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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fazer mais como?

Os hábitos de leitura actuais circunscrevem-se, muitas vezes, em leituras pontuais de artigos e obras com a intenção de produzir algum trabalho denominado de pesquisa. Isso é geralmente notório no seio dos estudantes universitários e, ainda que em número infimo, de alguns estudantes do secundário que são « forçados » a procurar, em outras fontes, que não os livros escolares, matéria para a consolidação de sua aprendizagem.

O exercicio de leitura dum jornal, à excepção do que se pode ter acesso a custo zero, e que ultimamente é mais visto em motocicletas indianas do que sob os olhos de quem não os pode comprar, já não é tão banal. Se a ele não se tem acesso, por exemplo, no local de trabalho, olhos postos em jornal resume-se ao que se pode ver em manchetes disponíveis nas bancas dos ardinas.

Visitar uma livraria e de lá sair com um ou mais livros, mesmo em tempo de feira, é um gesto luxuoso para muita gente que, inevitavelmente, faz a comparação entre o preço deste com o de um saco de arroz. Ademais, se até agora muitos ainda não compraram os livros escolares de que outra postura se pode esperar relativamente a outras literaturas menos obrigatórias?

Poder-se-à pensar na opção de compra de livros em segunda mão, geralmente vendidos na rua. Esses também tem a sua estória, sobretudo no que tange a proveniência. Fruto de revenda por parte de seus legitimos proprietários, de roubo em bibliotecas ou em livrarias, esses livros não são de todo bon marché : são eles também comprados por quem pode.

Recorrer à biblioteca requer o cartão de acesso, outro custo a evitar a todo o custo, sob risco de, no local, constatar-se que as obras requeridas se ainda existem estão incompletas. Outra inquietação é que as bibliotecas estão distantes da residência/escola, o que diminui qualquer vontade hérculea de leitura face a perspectiva de que depois do lazer haverá o desprazer da luta por um espaço no chapa…

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dito pelo não dito

“Tenho 28 anos, casado mas carente, 2° ano do ensino superior, procuro miúdas nas mesmas condições, sem compromisso. Interessada escreva kero e deixe seu número de telefone.”


"Ola sou a Deyse. Mulheres que procuram criar novas experiências... Contacto 82... "


Para bom entendedor, meia palavra basta!


In rodapé do programa de entretenimento Music Box

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bagatela por um talento

O programa Moçambique em Concerto, com novos atractivos, como a presença de uma banda, que mata definitivamente o playback, apresenta um novo quadro designado Parada de sucesso Talento não tem idade. Iniciativa de louvar, pois talentos há que não encontram espaço para se mostrar, a intenção macula-se pelo valor dos prémios, que se oferece aos seus candidatos, cuja soma não chega a modéstia quantia de 1000Mt.

Numa altura do campeonato, em que o metical está desvalorizado, as somas atribuídas pelo corpo de jurados, de créditos firmados reconheça-se, é de certa forma ofensivo. Decerto que para os participantes, de todas as idades e talentos, também eles diversificados, o que vale mesmo é a participação. Mas a nódoa está ali e destoa qualquer boa intenção.

Com a humildade, que é característica dos moçambicanos, ficaria muito bem se, ao invés de míseros valores monetários, se oferecesse um bouquet de flores, uma medalha ou pontos que contribuiriam, por exemplo, na pontuação para os grandes prémios do dia (no caso um forno à micro-ondas e um fogão à gás !). Talento não tem idade sim, mas tem muita dignidade !

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Estórias em Maputo (29)

Policia-ladrão, neca, matocozana, saltar a corda ou elástico, dançar xitsuketa, pimpar, cochê, papa-mamã, futebol, zhoto, cheia, bi-johnson, rolamento, carinhos de arame, nomes-terra, xtrês, berlindes, xinguerenguere, fisgas ou n’diokas … foram intrumentos ou brincadeiras de criança que marcaram gerações que, com nostalgia e pesar, não vêem os putos de hoje a imitarem-lhes brincadeiras tão divertidas, intrutivas e… de crianças.

