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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dito pelo não dito

“Tenho 28 anos, casado mas carente, 2° ano do ensino superior, procuro miúdas nas mesmas condições, sem compromisso. Interessada escreva kero e deixe seu número de telefone.”


"Ola sou a Deyse. Mulheres que procuram criar novas experiências... Contacto 82... "


Para bom entendedor, meia palavra basta!


In rodapé do programa de entretenimento Music Box

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Em nome da b'leza

A vaidade feminina já não mais tem limites! Vale tudo e mais alguma coisa. O mais importante é estar-se e sentir-se: mais linda, mais sexy, mais gostosa, mais ... A lista não acaba e cada mulher com a sua merecida razão! Os atributos, bonificados pela natureza e que sempre nos caracterizaram, não mais se apresentam como realmente são tanto na cidade como nos seus arredores pois o padrão de beleza transfigurou-se.

Já não se é nem se está 100% natural! Está-se é a caminho dos 100% artificial! Tudo, em nome da beleza. Essa que nos é mostrada pelas musas de inspiração, artistas e figurantes desnundas em video clips, trazida pelas manas da South, do Brasil, da China ou da India ou ainda vendida pelos estrangeiros com raízes firmadas cá na terra e que ditam a moda das damas.

Não mais nos apresentamos com tranças “tipo” xikwenheta ou s’três. O cabelo deve estar frisado ou com apliques de mexas, tissagens e extensões. As unhas, segundo dita a regra do momento, devem ser acrilicas ou de gel e sempre com a manicure em dia. Afinal, nail art é o que está a dar, vender e a lucrar... Parece que basta? Entra no pacote roupa e acessório que devem combinar na cor, formato e material.

E, não é tudo! Enquanto que umas tentam a todo o custo diminuir o peso, com chás adelgaçantes e dietas milagrosas, as curvas femininas de mulheres com posses são turbinadas com silicone e bisturi, no estrangeiro. Outras tantas mulheres preenchem suas “insuficiências” com soutiens almofadados e com a récem saída da fábrica calcinha-bumbum! Pois é, beleza é sacrificio no bolso, na mente e no corpo!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Estórias em Maputo (31)

Mulheres de coragem hérculea há que, por receio de explusão dos pais, por recusa de paternidade ou conselho dos parceiros, por adultério ou por mero capricho, não hesitam em perfurar seus próprios úteros com agulha de tricot, engolir substâncias tóxicas, tomar cocktails de medicamentos ou aplicar, nos orgãos genitais, mistelas de raízes, folhas e outras substâncias estranhas com a firme intenção de provocar um aborto.

Número considerável, sobretudo de jovens-adolescentes, dirigi-se às unidades hospitalares que, com o firme propósito de evitar óbitos e outras sequelas de práticas incorrectas, consente esta prática mediante motivação convenientemente justificada. No entanto, há moçoilas que, como modus vivendi, vão "binando" senão mesmo "trinando", pelo que, com tal dossier, não mais podem recorrer às unidades sanitárias.

Aconselhadas por pessoas de má fé, habilitadas em domínios básicos de saúde, e que fazem disso uma fonte de rendimento, dirigem-se as farmácias e adquirem, à porta de cavalo, medicamentos que provocam contrações que levam ao aborto. Alguns desses indivíduos, sequer se dignam em requerer exames prévios para diagnosticar alguma maleita que se possa agravar com a provocação do aborto : vale tudo.

Se antes localizavam-se em zonas recôndidas, depois, com o advento das "maclinicas", na periferia da cidade, actualmente, com o gritante aumento de procura, desse tipo de serviços, as "clínicas" estabelecem-se, sob olhar impávido e sereno de seus moradores, em prédios residenciais da Grande Town. Evidentemente, esse tipo de "clinica" serve a um elitizado grupo de patricinhas que, afinal, também "brinca de mamã e papá".

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Hakuhanavanuna?*

Um novo negócio, empreendido pelas manas dos biznis, floresce a olhos vistos, e tem, a cada dia, cada vez mais adeptas : os vibradores. Originários de outras paragens, onde esses objectos eróticos são tratados por "tu", os vibras, de vários feitios, tamanhos e cores, se fazem presentes em muitas casas de dono e muitos "donos de casa" disso nada sabem.

Com preços que variam entre 2500 à 9000 meticais, consoante a multiplicidade de funções e a maleabilidade do material, os vibras cohabitam clandestinamente em muitas casas pois, o mulherio, potencial comprador desses objectos, particularmente as casadas ou com companheiros de leito, fixos ou esporádicos, escondem destes a posse do dito cujo.

