No passado, na nossa fase de criancice, ter na mão uma reluzente moeda dada pelos papás era um grande tesouro. Essas moedas, que não raras vezes eram coleccionadas e recontadas até a exaustão, serviam para comprar o Kurika (revista de banda desenhada), postais, selos, uma ida ao cinema e depois ao Carrocel na feira, um refrigerante e um bolo no Scala ou no Continental.
E as crianças de hoje? Se até bem pouco tempo pediam dinheiro para comprar rebuçados com tatuagem, não tarda muito ou já estão a pedir mola para o seu crédito, para levar a Patricinha (menina rica e mimada) ou a Mariazinha (pobre Maria lá do bairro) ao teatro, depois para lanchar e ainda comprar crédito para esta, isto sem contar “naquelas sapas que toda malta tem menos eu”, etc.
Apesar de todas as adversidades, de uma ou de outra forma, pautamos sempre por poupar algum, pois nunca se sabe o que o futuro nos reserve e nada é eterno. Será que estamos a preparar os nossos filhos para a incerteza da vida? Decerto que sim, guardando sempre que podemos ou com regularidade possivel algum dinheiro para eles na “eventualidade de...”. E o hoje e agora: como gerir?
O nosso salário, infelizmente só é pago uma vez por mês, mas as despesas, essas não param nunca: a todo o momento estamos a pagar algo e até nós mesmos nos questionamos sobre a proveniência do dinheiro para cobrir tanta despesa. E os nossos filhos? Como reagem face ao dinheiro? Como fazê-los rentabilizar o pouco que podemos dar? Dar uma semanada, uma mesada ou sempre que eles dele precisarem?
Muitas vezes, sobretudo no meio escolar, vemos crianças com elevadas quantias em dinheiro vivo. Os pais alegam que é para a garantir a opção de escolha de seus filhos no menu escolar, outros nem sequer justificações apresentam: tem tanto que já não sabem o que fazer senão dá-los aos filhos/crianças com todas as consequeências que dai advém (inveja dos outros, logo furto na carteira dos pais). Preocupação legitima mas errada.
É de salutar pais que se preocupam com o futuro de seus filhos, não só lhes garantindo uma formação como também um pé de meia para a vida futura. Mas se, neste momento, não damos a esses filhos as ferramentas de gestão destes e de outros valores como achamos que eles se portarão face a um bolo relativamente maior e inesperado? Poucos serão os sábios a ponto de o usar da mesma forma que poupam.
A quem diga que quanto mais tardio for o contacto com o dinheiro melhor é para as crianças. Mas, as nossas crianças, desde muito cedo tem contacto com o dinheiro porque vendem ou compram produtos na rua: rebuçados para o “babar” (porque o pai quer sair e o miúdo está aos berros), pão na esquina, crédito (porque é um menino moderno e tem que estar on), alface (porque a menina já sabe preparar a salada), para o chapa, etc.
Dar as crianças um valor para que elas aprendam a geri-lo é saudável para a sua educação económica. No entanto, não podemos cair no erro de fazer parecer que estamos a efectuar um pagamento por serviços ou bom comportamento, essas actividades e postura são obrigações face a familia. Mas como proceder? Dar o dinheiro e deixar o miúdo gerir a seu gosto e vontade? Quando dar? Como dar e com que objectivo? Breve, como ensinar as crianças a lidar com a mola?
E as crianças de hoje? Se até bem pouco tempo pediam dinheiro para comprar rebuçados com tatuagem, não tarda muito ou já estão a pedir mola para o seu crédito, para levar a Patricinha (menina rica e mimada) ou a Mariazinha (pobre Maria lá do bairro) ao teatro, depois para lanchar e ainda comprar crédito para esta, isto sem contar “naquelas sapas que toda malta tem menos eu”, etc.
Apesar de todas as adversidades, de uma ou de outra forma, pautamos sempre por poupar algum, pois nunca se sabe o que o futuro nos reserve e nada é eterno. Será que estamos a preparar os nossos filhos para a incerteza da vida? Decerto que sim, guardando sempre que podemos ou com regularidade possivel algum dinheiro para eles na “eventualidade de...”. E o hoje e agora: como gerir?
O nosso salário, infelizmente só é pago uma vez por mês, mas as despesas, essas não param nunca: a todo o momento estamos a pagar algo e até nós mesmos nos questionamos sobre a proveniência do dinheiro para cobrir tanta despesa. E os nossos filhos? Como reagem face ao dinheiro? Como fazê-los rentabilizar o pouco que podemos dar? Dar uma semanada, uma mesada ou sempre que eles dele precisarem?
Muitas vezes, sobretudo no meio escolar, vemos crianças com elevadas quantias em dinheiro vivo. Os pais alegam que é para a garantir a opção de escolha de seus filhos no menu escolar, outros nem sequer justificações apresentam: tem tanto que já não sabem o que fazer senão dá-los aos filhos/crianças com todas as consequeências que dai advém (inveja dos outros, logo furto na carteira dos pais). Preocupação legitima mas errada.
É de salutar pais que se preocupam com o futuro de seus filhos, não só lhes garantindo uma formação como também um pé de meia para a vida futura. Mas se, neste momento, não damos a esses filhos as ferramentas de gestão destes e de outros valores como achamos que eles se portarão face a um bolo relativamente maior e inesperado? Poucos serão os sábios a ponto de o usar da mesma forma que poupam.
A quem diga que quanto mais tardio for o contacto com o dinheiro melhor é para as crianças. Mas, as nossas crianças, desde muito cedo tem contacto com o dinheiro porque vendem ou compram produtos na rua: rebuçados para o “babar” (porque o pai quer sair e o miúdo está aos berros), pão na esquina, crédito (porque é um menino moderno e tem que estar on), alface (porque a menina já sabe preparar a salada), para o chapa, etc.
Dar as crianças um valor para que elas aprendam a geri-lo é saudável para a sua educação económica. No entanto, não podemos cair no erro de fazer parecer que estamos a efectuar um pagamento por serviços ou bom comportamento, essas actividades e postura são obrigações face a familia. Mas como proceder? Dar o dinheiro e deixar o miúdo gerir a seu gosto e vontade? Quando dar? Como dar e com que objectivo? Breve, como ensinar as crianças a lidar com a mola?
3 comentários:
Hoje em dia, os pais devido aos seus afazeres, oferecem dinheiro aos filhos em troca de afecto. E como consequência disso, assistimos miúdos rebeldes e capaz de fazer de tudo para obter algum dinheiro.
Cresci no ambiente onde falar de dinheiro na minha idade ( dos 8 aos 15 anos) era tabu. Eu nunca pedia dinheiro porque sabia que receberia umas boas palmadas, mas podia pedir algo que a sua aquisição seria necessário o uso de dinheiro. Saia com alguém mais velho pagava o que eu pretendia e assim volta pra casa sem tocar no dinheiro. Mas nem sempre dava-me o que pretendia mesmo que fizesse todo tipo possivel de birras.
Outros tempos, Shir, outros tempos! Mas como devemos nos agir?
Olá Xim! o Armindo Ngunga diz que apesar da autonomia psíquica que deve-se dar às crianças elas não devem ser desinibidas com relação à o que costitui valores familiares, comunitários e até mesmo nacionais e é da família que se delineia oa parámetros! bjs
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