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quinta-feira, 4 de março de 2010

Dicionario feminino?

Chegou-me a inbox, enviado por mulheres para mulheres. Partilho convosco, sem distinção de sexo.
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Certo :
Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas estão certas e você precisa se calar.

2 - 5 minutos :
Se ela está se arrumando significa meia hora. "5 minutos" só são cinco minutos se esse for o prazo que ela te deu para ver o futebol antes de ajudar nas tarefas domésticas.

Nada :
Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está acontecendo e que você deve ficar atento. Discussões que começam em "Nada" normalmente terminam em "Certo".

Você que sabe :
É um desafio, não uma permissão. Ela está te desafiando, e nessa hora você tem que saber o que ela quer... e não diga que também não sabe!

Suspiro ALTO:
Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que freqüentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que você é um idiota e que ela está imaginando porque ela está perdendo tempo parada ali discutindo com você sobre "Nada".

Tudo bem :
Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. "Tudo bem" significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando você vai pagar por sua mancada.

Obrigada :
Uma mulher está agradecendo, não questione, nem desmaie. Apenas diga "por nada". (Uma colocação pessoal: é verdade, a menos que ela diga "MUITO obrigada" - isso é PURO SARCASMO e ela não está agradecendo por coisa nenhuma. Nesse caso, NÃO diga "por nada". Isso apenas provocará o "Esquece").
Esquece :
É uma mulher dizendo F…-SE !!

Deixa pra lá, EU resolvo:
Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes para um homem fazer algo, mas agora está fazendo ela mesma. Isso resultará no homem perguntando "o que aconteceu?". Para a resposta da mulher, consulte o item 3.

Precisamos conversar!:
F..!!!, você está a 30 segundos de levar um pé na bunda.
Sabe, eu estive pensando...:
Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Estórias em Maputo (9)

Antigamente, as pseudo-bábás vinham lá da terra. Eram jovens vindas de familias humildes, geralmente vizinhas de algum familiar, cheias de respeito e com profunda gratidão pelos patrões por as terem tirado duma casa em que as vezes faltava um pedaço de mandioca para acompanhar o chá sem açucar. No contrato verbal, com os pais dessas moças, ficava sempre patente que as meninas deveriam continuar os estudos já que lá na vila estavam condenadas a um casamento com o pastor de cabritos...

Muitas dessas jovens, chegadas a grande town, emocionadas pelos feitos novelísticos, vistos durante as ausências da patroa, cedo perdiam a humildade e com a ponta dos empinados e virgens seios, partiam para o ataque ao patrão, ao irmão jovem da patroa, ao empregado do vizinho ou ao guarda do prédio. Breve, trazê-las de lá, tornou-se um investimento de risco para o "estatuto de patroa "de muita mulher. Contudo, a necessidade de ter uma bábá nunca deixou de existir, sobretudo com este corre-corre que é a vida na grande town.

Actualmente, as bábás, de lá ou de cá, têm uma vivência dura: trabalham dia e noite, fins de semana, feriados e folgam 48h por mês, distribuidos por dois domingos. Se labutam para uma mamã madame, dessas que não podem perder nenhum evento, nem faltar a um fútil encontro com as amigas, por conta de um puto chorão, das duas uma: ou as bábás ficam em casa com estes, resumindo a preocupação maternal com um "O patrãozinho está a dormir? Já comeu? ", ou são arrastadas ao evento para que toda a familia possa ver como o rebento cresceu.

Nesses eventos, as bábás devem exercer as suas habituais funções que se resumem ao cuidar do menino, folgando no exercício de outras actividades que só desenvolvem quando estão em casa (lavar a roupa, ser moça de recado, etc.). Como é evidente, nesse dia, por ver por perto a mamã madame e o papá todo enfatado e não me sujes, o menino fica muito fiteiro e dá um valente baile a bábá e, para motiva-la ainda mais, ouve um "leva o Junhinho lá para longe!". Salário que é bom? Não pode ser excepção: é aquela base!

Ah, outra coisa! Para não pôr em causa o "estatuto de patroa" as bábás e outras profissionais que labutam no espaço doméstico não podem ser jovens bonitas, elegantes, vaidosas, inteligentes, empreendedoras... sob o risco de nem sequer serem bábás!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Bordéis, um mal necessário?