Contudo, mesmo as livres e soltas também escondem que possuem um vibra. Evidentemente, por detrás desse escondimento se encontram várias razões. Mas, sabido que na nossa sociedade essa prática não é corrente isso leva, certamente, a indagações. Será que os homens ja nao cumprem com os seus deveres ou hakuhanavanuna?

*Já não há homens ?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Mediatização d'espiritos e etc.

Num misto de sentimentos, assistiu-se, na capital Maputo, a um pipocar de fenómenos estranhos nos espaços escolares públicos. Esses fenómenos caracterizaram-se por manifestações também estranhas (inconsciência, transe e literal perca de sentidos) em adolescentes do sexo feminino. Os casos mais notórios, com quase 8 dezenas de vitimas, ocorreram na escola Quisse Mavota, localizada no Bairro do Zimpeto.

Muitas vozes, sobretudo a de populares e de crentes em rituais animistas, associaram o acto sui generis a espiritos de mortos, enterrados e exumados nesse espaço, e/ou a contestada atribuição do nome a referida escola. Contudo, em outras escolas reportaram-se os mesmos fenómenos e as suas causas, aparentemente, ficaram sem associação as motivações do primeiro caso.

A onda de "desmaios", como foi popularmente denominada, tornou-se manchete de alguns órgãos da comunicação social, sendo os do meio audiovisual os que mais destaque deram ao facto. Nesse entretanto, ficou patente que, na guerra de audiências, muito poucos acautelaram a questão da integridade física das adolescentes acometidas por esses fenómenos, por outras correntes designado histeria colectiva.

Aliás, essa postura tem ocorrido com relativa frequência, em outros casos, em alguns dos quais testemunhos à descoberto podem levar a actos de represália. Na ânsia de «bater» nas audiências, o rosto escondido por técnicas especiais (sombreado), de repente se vê descoberto. A voz, em princípio distorcida, facilmente é reconhecida porque ficam à mostra o timbre da empresa, os acessórios do entrevistado/denunciante, etc. Quem se importa ?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Estórias em Maputo (20)

As jovens empreendedoras, algumas mal sucedidas em negócios na terra do samba; outras cansadas de se degladiarem com os porteiros de Ressano Garcia, Goba e do aeroporto [haja fôlego !] ; algumas com boutiques e salões de beleza, mas com outros horizontes mais na mente ; outras ainda, com pose de boneca em escritórios da praça, procuram, como todo moza que se preze, formas de aumentar o seu budget.

Ora, visto que o negócio inesgotável e de lucro imediato, após o ramo alimenticio, é o do vestuário, acessórios e cosméticos, as manas dia-a-dia empenham-se mais. Infelizmente, como muitas vezes os valores demandados para muitos desses produtos estão aquém do bolso de muita gente, e as manas, inspiradas pelo advento do empreendedorismo, avançaram para outras modalidades.

Em grupos de 2, 3 ou 4, as manas juntam-se e compram igual número de fardos de roupa (blusas, calças, camisas, saias, etc.) e dividem entre si contribuindo, desse modo, para que possam vender as peças de roupa aos pares. Assim, ao invés de venderem só blusas, combinam blusas com calças, camisas com calças, saias com blusas, vestidos com casacos, por aí em diante.

As manas que não dispõem de muito dinheiro para compras em grupo, vão ao dzudza, no Xipamanine ou Compone. Estas, tal como as manas em grupo, facilitam a vida de muita dondoca, pois para gaúdio das últimas, que afirmam que não txuna da xicalamidade, as manas vasculham e sacodem ; seleccionam e escolhem ; discutem e pechincham. No final das compras, ainda lavam, softam e engomam os txunes.

Passado que é este estágio, as manas pegam no télélé e fazem contactos para a lista VIP, geralmente de pessoas com dívida, pois quanto maior fôr melhor, informando que “já tenho uma blusa verde que combina com aquelas calças que ainda não pagaste". Mediante resposta da cliente devedora ou não, afinal tako só no fim do mês, pacientemente as manas chamam acabam chamando toda a lista de clientes de A à Z.

De seguida, sem stress, ou a paciência não é a chave da alegria, as manas metem-se no chapa, sobem e descem prédios (com ou sem elevador), adentram casas, escritórios, ministérios, centros de saúde, barracas, etc. Até a ausência do boss é aproveitada para transformar o place em passarele… Ah, é verdade, algumas funcionárias, públicas ou privadas, que aproveitam o fim-de-semana para fazer um tour nos dumbas, também entraram no negócio. E ainda dizem que turbismo é bizni de professores, ah !

terça-feira, 20 de abril de 2010

Último desejo

Júlia é uma compatriota moçambicana, quis o destino, averso como só ele sabe ser, violada, há tempos idos, por 8 homens, no bairro do Zimpeto. Sim, 8 homens tarados, com mente maquiavélica, perversa e diabólica, que decerto vivem na maior paz e tranquilidade com a sua própria consciência quanto a esse feito.

