou as suas viaturas, razão da existência desses lugares. E já lá vai o tempo em que se "abastecia" para uma batida na marginal! Hoje, bombas e bottles stores, tornaram-se pontos de encontro de uma malta específica e facilmente caracterizável: jovens proprietários de viaturas e seus acompanhantes.
Para além de garrafas e latas, maioritariamente de alcool, que nunca faltam nesses meetings, os beats dos "sabufas", que tocados em simultâneo, provocam mixes de fazer inveja a muitos Dj’s da praça e arredores, em alto e bom som animam a malta que globalmente não respeita as tabuletas "Não consumir bebidas neste local" ou "Alcool proibido a menores de 18 anos".
Aliado a isso, desrespeita-se completamente a postura camarária que postula que 21h é o tempo limite para excessos sonoros em espaços públicos, sob pena de se ser punido (?) nos termos dessa mesma lei. Junta-se a isso o facto de, ao perfilarem-se tantos carros, as viaturas que realmente pretendem abastecer quase que se devem "ajoelhar" aos primeiros para usufruirem desse direito.
Como se não bastasse, dizem alguns moradores das proximidades desses locais, sobretudo das bombas, que casais há que no pico da noite, refugiando-se na desculpa esfarrapada do alto(?) teor de alcool consumido, não se coibem em "comer e repartir o fruto proibido" sob o olhar impávido e sereno dos outros que aplaudem e comentam as performances do bacanal bombiano.
Por outro lado, nos bottle store, o cenário não se diferencia muito do primeiro pois até ao raiar do dia, extremamente alcoolizados, grupos de jovens se bamboleiam ao sabor do som dos carros. Aqui a coisa fede um pouco mais pois este tipo de estabelecimento a priori não oferece sequer uma das habituais e imundas toillettes nas quais seus clientes se possam aliviar dos litros de alcool consumido.
Como consequência disso, inconsciencializados pelas saborosas geladinhas, muitos perdem o pudor e a classe que tinham no início do meeting e aos olhos de qualquer um puxam da ferramenta para se aliviarem. O pior acontece quando as ladys baixam os txuna baby e mostram o inominável perdendo toda a posse de mademoiselle extensões e unhas de gel!
10 comentários:
Gostei muito desta crónica!Vou estar atento para não perder UMA!
Um abraço do tamanho do mundo
Continuo a afirmar que aprendo muito com as tuas crónicas sociais!
É por estas e outras que pergunto: onde pára a inspecção? Não sei se os Bottle Store tem licenças para abrirem até "as tantas" mas creio que não e verdade é que ficam e, vezes sem conta, a polícia que deve impor a lei e a ordem assiste impávida e serenamente a vulgarização da nossa cidade e ao assassinato das acácias com ácido úrico...
Obrigada pela força, Agry. Vamos la ver quantas mais Estorias de Maputo teremos. Outro abraço
Obrigada, Zé!
Mutisse, as tuas perguntas, como podes perceber, também sao minhas. Lembro-me de ter visto por estes dias, no rodapé de um dos canais de tv, que a venda de bebidas nas lojas de conveniencia vai ser proibido.
Espero também que se lembrem de fazer o mesmo com os bottle store que tem as bebidas à venda na parte externa do estabelecimento
Estorias do grande Maputo!!!
Essas cenas sao a pao-nosso de cada dia...urge dar um stop nisso, nao basta sensibilizacao mas pesadas multas ou outras formas de penalizacao.
Boa bola, Shir, mas como? Se mesmo as tais multas vao cair no bolso do multador?
Eix.., mana!
Esqueci que os meus compatriotas sao bons nissos!
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