Recentemente, numa cruzada nocturna pela cidade, após um copioso jantar com amigos, em locais estratégicos e de conhecimento de muitos, como a Julius Nyerere, Mao Tsé Tung, 24 de Julho, etc., várias mulheres expõe-se à moscas como alface, couve e magumbas num dumba-nengue. Como solucionar esta questão?

Diz um ditado, “há males que vem por bem”! Sou das poucas pessoas que concorda com algumas práticas como o aborto indiscriminado e a prostituição: Comigo ou parte ou racha, mas há momentos em que se deve pôr os pés na terra pois também “para grande males, há grandes remédios”.

A prostituição constitui um ambiente em que as mulheres têm pouco poder de auto-protecção contra o HIV e a violência fisica, até da própria Policia (damas de sexo). As raparigas forçadas ou vendidas ao trabalho de sexo, mesmo antes da puberdade, geralmente não têm consciência dos riscos relativos ao SIDA e são incapazes de fugir ou encetar acções de protecção.

Mas nem toda a prostituição é forçada! Enquanto que para algumas mulheres é escolha, muitas entram para o trabalho de sexo ocasional ou permanente como alternativa à grande pobreza, trocando o sexo por bens de primeira necessidade para si e para os seus filhos. Outras há que vão por essa via para alimentarem o seu ego materialista.

Nas ruas, onde estas mulheres “se vendem”, por serem “obrigadas”, pelo ramo profissional que seguem, a exporem-se em trajes que ultrajam “a moral e os bons costumes” sofrem o desprezo da sociedade que não as vê com bons olhos e são enxovalhadas e alvo de chacota de algumas pessoas, dentre elas clientes disfarçados.

Por outro lado, muitos perigos estão a espreita: agressões físicas e orgias não consentidas, por parte de clientes sádicos ou que não pretendem pagar a conta, perda de receitas por exigirem o uso do preservativo ou mesmo para escaparem das rusgas policias, que muitas vezes resultam também em abusos sexuais.

Em 2008, as prostitutas nacionais chamaram a sociedade civil para denunciar abusos e para exigir protecção de todos os seus clientes. Um dos pedidos era de que se abrissem bordéis em que o Governo deveria instituir uma regra, a de “só com preservativo”.

Se já existem casas que oferecem quartos para o cidadão que é adepto do amantismo, porque não se pode fazer o mesmo com as mulheres que fazem do uso do sexo uma fonte de rendimentos e nos poupamos da pouca vergonha?

terça-feira, 28 de julho de 2009

Espectro social

A questão é polémica o quanto baste. As estatísticas são escassas, breve desconhecidas, talvez mesmo inexistentes. A voz da moral, dos bons costumes, do politicamente correcto, do ético, da religião e todos outros princípios que cada um respeita, toma forma. Mas, ainda que tapado, como a peneira faz ao sol, o espectro do aborto(?) está aí: mortal, silencioso e real.

Os pais a "podem matar" se o souberem pois o jovem responsável não está em condições de assumir uma familia, menos ainda pelo golpe da barriga. Se se trata do tio kota, que tem familia e filhos já crescidos, outro filho pode destabilizar a harmonia (?) familiar. Também pode ser que a menina (?) não saiba de quem é o filho, o que se há-de fazer? A menina está grávida!

Há dois roteiros possíveis: o primeiro é procurar aquela enfermeira famosa, lá do bairro, que dá comprimidos, conhecida (?) pela sua discrição (?) e serviço eficiente. Ainda nesse cenário, há também aquele enfermeiro da maclinica (?) que dá injecção e já está! Caso contrário, apela-se aquela vovó que dá pós e pauzinhos que provocam muitas cólicas mas a "barriga" saí. E, em caso de desespero, com coragem e audácia fura-se o útero com uma agulha de tricot.

Noutro cenário, o do hospital, preenche-se um requerimento, o moço ou tio faz uma declaração assumindo que toma conhecimento/responsabilidade e que o aborto pode ter lugar. Paga-se o que se tem a pagar, fazem-se as análises devidas para checar se está tudo bem (?) e vem a certeira (des?)autorização do hospital.

No dia marcado, como quem vai à escola, geralmente acompanhada e encorajada por amigas, que certamente conhecem e passaram pelo sistema, tem lugar o aborto. Dia seguinte, consoante a capacidade de suporte de dor, que leva algumas a confessarem-se a seus progenitores, a menina vai ao hospital fazer a raspagem. Pronto está feito!