Quis o destino, sempre ele, que desse acto impiedoso, sem desculpa, sem tamanho, breve, com uma infinidade de adjectivos revoltantes, Júlia contrai-se o vírus do HIV. Apesar de ser do conhecimento de “quem de direito”, de nenhuma forma Júlia foi ressarcida por acto tão barbaro moral, psicológico ou mesmo financeiramente.

Vivendo da boa vontade da irmã, sem energia para qualquer outra luta, Júlia vive o dilema de não ter uma casa onde deixar seus filhos menores pois bate-se com sua própria progenitora por um espaço que em principio crê ser seu. Este cenário é realmente sui generis numa das relações mais sólidas da Humanidade que é entre mãe e filho.

Consciente de que os seus dias nesta terra estão em número finito, devido ao seu debilitado estado de saúde, na última volta da corrida que está a perder, como último desejo, Júlia implora que alguma alma caridosa ou instituição ofereça um tecto para albergar os seus petizes quando ela não mais os poder guardar debaixo do seu olhar...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O poder do amor

Uma jovem mulher chocou meio mundo com uma decisão atipica à nossa sociedade: tentar entregar, de livre ( ?) e expontânea vontade (?), às entidades de Acção Social, sua indefesa filha de 2 meses tudo porque esta é fruto de um acto de adultério de cujo pai se desconhece o paradeiro.

Segundo a visada, em declarações aos medias, sempre in ao polemitizar certos casos sociais, a decisão surge do facto desta ser a conditio sine qua non para o perdão total de seu esposo, na altura trabalhador nas minas da África do Sul, a quem a presença da petiz por certo faz pesar os cornos.

As autoridades solicitadas por esta jovem recorreram ao Gabinete de Atendimento à Mulher e a Criança, na polícia, que prontamente "convenceu" à jovem a não deixar a petiz aos cuidados do Estado Moçambicano.

Hoje nos chapas e, segurmante, em muitos outros cenários a questão é esgrimida até a exaustão com uns a condenarem a jovem pelo assaz acto contra natura e com outros a compadecerem-se com o caso. Terá a jovem agido erradamente? E se assim não tivesse sido, como seria ?

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Estórias em Maputo (9)

Antigamente, as pseudo-bábás vinham lá da terra. Eram jovens vindas de familias humildes, geralmente vizinhas de algum familiar, cheias de respeito e com profunda gratidão pelos patrões por as terem tirado duma casa em que as vezes faltava um pedaço de mandioca para acompanhar o chá sem açucar. No contrato verbal, com os pais dessas moças, ficava sempre patente que as meninas deveriam continuar os estudos já que lá na vila estavam condenadas a um casamento com o pastor de cabritos...

Muitas dessas jovens, chegadas a grande town, emocionadas pelos feitos novelísticos, vistos durante as ausências da patroa, cedo perdiam a humildade e com a ponta dos empinados e virgens seios, partiam para o ataque ao patrão, ao irmão jovem da patroa, ao empregado do vizinho ou ao guarda do prédio. Breve, trazê-las de lá, tornou-se um investimento de risco para o "estatuto de patroa "de muita mulher. Contudo, a necessidade de ter uma bábá nunca deixou de existir, sobretudo com este corre-corre que é a vida na grande town.

Actualmente, as bábás, de lá ou de cá, têm uma vivência dura: trabalham dia e noite, fins de semana, feriados e folgam 48h por mês, distribuidos por dois domingos. Se labutam para uma mamã madame, dessas que não podem perder nenhum evento, nem faltar a um fútil encontro com as amigas, por conta de um puto chorão, das duas uma: ou as bábás ficam em casa com estes, resumindo a preocupação maternal com um "O patrãozinho está a dormir? Já comeu? ", ou são arrastadas ao evento para que toda a familia possa ver como o rebento cresceu.

Nesses eventos, as bábás devem exercer as suas habituais funções que se resumem ao cuidar do menino, folgando no exercício de outras actividades que só desenvolvem quando estão em casa (lavar a roupa, ser moça de recado, etc.). Como é evidente, nesse dia, por ver por perto a mamã madame e o papá todo enfatado e não me sujes, o menino fica muito fiteiro e dá um valente baile a bábá e, para motiva-la ainda mais, ouve um "leva o Junhinho lá para longe!". Salário que é bom? Não pode ser excepção: é aquela base!

