segunda-feira, 31 de maio de 2010

Fofos d'hoje, feras d'amanhã

Há algum tempo testemunhamos horrorizados, por via de imagens televisivas, reportagens jornalisticas e/ou em sites Internet, os feitos devastadores dos "pequenos bois" nas terras do samba : crianças, adultos e idosos, mordidos, alguns dos quais mortalmente. As razões de tamanha agressividade do animal foram exclusivamente imputadas aos donos, seus criadores.

Com a moda do copy and paste, os pit bull foram importados para a pacatez da nossa terra. E, muitos donos, ao invés de transmitirem essa serena pacatez à la mozambicaine, criam os bichos incentivando-os justamente a serem ferozes. Confiantes de que, por os alimentarem, são senhores e donos de tamanha punjança, pouco se importando com sua própria integridade física e dos que lhes são ou estão próximos.

Recentemente, em plena luz do dia e na via pública, ocorreu um espectáculo tão assustador até para pessoas ligadas ao ramo da veterinária e que habitualmente lidam com cães. Dois adolescentes, que mal conseguiam segurar com firmeza uma pitt bull, de 1 ano de idade, puseram-se a treina-la no sentido de activar os seus instintos assassinos.

A dado momento, dos treinos, um dos jovens subiu a uma acácia, segurando um objecto circular que as meninas usam para brincar ao hula hula. Ora, o jovem em referência, estava a mais de 2m do chão e o outro, que segurava a cadela, estimulava-a a saltar para alcançar tal objecto.

A principio, a infantil cadela nem percebia quais eram as pretensões do duo. Mas de tanta insistência, logo entrou na nova brincadeira. No entanto, como as regras de jogo ainda não eram conhecidas pelo animal, esta não largava o brinquedo e por isso era açoitada pelos adolescents. Cansada, a cadelinha não mais não fez do que atacar os mesmos.

Diante desse facto, estes largaram-na e esta, também assustada, pôs-se a corer gerando aflição aos trausentes. Valeu a proximidade de uma empresa de prestação de serviços de veterinária que tranquilizou a fera com um dardo. Mas a questão persiste... e amanhã como será ?

4 comentários:

Anónimo disse...

Este tipo de raça tem sangue de 'terrier' neles, de modo que tem de ser treinados desde cachorrinhos, e nem toda a gente tem capacidade e condições para lidar com um pitbull.
Eu já tive 2, e nunca tive problemas, até eram muito meiguinhos com os meus filhos, mas nunca os incitei à violência.
Os cães podem proteger-nos, quando for preciso, mas prefiro que não façam mal aos meus animais e antes me levem os bens materiais, pois esses podem ser substituídos.
Só quem realmente teve o privilégio de lidar no dia a dia com os animais e verificar o seu amor incondicional por nós é que poderá compreender a mensagem que estou tentando transmitir.
Os poucos que já partiram, ainda os recordo com muita saudade e carinho.
As crianças devem aprender que, em circunstância alguma, se devem aproximar de um animal que esteja comendo ou mexer no seu prato.
Os animais defendem o seu território e o que sabem ser seu, por isso, devemos educar os nossos filhos desde pequenos e ensiná-los a respeitar o espaço dos animais e os seus instintos.
Maria Helena

Unknown disse...

Maria Helena tem razão animais para mim prefiro ve-los no zoológico...

Bjs Ximbi.

Ximbitane disse...

Concordo plenamente consigo, Maria Helena. Também ja tive um bichinho que mo foi roubado. Contudo, reiteiro que criar animais, particularmente cães, nao é para todos.

Ximbitane disse...

Chacate, quanto as preferências, nao se pode discutir!