quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fazer a diferença

É de pequeno que se torce o pepino”! É, talvez, seguindo esta mítica frase que os pais ensinam, desde cedo, os seus filhos a serem humildes e a saberem partilhar o pouco com os outros e, geralmente, mesmo nas mais humildes casas, sempre reina a máxima “onde come um, comem dois”.

Antigamente, quando entrar numa loja de roupa era um exercício impossível diariamente, os nossos parcos bens (roupas, sapatos, brinquedos, livros, etc.) passavam do mais velho ao mais novo ou para um primo ou vizinho com muito menos posses ainda. É verdade que o coração se condoía com os cuidados dados as nossas preciosidades, mas, a hábito familiar e os momentos de crise assim obrigavam!

Com esse espírito fomos crescendo, a saber dar aos outros sobretudo aos que nada têm. Quando mais velhos, alguns passaram a fazer parte de associações ou grupos em que se solicitava, por exemplo, a doação de sangue. Gestos simples, mas heróicos aos olhos dos que nada têm!

Hoje, nos semáforos, nos passeios ou nas esplanadas dos restaurantes, algumas vezes até na soleira das nossas portas, somos confrontados por mendigos ou pseudo mendigos e muitas vezes, ainda que a contra gosto, soltamos algumas moedas, um pedaço de pão, uma caneca de açúcar, como que a calar a nossa consciência enriquecida pelas lições familiares.


A Rede Miramar, estreitamente ligada à IURD, lançou uma campanha que visa a recolha de bens não perecíveis e que serão doados a instituições escolhidas, aquando da celebração, a 31 de Agosto, do Dia de Fazer a Diferença. Está efeméride, que já é tradicionalmente difundida pela rede-mãe, a Rede Record, e que tem como órgão gestor o Instituto Ressoar, é também benvinda por cá sendo que a ABC (Associação Beneficente Cristã) deve velar para que tudo seja devidamente encaminhado.

Dias atrás, como forma de angariar tais bens, teve lugar um concerto, em Maputo, em que cantores da praça deram o ar da sua graça em indisfarçável play back do qual por vezes a própria voz destoava. O público, esse fez-se presente, quer pelo baixo custo do bilhete, que correspondia a um quilo de alimento, quer pela oportunidade de poder ver in loco as estrelas da actualidade e não só.

A iniciativa é uma fresta para que nós, bloggers e visitantes, façamos algo realmente visível pelos que nada têm. A essa ideia já tinha sido avançada aquando da celebração do 1 e do 16 de Junho. A corrida contra o tempo, nessa altura, foi o maior vilão, mas nunca é tarde: vamos fazer a diferença proporcionando alimentos e brinquedos às crianças do Infantário Primeiro de Maio?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Extravagâncias no show bizz

Há manias, objectos e atitudes que caracterizam os artistas, sobretudos os internacionais, aquando de uma tournée ou mesmo na sua vida privada. Ora porque querem dúzias e dúzias de rosas de cor e fragrância especifica, ora porque querem 20 toalhas brancas no camarim, ora porque querem ser acompanhados por 6 guarda-costas. Enfim, exigências de artistas que um contrato equivalente ao grau da sua fama pode pagar.

Cá entre nós, é conhecida a mania de Salimo Mohamed, que não faz um concerto sem o devido pagamento e se o mesmo tiver sido pago pela metade, o espectáculo também é pela metade (confesso que sobre isso apenas sei o que ouvi dizer, e cá entre nós, ele tem toda a razão de o fazer).

Tatuagens, piercings, kilos de maquilhagem, bijutarias e acessórios diversos, roupas extravagantes e indecentes, unhas de gel ou acrílicas, lentes de contacto coloridas (?) e extensões capilares (ruivas, loiras, pinks, doirado, quanto mais chocantes, melhor!) muito, mas muito brilho, fazem parte do actual quotidiano artístico nacional, na versão feminina.

