Mana é a forma respeitosa e carinhosa com a qual nos dirigimos às nossas irmãs, primas e cunhadas mais velhas ou outras mulheres pelas quais temos profundo respeito e que, portanto, gozam desse estatuto, ainda que não tenham relações familiares connosco pois, nos nossos hábitos e costumes, não se chamam os mais velhos pelo próprio nome.
Entretanto, ultimamente, este termo carinhoso e de muito respeito tem ganho outra conotação: Manas têm sido a forma como o pessoal do mundo gay, lésbico, bissexual, transexual e travesti, vulgo GBLT, mocambicano se têm chamado entre si. E, que a mão a palmatória seja dada, este grupo está a fazer furor no mundinho dos “normais” heterossexuais tanto pelo estorvo como pela admiração por tamanho desvio ou ousadia.
Recentemente, num programa de entretenimento, aquando do rescaldo do agitado fim de semana dos VIP’s da praça (entre eles cantarinos, DJ’s, apresentadores e outros) que enchem os ecrãs da TV e são alvos de mexericos que se circunscrevem em baladas ou ditos sociais (festas, discotecas, espectáculos, desfiles de moda, churrascos etc.) fomos brindados por uma celebração sui generis e que, segundo o apresentador do programa, as da filmagens não foram pacificas: uns estavam a favor e outros, evidentemente, contra.
A festa em questão, que era a celebração de um aniversário, tinha uma particularidade interessante, e não por ser um baile de mascarás ou qualquer outra festa temática. Entre os convivas estavam visivelmente marcadas as opções sexuais de alguns: por um lado uns aparentemente heterossexuais, logo os aceites pela sociedade, e por outro as “manas”, a pretensa escória da sociedade.
Uma dos convivas, que deu a cara, surpreendeu tanto pelo que disse como pelo aspecto visual de fazer inveja a muitas mulheres pelo txuning de alto a baixo (extensões capilares, piercing no umbigo, unhas de gel, calça txuna baby e sapato de salto altíssimo!). Entre os telespectadores, talvez pela questão colocada pelo apresentador, antes da reportagem, pairou a dúvida: enquanto que uns apostavam que o conviva era uma mulher, outros tantos duvidavam que tamanha beldade feminino escondesse um homem.
Quando a pessoa se apresentou usando cognome de mulher, Sheila, as dúvidas dissiparam-se: tratava-se mesmo de uma mulher. No entanto, as palavras do conviva deixaram meio mundo de boca aberta: “Sou uma mana!” Mana? O caldo entornou-se quando a “Sheila” afirmou categoricamente que muitos homens a procuravam, chegando ao extremo de metaforizar “todos os homens do Rovuma ao Maputo me conhecem”! O choque foi total: o que significará isso?
Na postagem Do armário para os palcos está patente que a exposição pública de Labiba e Lasanta não era pacífica e nem reunia consensos pois havia (e há) claramente muita gente contra e pouquíssimos a favor devido as opções sexuais contrárias a norma assumidas e divulgadas pela dupla. Longe de ser profetisa, pois está presente no artigo em referência, um dos impactos da ousadia da dupla seria na vida pública ou privada de todos GLBT moçambicanos pois a saída do armário já não seria (ou é) por uma fresta mas pela porta grande.
Entretanto, ultimamente, este termo carinhoso e de muito respeito tem ganho outra conotação: Manas têm sido a forma como o pessoal do mundo gay, lésbico, bissexual, transexual e travesti, vulgo GBLT, mocambicano se têm chamado entre si. E, que a mão a palmatória seja dada, este grupo está a fazer furor no mundinho dos “normais” heterossexuais tanto pelo estorvo como pela admiração por tamanho desvio ou ousadia.
Recentemente, num programa de entretenimento, aquando do rescaldo do agitado fim de semana dos VIP’s da praça (entre eles cantarinos, DJ’s, apresentadores e outros) que enchem os ecrãs da TV e são alvos de mexericos que se circunscrevem em baladas ou ditos sociais (festas, discotecas, espectáculos, desfiles de moda, churrascos etc.) fomos brindados por uma celebração sui generis e que, segundo o apresentador do programa, as da filmagens não foram pacificas: uns estavam a favor e outros, evidentemente, contra.
A festa em questão, que era a celebração de um aniversário, tinha uma particularidade interessante, e não por ser um baile de mascarás ou qualquer outra festa temática. Entre os convivas estavam visivelmente marcadas as opções sexuais de alguns: por um lado uns aparentemente heterossexuais, logo os aceites pela sociedade, e por outro as “manas”, a pretensa escória da sociedade.