Após a consumação do acto, pouco ou nada é feito, excepto alguns apelos para que as meninas façam o planeamento familiar (?) e se acautelem com a possibilidade de se infectar com o HIV. Lamentavelmente, poucas acatam com os conselhos das enfermeiras e pouco depois retomam aos corredores do hospital ou de outros circuitos ilegais (?) para, com a frieza da experiência, resolverem de novo este mesmo assunto.

Relatos de mortes, que tem como causa um aborto mal feito ou outras complicações a ele relacionados, não são frequentemente comentados pois constituem vergonha para a familia e também não é menos verdade que muita moça se torna estéril como consequência disso. A sociedade, por seu turno, grita e estrebucha que o aborto é matar uma pessoa, mas no recanto da familia dessa mesma sociedade ele é cruamente real.

Tal como uma moeda, as duas faces da abordagem do aborto são polémicas, difícies de engolir/vomitar e aceitar/recusar. Mas, SIM ou NÃO ao aborto?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ai de ti!

Tão polémico como tem sido o debate sobre a ponte da Unidade Nacional (?), so se pode falar da Lei contra a violência doméstica. apesar das feridas que levantou, a lei contra a violência foi aprovada pela Assembleia da Republica. Esta foi uma ocasião para ver as mulheres vangloriarem-se de não mais poder sofrer mazelas por parte de seus companheiros. Por seu turno, para os homens, um artiguito para não beliscar a masculinidade destes, face a violencia de suas companheiras foi anexado.

Portanto, aquele que violentar fisicamente a mulher, causando-lhe doença ou lesão que ponha em risco a vida será punido com a pena de dois a oito anos de prisão maior. A lei estabelece ainda que todo aquele que ofender voluntária e psiquicamente, por meio de ameaças, violência verbal, injúria, difamação ou calúnia a mulher com quem tem ou teve relação amorosa duradoura, laços de parentesco ou consanguinidade ou mulher com quem habite no mesmo tecto será condenado na pena de seis meses a um ano de prisão e multa correspondente.

Se a ameaça tiver sido com uso de instrumentos perigosos, a pena será de um a dois anos de prisão e multa correspondente. No que diz respeito à cópula (relações sexuais) não consentida fixa que quem a mantiver com a cônjuge, namorada, mulher com quem tem uma relação amorosa duradoura, laços de parentesco ou consanguinidade ou mulher com quem habite no mesmo espaço será punido com pena de seis meses a dois anos de prisão e multa correspondente
.

Ainda restam duvidas? é caso para dizer: ai de ti, homem! Ai de ti!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Pecados da lei

Quem cuida das crianças
é a mulher
Quem lava, passa e arruma
é a mulher
Quem faz as coisas todas
é a mulher
Pois é, pois é
Pois é, pois é
E o homem sem-vergonha é quem bate na mulher
Pois é, pois é
Pois é, pois é
E o homem sem-vergonha é quem bate na mulher*


Esta recordação adaptada (mal me lembro do autor, da letra integral e do titulo da musica, as minhas sinceras desculpas por tal) surge no contexto da aprovação, pela Assembleia da Republica, do Projecto de Lei contra a violência doméstica. Tendo se reconhecido a Mulher como principal vitima, esta lei peca por se ter esquecido que, actualmente, o Homem também é "batido".

* Tera sido o tio Turutão?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

14zinha por encomenda

Varios orgãos da Comunicação Social audiovisual noticia(ra)m a detenção de uma jovem, entre 25 e 28 anos de idade, nos corredores da escola Secundaria Francisco Manyanga, em Maputo, como "angariadora de adolescentes para relacionamento com homens mais velhos".

Visando aliciar e levar logo consigo uma "menina de entre 14 e 17 anos, de preferência mulata, para um amigo de seu amigo, um cidadão português de 28 anos (e com as malas aviadas, ainda nesse dia, para destino desconhecido)", a jovem em questão confessou suas pretensões.

Dizem ainda, alguns orgãos, que a detida faz parte da vasta cadeia de aliciadoras de menores, para o circuito da exploração sexual de menores, da não menos famosa e em julgamento na RAS, Aldina dos Santos, a tal do caso Diana, com 65 acusações sobre a cabeça.