Ah, outra coisa! Para não pôr em causa o "estatuto de patroa" as bábás e outras profissionais que labutam no espaço doméstico não podem ser jovens bonitas, elegantes, vaidosas, inteligentes, empreendedoras... sob o risco de nem sequer serem bábás!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Txuna boy

Sendo que o hábito se tornou costume, pois hoje pouco se critica o titio kota que banca a menina quatorzinha, muitos dos titios, com familias formadas, como é evidente, deixam suas esposas “ao Deus dará” e essas kotas, muitas ainda na plenitude da sua feminilidade, precisam de alguém para "segurar as pontas".

Maduras e com o seu encanto, essas mulheres, respeitadas mães de familia, para suprirem as suas necessidades físicas poucas há que recorrem a outros kotas. A proximidade com os amigos dos filhos, vizinhos jovens e colegas de trabalho, alguns um pouco assanhados, trazem à flor da pele destas a necessidade e a vontade de ter um affair com os “meninos”.

No início da relação, os jovens cheios de charme e de alta calibragem, tudo fazem para conquistar e deixar de rastos a kota, geralmente tacuda pois os dividendos não se revertem apenas no acumular de novas experiências, mas também no cash que sempre é facilitado para pôr o menino a "shainar".

Empolgadas, as kotas investem seriamente no boy: pagam cursos, escola e até universidade. Griffes e gymm, afinal é preciso manter a boa forma, também entram no rol de beneses que estes boys ganham das kotas. Para alguns ficarem livres dos olhares acusadores de seus progenitores, alugam-se apartamentos e até são comprados carros.

Mas, como muitas vezes, as kotas, por serem casadas, não podem rodar publicamente com os boys, estes têm namorada, aquela que apresentam à sociedade e que por sua vez são patrocinadas com os dividendos da kota. Algumas kotas, ajudam o boy a estabelecer-se profissionalmente e até a formar familia na condição, claro, de manter o affair acesso!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ai de ti!

Tão polémico como tem sido o debate sobre a ponte da Unidade Nacional (?), so se pode falar da Lei contra a violência doméstica. apesar das feridas que levantou, a lei contra a violência foi aprovada pela Assembleia da Republica. Esta foi uma ocasião para ver as mulheres vangloriarem-se de não mais poder sofrer mazelas por parte de seus companheiros. Por seu turno, para os homens, um artiguito para não beliscar a masculinidade destes, face a violencia de suas companheiras foi anexado.

Portanto, aquele que violentar fisicamente a mulher, causando-lhe doença ou lesão que ponha em risco a vida será punido com a pena de dois a oito anos de prisão maior. A lei estabelece ainda que todo aquele que ofender voluntária e psiquicamente, por meio de ameaças, violência verbal, injúria, difamação ou calúnia a mulher com quem tem ou teve relação amorosa duradoura, laços de parentesco ou consanguinidade ou mulher com quem habite no mesmo tecto será condenado na pena de seis meses a um ano de prisão e multa correspondente.

Se a ameaça tiver sido com uso de instrumentos perigosos, a pena será de um a dois anos de prisão e multa correspondente. No que diz respeito à cópula (relações sexuais) não consentida fixa que quem a mantiver com a cônjuge, namorada, mulher com quem tem uma relação amorosa duradoura, laços de parentesco ou consanguinidade ou mulher com quem habite no mesmo espaço será punido com pena de seis meses a dois anos de prisão e multa correspondente
.

Ainda restam duvidas? é caso para dizer: ai de ti, homem! Ai de ti!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Pecados da lei

Quem cuida das crianças
é a mulher
Quem lava, passa e arruma
é a mulher
Quem faz as coisas todas
é a mulher
Pois é, pois é
Pois é, pois é
E o homem sem-vergonha é quem bate na mulher
Pois é, pois é
Pois é, pois é
E o homem sem-vergonha é quem bate na mulher*


Esta recordação adaptada (mal me lembro do autor, da letra integral e do titulo da musica, as minhas sinceras desculpas por tal) surge no contexto da aprovação, pela Assembleia da Republica, do Projecto de Lei contra a violência doméstica. Tendo se reconhecido a Mulher como principal vitima, esta lei peca por se ter esquecido que, actualmente, o Homem também é "batido".