Na versão masculina, roupas apertadas ou larguíssimas, que mostram algumas vezes os cós das boxers, cortes estravagantes de cabelo ou tranças, piercings, tatuagens, colares-corda e brincos à guisa de diamante, são alguns dos traços marcantes dos cantarinhos (expressão do Bayano – Nullius in Verba). Aliás, a mania ataca também certos apresentadores, sobretudo da área de entretenimento.

Claramente os nossos cantarinos dão mostras de que gastam e bem ou são bem patrocinados, pela sua boa apresentação diante do público, ainda que alguns vivam apenas de aparências. Nesse rol de extravagâncias, há algo que sinceramente choca: a moda dos óculos de sol!

A moda mais recente (possivelmente impulsionada por estrelas de outras constelações) é usar os óculos escuros em ambientes fechados: no estúdio (em entrevistas) ou na rua (a passeio), de noite (em discotecas ou em restaurantes) ou de dia (até em locais fechados!), não há meio termo: grande parte dos artistas em voga tem um par de óculos de sol colados a cara! Escusado é referir às imagens de capa dos Cd’s/ K7, os banners de espectáculos ou aos video-clips, óculos escuros, são a imagem de marca de qualquer um.

É verdade que as lentes actuais permitem uma boa visão em espaços interiores com luz artificial, mas acredito que os nossos cantarinos nem sequer tem tempo para olhar se os mesmos contêm filtros UV e há alturas em que não é apropriado manter os óculos escuros, por exemplo, quando pretende revelar algo importante a alguém (numa entrevista, por exemplo) ou quando o outro solicita a máxima atenção. Também, digam o que disserem, a nossa educação não permite esses e outros excessos.

Outro senão que salta à vista nesta “moda”, é a mania dos logos de grandes marcas. Sabendo-se que muito do que se vende por cá é contrafaccionado, pululam na rua, a chutos e pontapés, vendedores de óculos, com logos de marcas famosas, como D&G, a preço de banana: entre 75 a 120 mts e se se souber regatear, por um preço mais baixo ainda.

Os estilos dos óculos de sol variam do conservador ao escandaloso, e vêm em todas as cores concebíveis, sendo que o ultimo tipo é o mais escolhido. No entanto, os óculos escuros usados cada vez mais como item de moda podem acarretar problemas para os olhos pois a preocupação maior é “estar na crista da moda” e não proteger os olhos da intensa luminosidade do sol.

Reconheça-se o seu charme, e o facto de fazerem do seu utilizador um ser misterioso, apesar de encobrirem as janelas da alma, mas não basta escolher um modelo descolado, da moda ou com assinatura de um alto designer pois tudo em excesso faz mal!

PS: Lamentavelmente, e não sei porque razão, na minha barra de ferramentas Blogspot não se apresenta. Algo que não me permite colocar links nos artigos, usar o Negrito, Centrar o texto, etc, etc. Alguem me da alguma dica?

domingo, 17 de agosto de 2008

Vasikate va Moçambique


Veja, divulgue, colabore e participe no blog "Vasikate va Moçambique" ou, simplesmente, Mulheres de Moçambique. Feito por e para mulheres, este espaço tem o firme propósito de olhar, falar e velar para que a vida da mulher moçambicana, na actualidade, seja melhorada e de longe ignoramos a existência masculina.

Conscientes de que grande parte de mulheres não tem acesso às beneses das novas tecnologias e/ou não usufruem por puro desconhecimento, sobretudo "aquela mulher" (a necessitada e a não ou pouco escolarizada), contamos com todos para, de alguma forma, divulgarem os conteúdos abordados e/ou o espaço.

Cientes de que o desafio que nos impomos é por demais grandioso e talvez nem sequer o consigamos carregar, a persistência é a nossa maior bandeira. Saúde, culinária, moda, poesia, humor e outros, serão alguns dos muitos e diversificados temas que abordaremos em "Vasikate va Moçambique".

sábado, 16 de agosto de 2008

Nomafobia ou exotismo?

