terça-feira, 25 de março de 2008

Unhas lascadas

Temos assistido, no nosso país, a um evoluir impressionante da jovem mulher moçambicana na melhoria das suas condições de vida. Um certo número evolui pela via da conquista do canudo nos bancos das escolas e de universidades que florescem a olhos vistos. Outras há que, na labuta diária, também melhoram a qualidade de vida. Refiro-me as mukheristas, mamanas dos mercados e demais mulheres que com dignidade procuram sair do marasmo que é as suas vidas.

No entanto, não há bela sem senão, há muitas mulheres que fazem dos seus corpos verdadeiros instrumentos de trabalho. A esse propósito, bem na véspera da celebração do Dia Internacional da Mulher, o
Jornal Noticias publicou uma reportagem sobre a prostituição na segunda maior cidade do país, de deixar qualquer de queixo caído.

Alguns poderão dizer que os meios justificam os fins, sobretudo no que se refere às jovens estudantes universitárias, citadas na referida reportagem, que vendem-se pelo pagamento de propinas. Outros poderão estar contra, estão no seu pleno direito.

Sou da corrente do contra, as propinas não são caras a ponto de se enveredar por essa via para poder paga-las! Há muitas formas de ganhar dinheiro honesto, como baby sitter, como explicadoras de crianças e adolescentes, garçonetes, etc, só que nós nunca queremos aprender de outras culturas, aliás o que é digno e conquistado pelo suor do trabalho, na nossa terra, é inglório.

A questão não é pura e simplesmente o pagamento das propinas, isso é conversa para boi dormir. As nossas jovens, consumistas e obcecadas por futilidades da moda, ditada por elas mesmas, (unhas de gel, extensões, griffes piratas, quinquilharia e outros), não olham meios para serem vistas pelos outros como as tais, as “txunadas” de 1 à 30!

É esse tipo de “dra” que a sociedade precisa? Com as unhas lascadas de podridão?

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