* Tera sido o tio Turutão?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

14zinha por encomenda

Varios orgãos da Comunicação Social audiovisual noticia(ra)m a detenção de uma jovem, entre 25 e 28 anos de idade, nos corredores da escola Secundaria Francisco Manyanga, em Maputo, como "angariadora de adolescentes para relacionamento com homens mais velhos".

Visando aliciar e levar logo consigo uma "menina de entre 14 e 17 anos, de preferência mulata, para um amigo de seu amigo, um cidadão português de 28 anos (e com as malas aviadas, ainda nesse dia, para destino desconhecido)", a jovem em questão confessou suas pretensões.

Dizem ainda, alguns orgãos, que a detida faz parte da vasta cadeia de aliciadoras de menores, para o circuito da exploração sexual de menores, da não menos famosa e em julgamento na RAS, Aldina dos Santos, a tal do caso Diana, com 65 acusações sobre a cabeça.

Assustadas e preocupadas, direcção da escola, familias e adolescentes abordadas, bem como toda uma sociedade, cada dia se torna dificil perceber até onde vai a perversão humana: mulheres que lucram vendendo outras mulheres e homens que satisfazem os seus instintos lascivos com crianças!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Desabafo de um boi

A semelhança da postagem Face das Maputenses, não resisti a outro mail que caiu na minha inbox pois também espelha a imagem que se tem das mulheres de Maputo, em particular, e de Moçambique no geral, no capitulo das relações intimas. Neste mail, o autor não se coibiu de chamar os bois pelos seus nomes! Os arranjos ao texto e as abreviações nas palavras de caracter ofensivo, são minhas. Ei-lo:


Nota 1

Hoje as meninas das nossas cidades por ano f... em média com 3 a 5 homens diferentes. O 1º porque namora com ela ou é casado com ela, o 2º é o colega de trabalho, o 3º é o que a iludiu com um bom carro, jantares em restaurantes de luxo, garante bons passeios em viagens e locais turrísticos, "garante bons finais de semana" . O 4º garante-lhe arranjar um bom emprego e o 5º pode ser o que a desvirginou, o ex-namorado, um pito que f... bem ou colega de escola que ela deseja apostar para o futuro.

O pior de tudo é que o único que não a f... é o que está disposto a construir uma vida com elas, a amar-lhes para o resto da vida e fazer-lhe feliz e que ela só se recordará dele quando ficar para titia o que será tarde demais.


Nota 2
Prestem bem atenção: O primeiro que é o namorado ou o marido só está com ela porque ela o escolheu por ter condições confortáveis mais não deixa de ser um cornudo e pode vir a ser pai de um filho ou filha da p.... Me pergunto onde vamos com está sociedade em que nas nossas cidades todo o récem-nascido é um filho da p....!


Nota 3
Se não queres ter um filho da p... só tens duas opções:
  • Ou engravidas uma quatorzinha antes que se torne p... , o que pode te levar a cadeia;
  • Ou vais ao distrito e trazes um camponesa a cidade.
Caso contrário, meu irmão, seras pai ou, por outra, já és pai de um ou uma filho/a da p.... Ti paciência (música do angolano Maya Cool), não é o único que deve assumir. Agora repitam o coro:
  • Nós moçambicanos assumimos com tanta dor e vergonha que as damas da cidade de Maputo são p...;
  • Nós moçambicanos assumimos que as damas da cidade de Maputo só estão ao nosso lado por interesse;
  • Nós moçambicanos assumimos que fingimos que não sabemos que as nossas damas são p...;
  • Nós moçambicanos assumimos que somos e seremos pais de filhos da p....

Nota 4
Peço desculpa a toda moça que não é p... disfarçada ou por outra que só f... com apenas 1 homem durante este ano ou estes anos o qual é seu namorado ou marido . Eu sei que existem algumas jovens que estão nas suas relações bem sucedidas ou mal economicamente mais apenas por amor e também há casos de quem está sem namorado porque de facto há falta de homens de qualidade.

