Para muitos homens, e algumas mulheres, até hoje, mulher que trabalha e é bem sucedida no seu trabalho é sinonimo de envolvimento com os chefes. Felizmente, nos dias que correm, algumas mulheres têm sabido impor-se em meios de trabalho hostis em que se pensa que a mulher só pode lá estar para ser servente, recepcionista ou secretária. No entanto não tem sido assim com todas.
Falar de violência doméstica contra a mulher e a rapariga, na nossa sociedade, é já de si um assunto tabu. Denunciar alguém por assédio sexual, é uma missão espinhosa e praticamente impossível. As razões para tais atitudes covardes têm muitas explicações e no caso particular, do assédio sexual, decerto que a hierarquia do abusador e a chantagem em muito devem contar.
Quando uma mulher assediada, no seu local de trabalho, desabafa com alguém sobre a questão, o ouvinte associa o desabafo a vontade desta em querer ascender profissionalmente ou financeiramente negligenciando as qualidades, talento e competências da mulher como ser humano e profissional. A tendência do confidente é interpretar o desabafo como uma forma usada pela assediada para dar legitimidade a sua subida de posto ou ao mal estar no trabalho.
Nos locais de trabalho, a própria lei do trabalho não é difundida nem pelo empregador e muito menos pelos abutres dos sindicatos que nada fazem em prol da classe pela qual supostamente velam. Esperar acções de inspectores ou denunciar infractores é o mesmo que oferecer a outra face: a bofetada cai na cara da assediada.
As organizações femininas, essas fazem ouvidos de mercador, ou ignoram completamente, como se de um filme de ficção se tratasse, fazendo parecer que a nossa sociedade não se compadece de tais abusos. Aliás muitas das ONG’s femininas reúnem-se apenas para sessões de chá e de desfile dos últimos gritos da moda adquiridos aquando de viagens pelo mundo sob pretexto de que “vamos lá colher experiências para implementar por cá”.
Posto que o desconhecimento da lei de forma alguma ajuda e, se porventura, as mulheres se queixam à Liga, seguramente a única que se bate pelos direitos dos cidadãos, ao ritmo dos tribunais, no que tange a mulher, antes vale ficar calada e consentir ou simplesmente abandonar esse posto de trabalho sem as devidas indemnizações, das quais muitas vezes nem se têm conhecimento.
Se denunciar um marido violento é de si complicado, o que se pode fazer com um chefe que chantageia e humilha em troca de um mísero salário? Ou de um hipotético posto que tem como objectivo único garantir total serventia ou escravidão sexual por parte dessa mulher honesta e trabalhadora?
Falar de violência doméstica contra a mulher e a rapariga, na nossa sociedade, é já de si um assunto tabu. Denunciar alguém por assédio sexual, é uma missão espinhosa e praticamente impossível. As razões para tais atitudes covardes têm muitas explicações e no caso particular, do assédio sexual, decerto que a hierarquia do abusador e a chantagem em muito devem contar.
Quando uma mulher assediada, no seu local de trabalho, desabafa com alguém sobre a questão, o ouvinte associa o desabafo a vontade desta em querer ascender profissionalmente ou financeiramente negligenciando as qualidades, talento e competências da mulher como ser humano e profissional. A tendência do confidente é interpretar o desabafo como uma forma usada pela assediada para dar legitimidade a sua subida de posto ou ao mal estar no trabalho.
Nos locais de trabalho, a própria lei do trabalho não é difundida nem pelo empregador e muito menos pelos abutres dos sindicatos que nada fazem em prol da classe pela qual supostamente velam. Esperar acções de inspectores ou denunciar infractores é o mesmo que oferecer a outra face: a bofetada cai na cara da assediada.
As organizações femininas, essas fazem ouvidos de mercador, ou ignoram completamente, como se de um filme de ficção se tratasse, fazendo parecer que a nossa sociedade não se compadece de tais abusos. Aliás muitas das ONG’s femininas reúnem-se apenas para sessões de chá e de desfile dos últimos gritos da moda adquiridos aquando de viagens pelo mundo sob pretexto de que “vamos lá colher experiências para implementar por cá”.
Posto que o desconhecimento da lei de forma alguma ajuda e, se porventura, as mulheres se queixam à Liga, seguramente a única que se bate pelos direitos dos cidadãos, ao ritmo dos tribunais, no que tange a mulher, antes vale ficar calada e consentir ou simplesmente abandonar esse posto de trabalho sem as devidas indemnizações, das quais muitas vezes nem se têm conhecimento.
Se denunciar um marido violento é de si complicado, o que se pode fazer com um chefe que chantageia e humilha em troca de um mísero salário? Ou de um hipotético posto que tem como objectivo único garantir total serventia ou escravidão sexual por parte dessa mulher honesta e trabalhadora?
11 comentários:
Olá Ximbita!