Assustadas e preocupadas, direcção da escola, familias e adolescentes abordadas, bem como toda uma sociedade, cada dia se torna dificil perceber até onde vai a perversão humana: mulheres que lucram vendendo outras mulheres e homens que satisfazem os seus instintos lascivos com crianças!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Férias dentro de casa

Do nada, a sexta-feira foi "instituida" dia do homem. Dia esse em que os homens se dão a liberdade de sair do trabalho directamente para o txiling sem, sequer, uma passagem por casa, para um banho, mudança de roupa e satisfação a familia. Uns, os desportistas e verdadeiros adeptos da essência do dia do homem, aproveitam e bem para pegarem algumas de gargalo longo pelo pescoço, petiscam e cavaqueiam com amigos.

Outros, rabos de saia por excelência, e que não aguentam manter, fora de casa, o ziper fechado juntam o útil ao agradável: vão ao campeonato das loirinhas, acrescentam a isso o balançar do esqueleto numa discoteca qualquer ou ao som altissimo dos carros e depois partem para momentos de pura perdição com as garinas da banda esquecendo, algumas vezes, da importância da camisinha.

Ter um dia só de homem, é um direito, e deve também existir um dia só da mulher! Depois de uma cansativa e stressante semana laboral, aliada aos biscatos e tricatos infindáveis para facturar mais algum, uns copos, papo com os brothers, música do carro ou do bar, são uma forma de alivio e descompressão se se pensar que ao fim-de-semana o tempo será inteiramente dedicado a familia.

Mas a coisa tornou-se tão banal que muitas esposas e companheiras, desses homens, já nem sequer se preocupam com isso, até agradecem pois tem um tempinho só para si para a novela, sem o pressing do jantar, da roupa do dia seguinte, etc. Por outro lado, como a ocasião faz o ladrão, verdade seja dita, há mulheres que se aproveitam da ocasião para tirarem também uma lasquinha. Se há igualdade de direitos, também estão no seu direito, não é?

As marujas de primeira viagem, essas, com medo de perder o carapau, esforçam-se em mudar o cenário, tentando participar activamente nos meetings masculinos, mas, acabam duma ou de outra forma levando um KO, de tantas tampas, e entram no circulo vicioso das mulheres conformadas e relaxadas ou das inconformadas e das txiladoras que pagam pela mesma moeda.

Mas, ultimamente, parece que esta prática já não é suficiente para contentar os machões moçambicanos: agora inventaram as viagens dentro de casa. O que será isso? São viagens, geralmente de trabalho ou de negócio, inventadas pelos homens, para se instalarem confortavelmente durante um tempo nas Casas 2 sem para tal terem que dar satisfações a Casa 1.

Ou seja, os homens tiram dias de férias ou até continuam a ir ao trabalho, mas não retornam a casa no final do dia laboral! As artimanhas são tantas que até as costumeiras e poupadas ajudas de custo, que tanto ajudam nos projectos da familia, passam a não ser canalizados por aqueles "exploradores que nos matam de tanto trabalhar sem pagar nada", assim justificam.

Como se não bastasse, ainda retornam a casa com roupa suja como se os "habituais hóteis", de outros tempos, em que se hospedam a trabalho não mais lavassem roupa. Player com estatuto? Tenham dó!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Desabafo de um boi

A semelhança da postagem Face das Maputenses, não resisti a outro mail que caiu na minha inbox pois também espelha a imagem que se tem das mulheres de Maputo, em particular, e de Moçambique no geral, no capitulo das relações intimas. Neste mail, o autor não se coibiu de chamar os bois pelos seus nomes! Os arranjos ao texto e as abreviações nas palavras de caracter ofensivo, são minhas. Ei-lo:


Nota 1

Hoje as meninas das nossas cidades por ano f... em média com 3 a 5 homens diferentes. O 1º porque namora com ela ou é casado com ela, o 2º é o colega de trabalho, o 3º é o que a iludiu com um bom carro, jantares em restaurantes de luxo, garante bons passeios em viagens e locais turrísticos, "garante bons finais de semana" . O 4º garante-lhe arranjar um bom emprego e o 5º pode ser o que a desvirginou, o ex-namorado, um pito que f... bem ou colega de escola que ela deseja apostar para o futuro.

O pior de tudo é que o único que não a f... é o que está disposto a construir uma vida com elas, a amar-lhes para o resto da vida e fazer-lhe feliz e que ela só se recordará dele quando ficar para titia o que será tarde demais.