Lamento por isso mas encorrajo a toda jovem de bons princípios que vá atrás de quem mereça o seu amor, se acha que ele a ama de verdade, mas eu precisava mandar esta mensagem para quem quer que seja para que assumamos a nossa identidade com esse conselho:

Moças jovens de Maputo, não nos iludam assumam a vossa identidade para que não causem transtornos aos que apostem em vocês. Se es pedreiro assuma que es que te procuram para as suas construções, qualquer profissão deve ser assumida para melhor termos sucesso, por isso moças assumam que são p... para melhor clientela terem! Quem sabe, alcançam muito rápido o que vocês tanto querem sem tirar a reputação da vossa família e dos vossos companheiros e pôr a vida deles em risco pelas DTS's/Sida.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Face das Maputenses

Recebi, recentemente, um curioso email, cujo autor não vem mencionado, que descreve as mulheres dos diferentes bairros de Maputo e Matola. Ei-las:

As damas da Matola:
Tem a mania que são finas, mas acabam sempre com o tipo que também pensa assim. Acham que todo o mundo um dia lhes vai comer na mão. Quando abriram o Mimmo’s e o K-Slixe pensaram que a cidade toda fosse lá para sempre, agora divertem-se nas noites com seus vizinhos, tios e sobrinhos... eh eh eh tudo em família.


Mulheres da Liberdade:
Geralmente finas e até falam bem, mas esquecem-se sempre e mencionam 'barraca' quando querem ir ao Mimmo’s.


Mulheres de Malhampswene:
São de lá???
E as do Grande Maputo?

Mulheres do Benfica:
Bem, existem duas, umas pensam que são finas e ainda andam nos chapas lotados, super apertadinhas... depois de descer do chapa, ainda tem que limpar os sapatos (se tiver). Outras tão pouco se lixando... esboram-se nos chapas e chegam a cidade todas sovaqueiradas.

Mulheres do Chamanculo:
Pensam que são da cidade, gostam de Jeans e camizetes mas a diferença na cor, volume e tipo extensões do cabelo só elas é que não percebem. Cuidado: tem irmãos Ninjas e assaltantes.

Mulheres de Magoanine:
Algumas vêm da cidade e os namorados costumam estar também na cidade. Nunca sabem se vão chegar a casa. Os encontros têm de ser todos a luz do dia... depois fica difícil ir para casa. Têm sempre ideias de vender qualquer coisa: aros e janelas, petróleo, farelo... ih!

Mulheres de Bagamoyo:
Existem? Como é loooonge... da casa a paragem até descalçam os sapatos. Algumas cheiram sempre a diesel e carvão, não sei porquê!

Mulheres da Malanga:
Xiii, aquelas mulatas pensam que têm o mesmo fulgor que as outras cá de cima na town... mas são sujas, sujas, sujas, e andam lá também as pretinhas que tentam se parecer com elas. Mas vendem muito bem carvão e lenha.

Mulheres da Malhangalene:
As r... devem ter perdido a sensibilidade... quem nunca f... uma é por razões desconhecidas, mas as gajas têm uma inclinação pro sexo que é de admirar... fooooogo, como f...eeeeeeem. As mais sofisticadas foram ao Brasil e voltaram 4 anos depois.

Mulheres da Coop:
São amigas das da Malhangalene. São bradas.

Mulheres da Sommerchield:
Só conhecem Maputo da Coop à estátua de Eduardo Mondlane.

Mulheres da Polana Caniço:
Matlanda dzixas (brincam até o amanhecer)... como cheiram!

Mulheres do Bairro Ferroviario:
se chegares a casa e sentires um cheirinho não grite, provavelmente a lixeira habituou-lhe mal, e se ela nunca deixar a tua casa em dia também não te chateies, tá habituada a má urbanização do bairro. Cuidado: tem irmãos Ninjas.

Mulheres do Alto Maé: Pensam que vivem na Polana. A 'colômbia' alí perto é que lhes vai arrefecendo o sonho...

Mulheres da Polana:
Coitadas, nem sabem se ainda lhes pertence, os pais acabaram vendendo a casa e foram parar no Malhampswene.

Mulheres de Xiquelene:
Com tanta confusão, elas já nem sabem diferenciar um espectáculo de uma greve... Têm sempre na manga, alguma ideia de business... petróleo, cigarros, chuingas...

Mulheres de Maxaquene:
Não querem estudar...Sonham aparecer no programa do Sérgio Faife – 'Princesas'. Geralmente conhecem todas as marcas de Televisores, aparelho Hi-fi e DVDs... os manos né??? Vendem muitos randes.

Mulheres de Inhagoia:
Iiiiiiiiiiiihhhhh!!! Idem... e como 'Kenham' (falam mal).

Mulheres de Compone:
Verdadeiras atletas.... passam a vida a correr fugindo da polícia camarária. Cheiram xicalamidade.

Mulheres de Hulene:
Falam mal, vestem mal mas bebem muito bem... geralmente ajudam muito aos fins de semana nas pequenas ruas da Baixa no negócio da noite.

Mulheres de Malhazine:
Tal e qual as de Hulene mas ainda vão a Igreja.