Dialogo imaginário:

- “O meu filho se vai chamar Dungaze Cossa. Assim querem os meus pais. Dungaze é nome do meu falecido avô.”
- “Deus me livre! Passar problemas de defunto ao meu filho? O meu se vai chamar Sandro Miguel.”
- “Poxa, que idéia, vocês não se cansam de ser colonizados? O meu se vai chamar Sidney Cossa.”
- “ Eu cá não quero chatices, é Júnior e pronto!”

É, dar nome a um filho não é tarefa fácil, é mesmo muito difícil, sobretudo se levarmos em conta que esse será o nome que o acompanhará por toda uma vida quer seja ela de glória, de inglória, de profunda indiferença ou conhecimento público.

Há nomes e nomes! E há nomes, putz, não sabemos como os “kotas” aceitaram tal barbaridade (a conjuntura histórica, talvez justifique) para eles e para nós: Máquina, Agulha, Feijão, Tesoura, etc., etc.? O seu tempo já era e a tradição que se lixe, mas o nome, esse ficou.

E, nós, favorecidos pelo ambiente de casa, tudo fazemos para deixá-lo a nosso gosto: Máquina abrevia-se em Mac, Amélia transforma-se em Melita ou Milú, José em Zé, Maria em Zinha, Roberto em Beto, nomes “mais simpáticos”, atraentes e (relativamente) na moda.

O meio em que trabalhamos, também dá o seu empurrãozinho, sobretudo o meio artístico. Daniel é Deny ou Dany, Elisa é Lizha, Domingas é Mingas, ... Alimentar o nosso ego não custa nada, é só querer.

Ninguém pede contas e a ninguém se deve justificar. É tão simples quanto dar nome a um récem nascido, depende apenas da vontade dos progenitores e no caso, quando já grandinhos, da vontade própria. Os parâmetros definidos, as instituições legitimadoras e a sociedade em geral, vergam-se sem dó a essa nova vontade.

Por exemplo, Fred Jossias, apresentador do programa de musica Atracções, da Miramar, auto intitula-se o puto mais fofo da SADC e ultimamente da Africa Austral (talvez porque por inerência da situação o Zimbabwe na comunidade já não fique bem identificar-se com a SADC). E verdade seja dita, fofo ele só é na fofoca e no que diz que diz sobre as “celebridades” moçambicanas.

MC Roger, Rogério Dinis de seu nome próprio, apresentador e músico (?) é o Patrão de Moçambique. Lizha James, cantora, é a Rainha do Ragga. Recentemente, Neyma Alfredo, cantora, passou a ser chamada Diva da Marrabenta e a Dama do Bling, cantora, d’Irreverente. Será isto uma manifesta aversão ao seu próprio nome? E, por favor, não me perguntem porque Ximbitane e não Amélia, afinal também sou filha desta sociedade.

Há momentos em que um (nome próprio) e outro (nome artístico) se misturam e há conflito de personalidades, como é o caso da DD que insiste em tentar separar uma da outra e o que nós vemos é uma advogada a bombalear-se escandalosamente no palco. Bom, como se frisou em algum lugar, cada um é livre de escolher o que bem lhe convém.

Entretanto, há coisas para as quais não podemos fechar os olhos, apesar de nos mantermos passivos. Só para ilustrar, alguns exemplos de factos incongruentes e que deixamos passar, veja-se:

• Diva da Marrabenta: esse estatuto não deveria ser a titulo postumo da Zaida Chongo?
• Patrão de Moçambique ou Big Boss: é ele quem nos paga os salários agora?
• Rainha do ragga: o ragga já é nosso?

Por este andar, não tarda muito que seja entregue ou estampado, em alguns indivíduos cá da praça, pelo originalidade do seu nome, o selo Made in Mozambique!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sem mola e sem tecto

Sem salário e sem casa própria, em linhas gerais, é assim que se sobrevive grande parte dos jovens da base da pirâmide moçambicana, sobretudo os das zonas urbanas. Os jovens das zonas rurais, esses ao menos têm a possibilidade de construir a sua própria cabana com os recursos locais, mas quanto ao rendimento financeiro, são iguais aos jovens da cidade: não os têm.