Concordo plenamente com a igualidade do género no local de trabalho.
Seu "desabafo". Infelizmente é a nossa realidade!
1-Para melhor pensarmos seria importante olharmos este assunto numa magnitude cósmica não um caso vertente de Moçambique;
2- Dos casos que eu tenho acompanhado a mulher não consegue separar assédio de uma pretensão natural de um homem para uma mulher!
3-Quantas Mulheres com posses casam com seus subordinados?
4-Porque é que nas esquadras as assistentes mediadoras sociais de casos de violência doméstica são só e somemnte Mulheres? não há "tim ndota" neste País?
Olha! tenho uma experiência amarga sobre este assunto veja que o meu cunhado falagrou a esposa com um outro homem. no meio da descunsão a mulher correu para esquadra e seguindo a esposa, no mesmo dia chegaram privaram a ele da liberdade o que é isto? ainda estamos a proteger o mais fraco?
5-A mulher raras vezes consegue trazer provas de assédio sexual
enfim, e depois relações bem fortes que culminam com matrimónio mesmo começam é diversos pontos de interação social (em pessoas de classes diferentes) quando é que vamos perceber aprior que isto é assédio?
Também precisamos de ser prudentes ao tratar destes assuntos porque o protencionismo do mais fraco desistabiliza as relações sociais (foi este argumento que se encontrou para mudar a Lei do Trabalho) porque de facto havia muita proteção do Trabalhador...
quanto à corrupção é o maior problema da Administração Pública.
Pensa comigo
(assumo os erros ortográficos)
CJ, longe de mim isentar a mulher de suas culpas. Falo pelas mulheres que realmente são assediadas nos seus locais de trabalho, mas há casos e casos.
Estou plenamente de acordo quando dizes que "há mulheres que não conseguem separar assédio de uma pretensão natural de um homem para uma mulher". É justamente aqui que se deve agir: mostrar a mulher o que são os limites de uma e de outra coisa.
Muito do que li, sobre o assunto, no que se refere a punição, não diz que um colega esta proibido de "paquerar a colega". As coisas mudam quando se usa o posto ou cargo para o fazer e quando a permeio há chantagem.
Conta também a falta de respeito pela vontade ou desejo expresso da mulher em causa: se ela diz que é não, é dever do outro respeitar. Lamentavelmente na estrada das relações humanas não há semaforos e nem policias de transito, ponto onde justamente as coisas mudam de figura.
O exemplo que narras, do teu cunhado, sou mulher sim, mas há coisas que não defendo como é o caso das injustiças cometidas por mulheres. E é lamentavel que tenha sido a vitima a ser o alvo da privação de privacidade, o que valeria tanto para homens comopara mulheres.
PS: Mas, em caso de flagras põe-se o prevaricador na jaula? Que ninguem saiba senao as cadeias e esquadras vao ficar lotadissimas!
"Muito do que li, sobre o assunto, no que se refere a punição, não diz que um colega esta proibido de "paquerar a colega". As coisas mudam quando se usa o posto ou cargo para o fazer e quando a permeio há chantagem".
A qui é onde reside a dificuldade de reunir matérias que efectivamente justifique que o comportamento do chefe está intrinsecamente relacionado com o sentimento antes exteriorizado!
Olá Xim,
Este fenómeno está ganhar novos contornos, antes quando se falasse em assédio sexual no local de trabalho pensavamos logo em dois factores, o género - homem para mulher- e hierarquia-chefe para empregada.
Hoje já não é bem assim, é chefe homem que assedia subordinado homem, é chefe mulher que assedia subordinado homem, enfim...
E há um outro cenário muito curioso, em que a mulher faz de tudo, usa o poder de sedução, através da saia mais justinha, o decote mais acentuado, atiçando todos os instintos do homem que acaba mordendo a isca, neste caso quem é a vítima?
Aqui proponho uma discussão sem fim.
Na medida em que aparece as contribuicões, nasce/m um ou mais temas. Notaste, Xim?
Quanto ao assédio sexual, já definiste. Também apontaste à falta de instâncias para dirimir casos de assédio sexual sem preconceitos. É aqui onde reside o maior problema.
Um outro problema reside na falta de regras para combater o nepotismo. Ora, o Brasil aprovou ha bocado uma lei de combate ao nepotismo semelhante aos outros países como nos países nórdicos. Nos EUA parece que a coisa é muito mais dura. E, daí, não há essa história de pretensão natural, como o meu irmão está a dizer.
Quer dizer, quando há regras bem definidas, um/a chefe a amantizar-se com subordinada/o, define-se como algo que põe em causa as relacões de trabalho. Portanto, este tipo de relacão inibe que a/o subordinada/o faca carreira por mais competente que seja, pois o chefe nunca deve abrir o bico para promover a/o amante sob o risco de ele mesmo ser demitido.