Nota 2
Prestem bem atenção: O primeiro que é o namorado ou o marido só está com ela porque ela o escolheu por ter condições confortáveis mais não deixa de ser um cornudo e pode vir a ser pai de um filho ou filha da p.... Me pergunto onde vamos com está sociedade em que nas nossas cidades todo o récem-nascido é um filho da p....!


Nota 3
Se não queres ter um filho da p... só tens duas opções:
  • Ou engravidas uma quatorzinha antes que se torne p... , o que pode te levar a cadeia;
  • Ou vais ao distrito e trazes um camponesa a cidade.
Caso contrário, meu irmão, seras pai ou, por outra, já és pai de um ou uma filho/a da p.... Ti paciência (música do angolano Maya Cool), não é o único que deve assumir. Agora repitam o coro:
  • Nós moçambicanos assumimos com tanta dor e vergonha que as damas da cidade de Maputo são p...;
  • Nós moçambicanos assumimos que as damas da cidade de Maputo só estão ao nosso lado por interesse;
  • Nós moçambicanos assumimos que fingimos que não sabemos que as nossas damas são p...;
  • Nós moçambicanos assumimos que somos e seremos pais de filhos da p....

Nota 4
Peço desculpa a toda moça que não é p... disfarçada ou por outra que só f... com apenas 1 homem durante este ano ou estes anos o qual é seu namorado ou marido . Eu sei que existem algumas jovens que estão nas suas relações bem sucedidas ou mal economicamente mais apenas por amor e também há casos de quem está sem namorado porque de facto há falta de homens de qualidade.

Lamento por isso mas encorrajo a toda jovem de bons princípios que vá atrás de quem mereça o seu amor, se acha que ele a ama de verdade, mas eu precisava mandar esta mensagem para quem quer que seja para que assumamos a nossa identidade com esse conselho:

Moças jovens de Maputo, não nos iludam assumam a vossa identidade para que não causem transtornos aos que apostem em vocês. Se es pedreiro assuma que es que te procuram para as suas construções, qualquer profissão deve ser assumida para melhor termos sucesso, por isso moças assumam que são p... para melhor clientela terem! Quem sabe, alcançam muito rápido o que vocês tanto querem sem tirar a reputação da vossa família e dos vossos companheiros e pôr a vida deles em risco pelas DTS's/Sida.

sábado, 8 de novembro de 2008

Hematonas da vergonha

Hematomas da vergonha são marcas de violência doméstica em esposas de pessoas bem posicionadas nas altas esferas da sociedade ou de altos empresários da praça. Algumas vezes, essas mesmas vitimas têm um estatuto que impõe respeito na sociedade pois são advogadas, juristas ou mulheres com cargos de chefia e prestigio.

Hematomas da vergonha, são aqueles casos de violência domestica que muitas vezes arranham o macabro, tais são os requintes de malvadez, crueldade e humilhação cujos números nunca fazem parte da estatística e nem figuram nos calhamaços encardidos dos arquivos das esquadras da Policia.

Assim são denominados porque são encobertos por camadas e camadas de pó de arroz e essas tretas que realçam a nossa beleza e fazem mal a pele, tudo com o intuito de querer fazer parecer que “tudo está bem” ao invés de se denunciar esses criminosos de punhos brancos, calça com vinco e sapato de verniz.

São sim hematomas da vergonha porque, logo após o acto, infindáveis pedidos de desculpa são feitos. Presentes de valor elevado oferecidos como um “cala-te boca” para que a sociedade não saiba quem realmente é aquela pessoa que perante todos é uma pessoa respeitosa e no aconchego familiar um verdadeiro tirano.

Um exemplo de hematomas da vergonha foi vivenciado por uma espectacular mulher, de corpo e alma, formada em Direito, e que contraiu matrimónio com um individuo da mesma area. Infelizmente, o homem em questão era sadicamente ciumento que só não a impedia de trabalhar pois estavam no mesmo local de trabalho e servia-se disso para a controlar, como ele mesmo fazia questão de sublinhar.

Os hematomas, nesta mulher, levaram o seu tempo até que humilhada e destroçada mas firmemente decidida, optou por abandonar o lar da dor e consentir um divórcio do qual saiu de mãos a abanar. Quantas outras mulheres calam-se perante a chantagem a que são submetidas após terem sido “hematonadas”? Ou perante o medo de perder todas as beneses duma vida glamourosa com essa espécie de homens?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

E se a moda pega?