Como em todas as efemérides que ocorrem no mundo, em geral, e em particular em Moçambique, o Dia Mundial da Juventude é um momento de profunda reflexão sobre a situação do jovem com especial enfoque para o moçambicano. É o dia oficial das lamúrias da juventude por diversas razões e, diga-se em abono da verdade, com a devida razão.

Os jovens eleitos para velarem pelos interesses dos jovens, no seu todo, como todo cordeiro com pele de lobo (os políticos), não fogem à regra: quando estão no poleiro olham e giram única e exclusivamente à volta do seu próprio umbigo. Perdem tempo em discussões desnecessárias sobre questões tão evidentes a olho despido enquanto que nós (jovens de pés descalços) esperamos que eles avancem com soluções para a resolução de problemas como a concessão de empréstimos habitacionais.

Estes jovens, iguais a nós apenas na juventude, mas desmesurados nas ambições pessoais, vão ao extremo de dizer que não é responsabilidade do Governo solucionar os problemas habitacionais ou de emprego dos jovens pois está mais do que provado que este não dispõe de meios para o fazer. Deveras? Demitam-se da vossa própria incapacidade e dêem lugar a outros que são humildes e capazes!

Por regra, os jovens são cheios de garra, de iniciativas, de sonhos, de desejos e de ambições. Alguns, mas muito poucos, conseguem atingir os objectivos que traçaram para a sua própria vida: formar-se, ter casa própria, casar-se e afirmar-se profissionalmente, por esta ou por outra ordem, mas a iniciativa e os objectivos são quase sempre os mesmos.

No entanto, é por todos sabido que de boas intenções o inferno está cheio e na ordem do dia politicas e mais politicas, escritas em resmas de papel A4 com letras de tamanho 14, estão rabiscadas e cheias de objectivos, metas e palavras de ordem empreendedorismo, combate a pobreza, auto-afirmação, etc., que nunca passam disso.

Acções práticas e resultados reais, esses são guardados para os banners do próximos manifestos eleitorais. Os jovens, não querem promessas, querem tarefas. Os jovens não querem discursos e nem falinhas mansas, querem trabalho pois sabem que só do trabalho vive o homem. Mas onde anda o tal emprego? Em anúncios de jornal para inglês ver?

Quantas vezes não somos confrontados com provas evidentes de que as vagas já estão preenchidas mesmo antes do apuramento dos candidatos que sujeitaram a sua proposta após concurso público? Como poderá um jovem com a bunda ainda a fumegar dos bancos duros da escola ter a tão requerida experiência profissional? Para que serve então o período probatório?

Porque para ter acesso a um crédito habitação é fundamental que o candidato seja, entre outros itens, casado? Para que tenham como garantia de que o/a viúvo/a pagará a divida em caso da morte de um dos cônjuges? Afinal os Bancos não são representados por pessoas? E, essas pessoas, não conhecem a máxima que “quem casa, quer casa”? Porque não a aplicam então?

E para os que pretendem viver independentes, sejam eles homens ou mulheres, como terão as suas casas próprias se não for por herança? E nós, mulheres, como alcançaremos a independência habitacional que tantas vezes nos faz refém de casamentos infelizes e falidos se não podemos comprar casas com o suor do nosso trabalho individual ou com um empréstimo?

Quem olha por esta juventude cansada de ver uns triunfarem e muitos fracassarem porque as oportunidades não são idênticas para todos? Como não venderemos o país se o país nada tem a nos oferecer? Como viver sem mola e sem tecto?


PS: Desculpe-me pela mà apresentaçao, mas o PC esta naqueles dias, algo que me tem feito postar nada.

sábado, 9 de agosto de 2008

Palco do último sequestro

Ao contrário de outros roubos de que são alvos as crianças nas escolas, desta feita, a intenção não era roubar brincos, pastas, material escolar, lanches e muito menos telemóveis, que os pais e encarregados de educação insistem em fornecer as suas crianças, mas sim engordar a conta bancária com uns chorudos 200.000,00Mt!