P.S. perdoem-me, tenho pouco tempo que até o que disse aqui está desorganizado. Quer dizer mais porque em Mocambique noto mais assédio sexual agora que lá para os princípios de 80. Porquê?
Ximbita!
Yndongah tirou me as palávras porque de facto é um outro factor que não é facilimente derimível.
Porque as sainhas e decotes nunca entrão na análise do caso. mas não estou a retirar a hipótese de assédio sexual no local de trabalho, o que estou a propor é que se compreenda que é uma verdade que há corrupção nas estradas entre a apolícia e o automobilista o que custa é provar, não por falta de vontade mas pela natureza mesmo do caso.
Abraço
Ainda bem que comungamos da mesma ideia, Chacate.
Hehehehe, Yndongah, estas coberta de razao, mas eu nao podia neste singelo cantinho esgotar todos os angulos deste mal. Nao é?
Mas uma coisa é certa,assédio nao é so de alguem que esta no topo. Os da base (hehehhe, essas bases invertidas) também dao em cima para chegar ao topo!
"Podemos conceituar assédio sexual como toda tentativa, por parte do empregador ou de quem detenha poder hierárquico sobre o empregado, de obter dele favores sexuais, através de condutas reprováveis, indesejadas e rejeitadas, com o uso do poder que detém como forma de ameaça e condição de continuidade no emprego, ou quaisquer outras manifestações agressivas de índole sexual com o intuito de prejudicar a atividade laboral da vítima, por parte de qualquer pessoa que faça parte do quadro funcional, independentemente do uso do poder hierárquico"(MONTEIRO, Alice 1998)
Portanto, não está em causa a definição como suspeita reflectindo.
É verdade que o primeiro país a legislar, na concepção moderna, sobre assédio sexual foram os Estados Unidos da América em meados da década de 70.
Porém, as condutas de assédio sexual são vistas de forma distinta em diferentes culturas.
Alguns países tratam do assédio sexual nas leis civis sobre igualdade, dentre eles os Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Dinamarca, Irlanda e Suécia, enquanto outros, como a França e a Nova Zelândia, por exemplo, dispõem sobre a matéria em leis de trabalho, diferentemente dos países asiáticos, onde alguns estudos mostram que o assédio sexual não é reconhecido como um problema social.
Refletindo, a Xinbita faz mencão da lei de trabalho em relação ao assunto e eu acrescento que Moçambique ratificou a convenção 111 sobre discriminação.
Quanto aos instrumentos também fica claro que não temos falta e neles estam claras as regras que o meu respeitoso amigo reflentindo clama!
Concordo plenamente com ela quando se refere à questão do desconhecimento da legislação sobre o assunto.
Quanto às instituições igualmente Ximbita desenrola uma série delas que a tarefa devia ser mesmo de dirimir estes assuntos mas como deve saber mesmo os mencionados países os homens vivem chantagiados pelas mulheres! E veja o nível de matutidade da mulher nesses países!
Por exemplo: na Africa do Sul mulher quando entende grita e a polícia vem buscar o homem sem mesmo haver justificativa eu repiso que a justificação é a base.
Se olharmos mais um exemplo de assédio por intimidação que caracteriza-se por incitações sexuais importunas, de uma solicitação sexual ou de outras manifestações da mesma índole, verbais ou físicas, com o efeito de prejudicar a atuação laboral de uma pessoa ou de criar uma situação ofensiva, hostil, de intimidação ou abuso no trabalho Nesta modalidade, não se revela importante o poder hierárquico oriundo da subordinação jurídica do empregado ao seu empregador.
Não é necessariamente uma posição de superioridade no quadro funcional da empresa que serve de apoio à ação do agente, mas sim a sua atuação agressiva perante a vítima. Mesmo aqui não basta aparecer de saia rasgada com arranhões... é necessário algo que de facto implique o culpado a qui é onde encontramos dificuldades e é onde me refiro à separação de assédio e pretenção natural! simples quanto isso.
Desculpe me reflictindo se em algum momento te levei para fora do campo de jogo ainda bem que arbitrou bem. ahahah... é que há muito meiandro neste tema.
Resumo: Assédio sexual por chantagem e por intimidação (o 1º é o uso do poder e o 2º força) ambos só com prova tangível é que fortificamos a acção institucional é isto mano ref.
P.S/ Ximbita a única maneira de esgotar os angulos é fazer como reflectindo ao levantar a banderola, ahahah... é pena que estava sem tempo mas lhe aguardamos ném!
(Assumo os erros)
Ja notei sim, Mestre, e creio que isso é positivo pois nao so enriquecemos o debate como também as nossas crenças pessoai.
Heehehe, voce Chacate pah! Valeu pela liçao. Vamos, na medida do possivel, analisar os angulos possiveis deste caso sem contrornos definidos. Quiça se a meio nao cruzamos com um arbitro?
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