domingo, 17 de outubro de 2010

Saldo zero !

O sistema nacional de saúde, melhorou muito, isso não se pode negar. A falta de alguns medicamentos, nas farmácias públicas é uma unha encravada e não é menos verdade que, muitas vezes, os recursos humanos falham ou demonstram uma incompreensível insensibilidade. Mas, errar é humano, não é ?

Ora, a (in)sensibilidade humana, nos nossos hospitais, é o único pão nacional ao qual não se lhe diminuem gramas, nem com intenso calor que é característico destas paragens. As unidades privadas têm também o seu pedaço de (in)sensibilidade que é servido em momentos em que a vida está literalmente por um fio.

Já nem sequer bastam as garantias de empresas de índole reputada ! Pouco importa se a pessoa está à porta da sala de operações ou se está na metade de uma medicação… Pouco importa se faltam uns míseros trocados, tão insignificantes para tamanha chantagem emocional: é saldo zero ou… !

7 comentários:

Mzimu wa Akayinga disse...

Saiu o Galo, as galinhas vao cacarejar. É capitalismo. Aquele atendimento que estava a gatinhar para o melhor na óptica de cidadaos sem nome, apelido, nem proveniência vao se medicar da vingança de Ordem dos nossos Profissionais Nobres, cujo TCHIMTCHIM nao faltou naquela noite do fim da era TSUNAMI. S.O.S no Sistema Nacional de Saúde...

AGRY disse...

O primeiro homem que cercou uma porção de terra, e disse: “isto é meu, e encontrou gente suficientemente tonta para acreditar nele, foi o verdadeiro fundador do Estado”( Rousseau)
Conclamemos, pois, a “saúde” privada. Então os ricos deviam ir para a fila no Hospital Central, ora essa!
Nos EUA, chegou-se recentemente à conclusão que o Estado deveria intervir na Saúde, ao contrário de países pobres nos quais a sacrilização da propriedade privada está na ordem do dia.
Pois, pois, a propriedade privada e a sua defesa terão a ver com o instinto de posse? Tadinhos!

Ximbitane disse...

Mzimu wa Akayinga, sobre o sacrificio do galo, pouco tenho a dizer. Alias, indo nessa perspectiva, bem que ele disse que, no minimo, os dois proximos galos não terão falta do que fazer. Para bom entendedor...

Ximbitane disse...

Agry, é deveras complicado entender o sistema e as pessoas nele envolvidos. Juro que ja desisti de os entender...

Anónimo disse...

Triste que a vida humana se resuma a um preço, e que aquele que não pode pagar BEM, raramente fica BEM servido.
O universo virou um capitalismo selvagem, de um safe-se quem puder, de uma insensibilidade sem precedentes, enfim, pouco podemos fazer para combater este flagelo, estamos lutando contra gigantes poderosos.
Maria Helena

Mzimu wa Akayinga disse...

"'A Cesar o que é de Cesar, a Deus o que é de Deus". É isso AGRY?

AGRY disse...

Não me apercebi do comentário de Mzimu wa Akayinga . Do facto apresento as minhas desculpas e recordo, a propósito do Imperador:
Não basta ser mulher de César, é preciso parecê-lo. Também não basta parecê-lo, é preciso sê-lo!