Como resultado da odisseia de duas mulheres que meteram-se escola adentro, na 3 de Fevereiro, e de lá saíram impávidas e serenas, durante o intervalo, com duas irmãs gémeas de 7 anos as crianças da cidade de Maputo voltam a estar aterrorizadas com o renascido espectro do rapto de crianças e exploracao de crianças. A grande questão é como ocorreu isso no momento do intervalo?


Conheço o funcionamento da escola alvo deste acto hediondo, por inerência do meu papel de mãe e encarregada de educação. No início do ano, o controle é mais cerrado: os portões são fechados pouco depois do toque ficando apenas a portão principal aberto e que dá acesso à secretaria. Entretanto, do outro lado do muro, estão os vendedores ambulantes com chips, rebuçados, sumos, gelinhos e toda a ninharia comestível, verdadeiras tentações para os nossos filhos que tanto apreciam.


A escola funciona com 4 turnos: 6h30 - 10h30, 10h45 - 14h, 14h15 – 17h30, 17h45 – quase 22h e dispõe de duas entradas que na hora de entrada/saída estão escancaradas! Nos três primeiros turnos, as aulas são para grupos de crianças e adolescentes e o período nocturno é para jovens e adultos. Em todos os períodos há movimento de adultos (pais, encarregados de educação, irmãos, empregados, chapeiros, etc.) que levam e trazem crianças. Logo, não há nenhum controle ou este é realmente difícil de executar por dois guardas num universo de mais de 1000 crianças por turno.


Se a criança não grita ou esperneia para chamar atenção, ou se um coleguinha não comenta com o seu próprio encarregado de educação ou professor (e este toma nota) sobre a presença de um estranho, a criança-vitima passa pela porta acompanhada por um adulto sem nenhum problema, mesmo sendo este um desconhecido. Entende-se portanto que a supervisão de saída e/ou entrada de crianças não é deficitária e como todas apresentam-se fardadas, mais difícil fica saber quem está a entrar ou a sair.


Sabendo-se o quão vulneráveis são as crianças à guloseimas e promessas de brincadeira e/ou passeios, não é muito difícil aliciá-las e de lá sair impune. Urge portanto criar mecanismos de controlo de crianças. O jogo psicológico em casa é que deve reinar para evitar esse tipo de tragédia. Consoante a idade e nível de compreensão, o segredo é falar sempre com as crianças, assustá-las até se necessário for.


Em cada ano lectivo, pelo menos nos dois últimos, pais e encarregados de educação são cobrados, desde o primeiro dia de aulas até ao último dia do mês de Março, senão mesmo no acto de matrícula, o valor de 100,00Mt. O valor cobrado serve para pagar aos guardas que velam pela escola e supostamente pela segurança dos nossos filhos/educandos.


Essa "cobrança", sempre é questionada e há muitos pais que não a pagam cientes de que essa é função do Ministério das Finanças posto que estes trabalham para uma escola logo no Ministério de Educação e Cultura/Estado. (In) felizmente estes pais acabam vergando a vontade da direcção da escola sobretudo quando as crianças vêem o seu nome na lista dos não pagadores lida na sala e pressionam em casa.


Entretanto, nesta bagunça, os professores têm grande fatia de responsabilidade. Infelizmente estes são os primeiros a abandonar os miúdos ao Deus dará saindo antes do toque final da sala de aula com a pressa típica de quem, à guisa de bombeiro, vai apagar algum "incêndio em alguma casa particular" (explicação). No meu tempo, o professor só se ia embora depois da última criança ser levada para casa e, se não aparecesse ninguém, era levado para casa do professor. Belos tempos aqueles, mas hoje em dia com a pedofilia...


Se os professores fossem o que eram antigamente, a tarefa de velar pela integridade física das crianças estaria salvaguardada. Usava-se o cartão escolar como forma de autentificar a presença da pessoa que leva a criança da escola para casa, aliás este é o método que se usa em muitas creches e tem sido um sucesso: não tem cartão? A criança não sai!