Mulheres de Laulane:
Falam muito mas o areial tá lá... o que vale é que geralmente costuma estudar bem.

Mulheres de T3:
Akutiyela???? (São avarentas) Akukenha??? (falam mal e porcamente) Akuyiva??? (São ladras) Geralmente têm namorados Nigerianos, traficantes, ladrões, emigrantes ou Polícia.

Mulheres de Matendende:
Prefiro não comentar, mas parece que tão sempre com babalaza... minha tia é de lá.

Mulheres de Luis Cabral:
Como gostam de greves??? Confusão e ximoko é com elas...

Mais bairros??? É melhor parar por aqui...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

14zinhas e o culto ao kota

Recentemente, em pleno chapa, acompanhei uma curta mas interessante conversa de duas quatorzinhas (aparentavam entre 16 e 19 anos). Txunadas e blingadas dos pés a cabeça, as moças falavam do kota que acabava de ligar para uma delas para um programa no principio da tarde, horário de expediente, num dos múltiplos motéis (?) que rapidamente floresceram dentro e na periferia de Maputo.

Kota é um termo provindo do vocabulário dos nossos irmãos "mangolés" e, conforme se diz, designa pessoas maduras ou mulheres confirmadas, entre nós, designam os nossos pais. No entanto, esta designação serve também parao homem, geralmente casado, o tal que gosta de quatorzinhas, com quem as jovens se relacionam para dessa relação adquirir dividendos em troca de favores sexuais.

A questão tem barba rija, mas um número significativo de mulheres, sobretudo as citadinas, tem tido como objectivo único apostar em relações das quais tirarão dividendos imediatos. À caça ao homem, passa pelo conhecimento do número das cifras que figuram na conta bancária da caça, do(s) carro(s) que possui, da casa onde vive, enfim, do status que tem e representa.

Não importa sequer se esse homem é casado! Se a caçadora é a 2ª, 3ª ou énesima mulher na vida do mesmo, o mais importante são os Mts que ele deixa aquando das sorrateiras visitas ou idas aos quartinhos, ou então a choruda mesada, o carro, a casa alugada e, em alguns casos, quando a moça é inteligente ou o homem extremamente atencioso, os estudos que pelo último são custeados. Quo vadis jovem moçambicana?

sábado, 8 de novembro de 2008

Hematonas da vergonha

Hematomas da vergonha são marcas de violência doméstica em esposas de pessoas bem posicionadas nas altas esferas da sociedade ou de altos empresários da praça. Algumas vezes, essas mesmas vitimas têm um estatuto que impõe respeito na sociedade pois são advogadas, juristas ou mulheres com cargos de chefia e prestigio.

Hematomas da vergonha, são aqueles casos de violência domestica que muitas vezes arranham o macabro, tais são os requintes de malvadez, crueldade e humilhação cujos números nunca fazem parte da estatística e nem figuram nos calhamaços encardidos dos arquivos das esquadras da Policia.

Assim são denominados porque são encobertos por camadas e camadas de pó de arroz e essas tretas que realçam a nossa beleza e fazem mal a pele, tudo com o intuito de querer fazer parecer que “tudo está bem” ao invés de se denunciar esses criminosos de punhos brancos, calça com vinco e sapato de verniz.

São sim hematomas da vergonha porque, logo após o acto, infindáveis pedidos de desculpa são feitos. Presentes de valor elevado oferecidos como um “cala-te boca” para que a sociedade não saiba quem realmente é aquela pessoa que perante todos é uma pessoa respeitosa e no aconchego familiar um verdadeiro tirano.

Um exemplo de hematomas da vergonha foi vivenciado por uma espectacular mulher, de corpo e alma, formada em Direito, e que contraiu matrimónio com um individuo da mesma area. Infelizmente, o homem em questão era sadicamente ciumento que só não a impedia de trabalhar pois estavam no mesmo local de trabalho e servia-se disso para a controlar, como ele mesmo fazia questão de sublinhar.

Os hematomas, nesta mulher, levaram o seu tempo até que humilhada e destroçada mas firmemente decidida, optou por abandonar o lar da dor e consentir um divórcio do qual saiu de mãos a abanar. Quantas outras mulheres calam-se perante a chantagem a que são submetidas após terem sido “hematonadas”? Ou perante o medo de perder todas as beneses duma vida glamourosa com essa espécie de homens?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

E se a moda pega?