As crianças de hoje não podem jogar bola nas ruas ou calçadas de Maputo tal como era nos times. Verdade é que jogar a bola na rua é um risco, mas, nem nos passeios nem quintais lá dos bairros é possivel. Se não é porque os passeios estão levantados, é porque a fossa rebentou. Se não é por essa razão, é porque os carros tanto estão no asfalto, no passeio como nos quintais e em números assustadores.

Os campinhos de futebol transformaram-se em dumbas. Os jardins públicos perderam o encanto : os seus parques apresentam esqueletos de baloiços ou de escorregas e transformaram-se em covis de marginais. A Feira, outro espaço de lazer infantil, guardou brinquedos cujos valores tornam-nos acessiveis para meninos com parentes com alguma posse.

As salas de cinema, que não davam espaço para a pirataria, sofreram mutações : templos religiosos ou centros culturais, em nada relembram a época em que todos gritavam, ao som do ruidoso, ritmado e emotivo bater do soalho, "Rússia, Rússia, Rússia…" ou "artista, artista, artista…". Ah, e no intervalo os pirulitos e os noguetes, adoçavam a festa. Ainda há dúvidas ? Já não há crianças à moda antiga !

sábado, 3 de abril de 2010

Estórias em Maputo (19)

Txilar ou curtir com a malta é palavra de ordem de muita gente, sobretudo da juventude, à porta dos fins-de-semana e no próprio fim-de-semana. Formas de diversão são inúmeras mas os pontos comuns desse excitante cocktail são o alcool, a música e, algumas vezes, as orgias na traseira dos carros ao olhos de quem está próximo e que até aplaude as performances desse cinema gratuito e bizarro.

Fatalmente, os txilanços dos últimos tempos, obrigam a que os txila’s tenham tako no bolso e viatura (com ou sem o consentimento dos pais ou nem por isso), basta o tanque estar cheio, com o patrocínio dos bradas, evidentemente, para se deslocarem para os locais onde está a bater, de preferência com potentes «sabufas» para dar mais raiva aos outros manos e atrair as dengosas damas que rebolam sensualmente.

Os locais de concentração são conhecidos de todos os txila’s, com a magia dos telemóveis, em poucos minutos, diante de um coleman recheado de todas as apetecíveis geladinhas (também com um verão como este que nunca mais acaba !), duma simples barraca ou dum contentor de bebidas, se aglomera uma ruidosa multidao e a ela vão se juntado outros grupos e… tá-se a txilar, tá a bater !

Os mais prudentes cedo retomam a casa. Outros, por falta de meios automobilísticos e/ou de condições para pagar um taxi, que no frescor da madrugada supreendentemente duplicam de preço, recorrem aos serviços de taxi oferecidos pelas carrinhas de caixa aberta das empresas de segurança que efectuam «patrulhas» em residências próximas. Esfomeados que são, os securites, pela modéstia quantia de 50 paus, transportam mais do que dois txila's, alguns até com direito a entrega ao domicílio.

No final do txiling, no meio de toda imundície provocada pelos txila’s (garrafas e latas onde são, muitas vezes, acondicionados os liquídos rejeitados pelo organismo) os txila’s ao extremo, em condições deploráveis (nessa hora as mulheres perdem toda a pose e os homens até esquecem-se dos seus próprios nomes), assistem ao nascer do dia sob o olhar crítico de todos lúcidos que por lá passam.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Hodi, 2010!

Caros amigos e visitantes,

A passos largos aproxima-se o dia da celebração do Natal e do Fim do Ano. Para mim, 2009 foi de profundos, ousados e inesperados desafios. Todavia, alegro-me por, apesar de chegar ao fim do ano cansada e sem energias para mover palha, manter o sorriso aberto pois venci algumas batalhas e a guerra continua.