Recebi, de um amigo, um link que é deveras curioso, pelo menos para a nossa realidade com cunho tradicional e moralista para determinados assuntos. O link refere-se aos itens que as profissionais do sexo devem ter para ser verdadeiras profissionais, na óptica, vinque-se, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Veja aqui

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Produção independente

Actualmente, muitas mulheres têm conseguido vingar na carreira profissional, sendo por isso bem sucedidas, e não estão apenas preocupadas com a sua aparência, mas preocupam-se sobretudo com o seu bem-estar material e psicológico. As mulheres descobriram que podem ter uma vida de qualidade se apostarem na sua própria escolarização, nos negócios pessoais, enfim, batalhando constantemente pelo que querem sem que para isso tenham de depender de um homem.

Construir uma carreira e conquistar a independência financeira, leva o seu tempo, sobretudo na selva de dificuldades que é a vida das mulheres moçambicanas. No entanto, por melhores e maiores que sejam as condições criadas, por si próprias, chega a hora em que o relógio biológico toca, a necessidade se transforma em urgência e tardiamente se percebam que não tem com quem dividir esse sonho.

Ter um filho, para a mulher, é o apogeu da sua realização pessoal. E para o terem, muitas não olham meios para atingir objectivos. Sendo que se torna difícil encontrar homens disponíveis na praça, em particular para com ele procriar, atitudes radicais são tomadas como o desejo de fazer uma produção independente.

A ausência de um marido ou parceiro deixou de ser impedimento para as mulheres que desejam ter filhos. Muitas optam por se envolver com homens casados apenas com o intuito de com este gerar um filho. Para estas mulheres, basta apenas “a semente e o certificado de origem” pois se o “produtor” recusa reconhecer a descendência pouco importa.

Há outras que não se importam, por exemplo, de envolver-se com um estrangeiro, com ou sem dividendos, com o firme propósito de engravidar e realizar as suas fantasias de mulher-mãe. Algumas engravidam de jovens universitários ou não, que são usados, como se de touros premiados se tratassem, para as cobrirem em troca de valores monetários. O mais importante é ter o seu filho!

Estas atitudes revelam algum egoísmo por parte destas mulheres pois o ideal é a criança nascer e crescer com mãe e pai ao lado. Viver em família, é salutar para a saúde psicológica da criança e acima de tudo há que pensar que apesar de tudo terem conquistado na vida, o filho não é o troféu que lhes falta na prateleira do sucesso.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Biscatos, tricatos ou Xitique?

Que nenhum salário é suficiente, toda gente sabe e brande aos altos berros sempre que tem oportunidade. Que, para facturarmos mais algum, temos que nos matar em fatigantes e condenáveis turbismos de vária ordem que vão de biscatos a tricatos, também todos sabem.

É também de conhecimento geral que nem em todas as áreas de trabalho é possível facturar mais algum pois as margens de manobra são inexistentes (por exemplo, no trabalho doméstico, de guarda, de prestação de alguns serviços comerciais ou bancário) e que no final rendem quase nada senão muito cansaço e stress.

Curiosamente, ultimamente, pessoas de poucas posses têm conseguido construir habitações próprias com material convencional. Neste grupo, vinca-se a presença de mulheres (solteiras, divorciadas e viúvas) que, para além de assegurarem o estudo de seus filhos, têm lutado por ter uma habitação condigna e humildemente mobilada.

Sabe-se, e muito bem, que, apesar de se dizer que “a terra é propriedade do Estado”, ter um terreninho hoje em dia custa os olhos da cara do pacato cidadão moçambicano. Logo, pode-se concluir que os moçambicanos vivem de milagres ou, então, fazem milagres. Mas onde arranjarão as moçambicanas dinheiro para tais empreitadas?

O xitique tem sido a solução de muitos dos problemas pessoais como é o caso da construção de uma habitação, ainda que modesta, sobretudo do lado das mulheres. Professoras, dumba-nengueiras, mukheristas, empregadas domésticas, secretárias, empresárias, funcionárias bancárias, várias outras pessoas e de escalões sociais distintos, têm encontrado no xitique a forma de conseguir melhorar a qualidade de sua vida.

