sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Estórias em Maputo (34)

As metamorfoses que correm na Grande Town, mesmo as de natural ou provocada degradação, parecem ocorrer com intuitos claramente definidos. Talvez pela dinâmica da economia do mercado, quando menos se espera, um espaço dedicado a determinada função sem aviso prévio muda de actividade, com todos os prejuízos que isso acarreta.

O mais agravante, dessas inesperadas mudanças, é que muitas vezes, já que quase todo tipo de compras, do mercado formal, se faz a base de depósitos, esses valores são perdidos dado que frequentemente os clientes não são previamente avisados e o negócio não é reposto noutro local (se o é, raramente há indicações de onde o procurar).

Algumas dessas metamorfoses, pertinentes reconheça-se, passam despercebidas. Contudo, há mudanças de magnitude tal que deixam em estado de choque os habitués dum espaço que, quando entram porta adentro, encontram outro cenário e outro leque de serviços completamente diferentes do procurado.

Por exemplo, as raízes duma das mais médiaticas flores de Maputo foram arrancadas a favor de mais um mealheiro, bem nas barbas de outros tantos. Onde foi replantada ? Para bom entendedor, meia palavra basta. Afinal, em Maputo, as coisas são assim mesmo, mudam "daqui pra qui"!

2 comentários:

V. Dias disse...

Passei por aqui...Como um cão por onde passa deixa marcas, para aqui voltarei em breve...

Zicomo

Ximbitane disse...

Zicomo (espero que seja obrigado!)!