Lamento não ter tido, por razões profissionais e pessoais, tempo para me dedicar a algo muito especial entanto que blogger: abraçar uma causa social. Aliás, no seio de alguns de nós, ficou a promessa de regressarmos à Pediatria do Hospital Geral da Machava, por ocasião do Natal. No que me diz respeito, mea culpa.

Rogo para que 2009 tenha sido tão produtivo profissionalmente quanto sentimentalmente quanto foram os calorosos os debates havidos nos blogs, de modo, geral e pela via de emails, em âmbito mais restrito.
Aceitem com carinho os meus votos de Boas Festas e sucessos em 2010!

Ximbitane

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Estórias de Maputo (1)

6ª feira, 15h em grande parte das instituições públicas, espera-se impaciente pela hora H: 15h30, a hora de fechar as portas e partir para a gandaia, a famosa 6ª do homem. A estes junta-se um cortejo de outros tantos companheiros, bizneiros, trabalhadores de instituições privadas e estudantes nocturnos, que são "conectados" sobre o local da batida e aos poucos a turba se junta em malta.

Muitos, conforme o poder de pagamento do seu bolso, o período do mês ou do rendimento do xitique que a malta faz para o txiling, desembocam nos senta-baixo do bairro, nas barracas famosas por algum tipo de serviço qualquer que convém a malta (petisco, paga 1 leva 2, sistema de vale, etc.), nos bares, nas casas de pasto, nos bottle store e nas bombas de combustível.

Nos bottle store e nas bombas, poucos, para não dizer mesmo raros, são os que lá vão para abastecer as suas garrafeiras ou as suas viaturas, razão da existência desses lugares. E já lá vai o tempo em que se "abastecia" para uma batida na marginal! Hoje, bombas e bottles stores, tornaram-se pontos de encontro de uma malta específica e facilmente caracterizável: jovens proprietários de viaturas e seus acompanhantes.

Para além de garrafas e latas, maioritariamente de alcool, que nunca faltam nesses meetings, os beats dos "sabufas", que tocados em simultâneo, provocam mixes de fazer inveja a muitos Dj’s da praça e arredores, em alto e bom som animam a malta que globalmente não respeita as tabuletas "Não consumir bebidas neste local" ou "Alcool proibido a menores de 18 anos".

Aliado a isso, desrespeita-se completamente a postura camarária que postula que 21h é o tempo limite para excessos sonoros em espaços públicos, sob pena de se ser punido (?) nos termos dessa mesma lei. Junta-se a isso o facto de, ao perfilarem-se tantos carros, as viaturas que realmente pretendem abastecer quase que se devem "ajoelhar" aos primeiros para usufruirem desse direito.

Como se não bastasse, dizem alguns moradores das proximidades desses locais, sobretudo das bombas, que casais há que no pico da noite, refugiando-se na desculpa esfarrapada do alto(?) teor de alcool consumido, não se coibem em "comer e repartir o fruto proibido" sob o olhar impávido e sereno dos outros que aplaudem e comentam as performances do bacanal bombiano.

Por outro lado, nos bottle store, o cenário não se diferencia muito do primeiro pois até ao raiar do dia, extremamente alcoolizados, grupos de jovens se bamboleiam ao sabor do som dos carros. Aqui a coisa fede um pouco mais pois este tipo de estabelecimento a priori não oferece sequer uma das habituais e imundas toillettes nas quais seus clientes se possam aliviar dos litros de alcool consumido.

Como consequência disso, inconsciencializados pelas saborosas geladinhas, muitos perdem o pudor e a classe que tinham no início do meeting e aos olhos de qualquer um puxam da ferramenta para se aliviarem. O pior acontece quando as ladys baixam os txuna baby e mostram o inominável perdendo toda a posse de mademoiselle extensões e unhas de gel!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Calçadão... dos bairros

A fama da imitação do calçadão brasileiro, vulgo Miramar, na avenida da Marginal, é por demais conhecida tendo merecido calorosos debates em programas televisivos e em fóruns de discussão. Para além do congestionamento do trânsito naquela zona, as critícas, apesar de duras e constantes, caiem em ouvidos de mercador pois o pessoal só quer “txilar”.