O xitique é um sistema de entreajuda e funciona de forma simples: um grupo de pessoas organiza-se, determina os valores, os períodos de cobrança ( de 1 a 5 de cada mês) e a forma de pagamento (semanal, quinzenal ou mensal). Se por exemplo existe um grupo de quatro pessoas (A, B, C e D) e se decidem pelo pagamento de 500Mt mensais então no 1º mês A acrescentará aos seus 500Mt mais 1500Mt. No mês seguinte, e outros subsequentes, recebem B, C e D.

xitiques com objectivos indeterminados, ou seja, a aplicação do bolo não é direccionado para um fim preciso, cada um é livre de fazer o que melhor lhe apraz com o dinheiro e há também xitiques com finalidades claras e inalteráveis, conforme o projecto que o criou:
  • de poupança (para crianças valor que vai para a poupança ou compra de algo em beneficio das crianças);
  • de bens: loiça ou de panelas, de capulanas ou de roupas de cama, de electrodomésticos (ferro de engomar, micro-ondas, geleira, etc.);
  • de casamento ou de família, que visam ajudar no momento de alegria e de tristeza;
  • de txiling: amigos quotizam valores para que no final de cada mês possam viajar ou organizar festanças entre eles;
  • e, recentemente, de cimento que reagrupa outros tipos de material de construção.

O xitique está tão enraizado no nosso seio quanto o número de contas bancárias existentes, pelo menos no lado feminino. E, uma coisa é certa, tendo em conta que, o Fundo de Fomento para Habitação só satisfaz a alguns e poucos, o xitique é uma garantia de que Moçambique está a crescer.

No entanto, o xitique não é apenas prerrogativa dos habitantes da cidade de cimento. No campo, também se realiza este processo no qual o instrumento de entreajuda é braçal. Por exemplo, camponesas amigas se juntam e vão umas as machambas das outras ajudar na desbravação do mato ou no lançamento da semente.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Carta d'alforria

Por mero acaso, veio parar-me às mãos a brochura Samora Machel e a Mulher Moçambicana (Abril - 2008), cujo prefácio é assinado pelo punho da Secretária-Geral da OMM, Paulina Mateus N’Kunda. Da referida brochura, na pagina 46 do capitulo 5, sob o titulo Samora Machel sobre a emancipação da mulher, na qual pode-se ter a seguinte visão:

“Há camaradas que decoram grandes palavras sobre a emancipação da mulher, mas na prática recusam-se a promover a mulher e criam toda uma série de obstáculos para impedir que a mulher ocupe um posto de responsabilidade. Há ainda ideias confusas no seio. Há quem fale de emancipação e simultaneamente defende a poligamia, uma das manifestações mais arcaicas da dominação feudal. Os capitalistas têm o hábito de dizer que a mulher é um animal de cabelos compridos e ideias curtas, alimentando e reforçando assim os complexos que herdamos do feudalismo.”

Emancipação, emancipação! Nós queremos ser emancipadas! Há décadas que se usa essa palavra. Está certo que hoje em dia aparentemente a palavra emancipação está caindo em desuso, pelo menos no seio das mulheres mais novas ou da era pós-independência pois sobre esta pouco se ouve dizer. Mas duma ou de outra forma, talvez até com uma outra designação, a palavra emancipação volta sempre à baila, sobretudo na época das festividades de qualquer ocasião em que a Mulher é objecto fulcral.

Mas, uma questão pertinente se impõe: saberemos nós, mulheres moçambicanas, o que é ser emancipada? Saberão os homens moçambicanos o que é uma mulher emancipada? Será a emancipação a nossa carta d’alforria do jugo masculino?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Mamana Josina

Sou Josina, heroína do dia-a-dia
Cedo desperto da esteira aconchegante
Mal rompeu o dia, busco a capulana estirada no ralador
Silenciosamente, abro a porta da minha cubata
Pego na lata e vou ao fontanário da zona
Carto agua, uma, duas, três vezes
Putz, perco a conta das idas e vindas
No canto do quintal, junto a lenha
Sopro as cinzas do lume, reavivo a chama da esperança
Puxo pela xicandarinha queimada e encho-a de água
São cinco horas! O galo canta!
Apressadamente varro o quintal
Recolho a roupa suja e ponho de molho no balde
Oiço o arrastar dos chinelos do meu homem
Corro pra latrina, pego no balde e deito a água fumegante
_ Papai, papaye! Já tem água di banho.
Procuro um xiguema de pão para o chá madrugador
Na tigela de plástico arrumo o xiquento do jantar
Embrulho tudo delicadamente, com muito amor
_ Antoninho? Antoninhou? Acorda, mane, vais trazar na scola!
_ Maria? Mariazinha?
_ Mamã!