Recebi, de um amigo, um link que é deveras curioso, pelo menos para a nossa realidade com cunho tradicional e moralista para determinados assuntos. O link refere-se aos itens que as profissionais do sexo devem ter para ser verdadeiras profissionais, na óptica, vinque-se, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Veja aqui

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Produção independente

Actualmente, muitas mulheres têm conseguido vingar na carreira profissional, sendo por isso bem sucedidas, e não estão apenas preocupadas com a sua aparência, mas preocupam-se sobretudo com o seu bem-estar material e psicológico. As mulheres descobriram que podem ter uma vida de qualidade se apostarem na sua própria escolarização, nos negócios pessoais, enfim, batalhando constantemente pelo que querem sem que para isso tenham de depender de um homem.

Construir uma carreira e conquistar a independência financeira, leva o seu tempo, sobretudo na selva de dificuldades que é a vida das mulheres moçambicanas. No entanto, por melhores e maiores que sejam as condições criadas, por si próprias, chega a hora em que o relógio biológico toca, a necessidade se transforma em urgência e tardiamente se percebam que não tem com quem dividir esse sonho.

Ter um filho, para a mulher, é o apogeu da sua realização pessoal. E para o terem, muitas não olham meios para atingir objectivos. Sendo que se torna difícil encontrar homens disponíveis na praça, em particular para com ele procriar, atitudes radicais são tomadas como o desejo de fazer uma produção independente.

A ausência de um marido ou parceiro deixou de ser impedimento para as mulheres que desejam ter filhos. Muitas optam por se envolver com homens casados apenas com o intuito de com este gerar um filho. Para estas mulheres, basta apenas “a semente e o certificado de origem” pois se o “produtor” recusa reconhecer a descendência pouco importa.

Há outras que não se importam, por exemplo, de envolver-se com um estrangeiro, com ou sem dividendos, com o firme propósito de engravidar e realizar as suas fantasias de mulher-mãe. Algumas engravidam de jovens universitários ou não, que são usados, como se de touros premiados se tratassem, para as cobrirem em troca de valores monetários. O mais importante é ter o seu filho!

Estas atitudes revelam algum egoísmo por parte destas mulheres pois o ideal é a criança nascer e crescer com mãe e pai ao lado. Viver em família, é salutar para a saúde psicológica da criança e acima de tudo há que pensar que apesar de tudo terem conquistado na vida, o filho não é o troféu que lhes falta na prateleira do sucesso.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

(I)morais ou hipócritas?

Somos todos cheios de preconceitos e cobrimos a boca de pudor para falar de certos assuntos, sobretudo no que se refere ao que, de uma ou de outra forma, todos fazemos, muitas vezes por prazer e pouquíssimas outras para aumentar a espécie e manter o nosso clã activo: o sexo. E se for uma mulher a falar, a mandar as favas o tabu, pior fica.

Para muitos de nós, o normal é apenas que se tenha relações com pessoas de sexo oposto ao nosso, mesmo que isso não nos satisfaça. Se aparece alguém com um desvio sexual, como definem os estudiosos, são apelidados de anormais. Se estão dentro da família são doentes, de uma doença indefinida pelo que é preciso exorcizar esse espírito mau que desvia ou acomete o nosso amigo, familiar ou mero desconhecido.

Para outros, se alguém testemunha abertamente uma realidade que viveu é alvo de chacota e de acusação de factos irreais, foi o que aconteceu com o artigo Garotos de programa. Caíram-me à caixa 2 mails terríveis que me obrigam a felicitar os remetentes por não os terem exposto no blog tamanho seria o choque pelo seu conteúdo cabeludo.

Por detrás dessa vossa capa de regrados e morais, decerto vivem pessoas com vida dupla que enganados pela banalização do sexo, estão repletos de amantes. Essas mesmas amantes que mais não fazem do que, em poucos instantes de suspiros e suor, enriquecerem as suas contas bancárias, com os vossos trocados, os seus telemóveis com crédito ou outras futilidades.

Quem recorre às prostitutas? Nunca vi nem ouvi falar de nenhuma mulher da vida que foi bater a porta de alguém para ofertar seus serviços. Esses serviços são procurados! Quem vai aos quartinhos das pensões, casas e hotéis para satisfazer seus instintos primitivos? E, acompanhados por quem? Agora porque jogar pedras contra mim? Que direito tem de me chamar prostituta?

Se são inocentes, como querem fazer parecer, que atirem a segunda pedra aqui e em público, onde tudo começou! E, reafirmo que enganam-se se pensam que a prostituição é apenas feita por mulheres, homens há, e muitos, que sem pudor cobram serviços sexuais, como é o caso em apenso. Aliás, prostituta/o não é só quem vende, também o comprador e eu não sou nem um e nem outro. Tenho dito!