Relatos de ralis que perigam a vida dos mirones, de bebedeiras fenomenais, de volume alto de música, de cenas de discussão e de pancadaria, de desfiles em trajes vergonhosos e de orgias à vista de todos, são os principais aspectos que (des)prestigiam os finais de dia e inicio de manhãs, sobretudo no fim-de-semana.

Também já é habitual ver grupos de pessoas concorrerem com os habituais vendedores de drinks e fast food. Munidos de arcas frigorificas, frigorificos à gás e barris de cerveja... bebidas de todo o tipo são vendidas e/ou consumidas à torto e a direito. Posto que os bancos do carro já não bastam, cadeiras, dobráveis ou plásticas, e mesas são armadas no “calçadão”.

Portanto, o “calçadão” maputense, que é réplica da calçadão brasileiro apenas no nome, tornou-se, ponto de passagem obrigatório dos noctívagos. As idas ao “calçadão” são também uma rampa de aquecimento para as noitadas nas discotecas locais ou então discotecas a céu aberto onde tudo é permitido e ninguém “puxa orelhas a ninguém”.

Diante do espectáculo vergonhoso e deprimente que se assiste na Miramar, muitos preferiram criar o mesmo ambiente nas suas zonas residências, ainda que sem praia à vista. Assim, tal como no “calçadão”, nos bairros, a vizinhança, geralmente kotas, alguns amigos e/ou familiares de outras zonas, associam-se na compra dos “bebes” e do pitéu.

A vizinha do R/C sai com o fogão e a do segundo com o carvão. A do primeiro prepara o petisco à sua maneira. Os kotas descem com as cadeiras, a miudagem brinca à volta e todos txilam à beira de casa. A iniciativa é de louvar pois as pessoas (re)começam a socializar-se. Mas e o exemplo do alcool e do tabaco na seio das crianças?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Desafio d’Avid

Avid, companheira d’armas e auto-intitulada maluquinha do Vasikate va Moçambique, propôs um curioso desafio ao qual mergulho agora, um “exercício” aparentemente simples e carregado de humor q.b., como poderão ver ou ao exercitarem-se também.

Para responder as perguntas do desafio, deve-se previamente escolher um cantor/músico (cantarino também serve) e, com base nos títulos da música deste, responder ao questionário.

Escolhi o albúm Declarações d’um apaixonado do músico(?) moçambicano Herminio. No final do questionário, deve-se propôr uma lista de 7 pessoas/blogs que deverão, por sua vez, responder ao desafio e, como diz o Herminio, “a fila anda”...

1. És homem ou mulher? Lau/ Sexy girl
2. Descreve-te. Vai custar
3. O que as pessoas acham de ti? Professora/ Amiga da onça
4. Como descreves o teu último relacionamento? Como pudeste?
5. Descreve o estado actual da tua relação. Porque afinal é assim?
6. Onde querias estar agora? Vai custar (remix)
7. O que pensas a respeito do amor? As voltas que o mundo dá!!!
8. Como é a tua vida? Mil por hora
9. O que pedirias se tivesses só um desejo? Hoje a noite
10. Escreve uma frase sábia. Arrependimento

Os escolhidos para darem seguimento ao desafio são as vasikate:

1. Nyikiwa (makwero, é desta. Ouves música tu?)
2. Yndoh (hêmo, primosa, mostra lá teus gostos musicais no Vskt, hehehehehe)
3. Nini (minina, e está agora? Vamos embora! Shir, dá lá um espaço no teu cantinho!)
4. Nyabe (Hehehehe, em Oslo também há uns beats bem bons, não é? Manda bola! Com tradução pff!)
5. Ivone Soares (Hora de lazer: vamos relaxar com humor? Quem será? Quem será? Zuchero? Eros Ramazotti?)
6. Adérita (Que tal um desafio na categoria Gospel?)
7. Glória de Matos (Oh Zé, põe a Gló a cantar!)