Ouve-se a voz melosa da minha pequena
_ Pega na mbenga, vamos moer timbawene pra mabadjias!
Feito barata tonta, corro dum lado para o outro
O tempo, esse corre velozmente
Cedo tenho que chegar a contrução onde vendo pão com badjia
Antes passo pela padaria para gwevar o pão
As sete e picos, quando os portões da obra fecham, volto a casa
Minha filha pila o amendoim
Panelas pra que te quero
Faço xima, frito o carapau 10, hungelo o amendoim
Doze em ponto tenho que estar de volta a construção
Num cesto arrumo as panelas, as tigelas e colheres
Uff! A sirene toca, estou diante da obra
Trabalhadores suados e famintos aproximam-se
_ Mamane, tem o qué hoje?
_ Xima com caril de mandoinha com peixe, papaye.
_ Dá lá uma doze!
E recomeça a correria, tigela pra aqui tigela pra lá
É assim que ganho o pão!
Felizmente hoje consegui vender toda comida
Faço as compras do dia seguinte no dumba nengue
Cansada, retorno a casa a meio da tarde
_ Estou com fome, mamã.


Queixa-se o Antoninho, meu filho traquina
_ Come aquele xiquento que guardei debaixo do armário.
Pego no balde de roupa e começo a lavar
Corto a nhangana fresca e preparo a refeição da família
Enquanto isso, engomo a roupa do homem
Não tenho dia de descanso e nem feriado
Sábado vou ao canto coral e no domingo à igreja
E a noite tenho que estar quente e disposta
Sou ou não sou uma heroína?
Eu sou Josina, heroína do dia-a-dia!

Órfãs da OMM

Em Março passado, foram celebrados os 35 anos da OMM e, pelo que se pode entender, tanto pela forma de ser como pelos discursos, a OMM é uma organização de mulheres camaradas.

O 7 de Abril, dia consagrado a Mulher Moçambicana, é amplamente festejado sendo até um feriado o que permite que a sua celebração seja condigna. É de conhecimento geral, pelo menos no seio do Povo moçambicano, que a celebração desta data é devida a morte de Josina Machel, heroína da luta de Libertação Nacional.

No entanto, apesar de a OMM brandir aos ventos que é pela emancipação da Mulher moçambicana, nós, mulheres moçambicanas, não filiadas ao Partido Frelimo ou a qualquer outro Partido, sentimo-nos excluídas dessa organização que se diz ser de toda mulher moçambicana. Consciente de que em algum momento da jovem história do país foram de grande valia para um punhado de mulheres, no campo da alfabetização, por exemplo, não pomos em causa a vossa anterior causa.

Nós, mulheres moçambicanas, queremos ser livres de expor o que pensamos, de dar a mão onde ela se mostra útil, de unir forças com outras mulheres (porque não com todas as mulheres, se é pela mesma causa?), para que a nossa voz se faça ouvir. No entanto, no seio da OMM, não temos esse espaço, aliás as mentes “veteranas” que orientam essa organização tudo fazem para manter os galões a brilhar.

Basta! Rebaptizem a vossa Organização de impulsionadoras de submissão politica no feminino. Deixem essa designação para mulheres que tem como objectivo único responder aos anseios da Mulher moçambicana sem olhar para a cor da bandeira politica, vosso critério principal para designar mulher moçambicana à Mulher tão moçambicana quanto vocês.

Tal como quando compramos uma capulana, queremos ter a opção de escolha e não a obrigação de ter um cartão de Camarada, que ainda nos subjuga, limitando a nossa forma de pensar à aquilo que vocês acham ser justo. Não nos roubem o orgulho de sermos verdadeiras Mulheres moçambicanas, verdadeiras guerreiras na luta pela melhoria de condições de vida, essa pobreza absoluta que tanto brandem e nada fazem.

Não será este um momento impar para reflectirem sobre a designação da vossa organização? E que tal acrescentarem um "F" a vossa designação (Organização de Mulheres Moçambicanas da Frelimo)?