Uma dos convivas, que deu a cara, surpreendeu tanto pelo que disse como pelo aspecto visual de fazer inveja a muitas mulheres pelo txuning de alto a baixo (extensões capilares, piercing no umbigo, unhas de gel, calça txuna baby e sapato de salto altíssimo!). Entre os telespectadores, talvez pela questão colocada pelo apresentador, antes da reportagem, pairou a dúvida: enquanto que uns apostavam que o conviva era uma mulher, outros tantos duvidavam que tamanha beldade feminino escondesse um homem.
Quando a pessoa se apresentou usando cognome de mulher, Sheila, as dúvidas dissiparam-se: tratava-se mesmo de uma mulher. No entanto, as palavras do conviva deixaram meio mundo de boca aberta: “Sou uma mana!” Mana? O caldo entornou-se quando a “Sheila” afirmou categoricamente que muitos homens a procuravam, chegando ao extremo de metaforizar “todos os homens do Rovuma ao Maputo me conhecem”! O choque foi total: o que significará isso?
Na postagem Do armário para os palcos está patente que a exposição pública de Labiba e Lasanta não era pacífica e nem reunia consensos pois havia (e há) claramente muita gente contra e pouquíssimos a favor devido as opções sexuais contrárias a norma assumidas e divulgadas pela dupla. Longe de ser profetisa, pois está presente no artigo em referência, um dos impactos da ousadia da dupla seria na vida pública ou privada de todos GLBT moçambicanos pois a saída do armário já não seria (ou é) por uma fresta mas pela porta grande.
8 comentários:
Amiga, sabes que eu sempre menti para mim mesmo, pensando que era progressista? Teve que chegar a dupla Labiba e Lasanta para a minha mascara cair.
Na verdade eu sou contra a aparição publica dessas manas por uma simples razão. Não sei, até que ponto os nossos filhos saberão conviver com eles, sem cairem também na mesma onda.
Sei que serei apedrejado por alguns bloguers mas acho que a humanidade tem muito por inovar e não precisa cair nesta barbaridade.
Como nunca ti experiencia pessoal de genero, dizer MANA, por respeito, e' perfeitamente legal.
O inverso tambem funciona. Ha' senhoras, que ao se dirigirem a um menino, rapaz, filho mais velho ou mais novo, primogenito ou nao, dizem "papa", "papae", "paizinho","paizito" ou ainda "Paito". As vezes, o tal chamar cola na pessoa [um sinal, a meu ver, de respeito e compaixao para com a pessoa.
, havendo gente com nome no BI: Paito].
Agora, a linha que me propoe aqui, a dos homosexuais, e' simplesmente um desvio. Um homosexual (seja ele gay ou lesbica) e' como o e'. Nao tem que mudar as palavras para confundir o que ele/ela e'.
So' pra rematar esta contribuicao, soi dizer "entre duas lesbicas, uma e' homem e outra e' mulher". Obsurdo, nao e'?
Entendo perfeitamente a tua posição, Saiete. Eis a razão pela qual abordo a temática.
Aceito que cada um faça as suas escolhas e respeite a dos outros mas não somos tão pacificos como se faz parecer.
Conheço uma familia que tem um filho adolescente com claras tendências sexuais homossexuais. Escusado é dizer que é fã numero 1 da dupla famosa. Quem o travará agora?
Lamentavelmente sou portadora dessa novidade, não é Dede? Pois é, se ao menos entre eles se chamassem paitos e entre elas manas... Está tudo uma grande salada.
Quanto a esse posicionamento entre lésbicas, é verdade sim. Pelo menos assim o é no que li. Agora quais os parametros que determinam um e outro papel, isso ja não sei.
Sorry Ximbi,
Porque nao vi esse programa "interessante", fiquei sem perceber se, a Sheila era "homem" ou "mulher"?
Julgo que, ao referir que era "mana", fica clara a sua tendencia sexual, mas nao "peguei", de que sexo! Sorry pa', tou ainda a recuperar da babalaza (hehe) e, e' possivel que as ideias precisem de alguma arrumacao!
Sheila nasceu com sexo masculino, mas agora age como um individuo do sexo oposto, Jonathan!
Olá Jorge Saiete, li o teu comentário que transcrevo parcialmente:
"Na verdade eu sou contra a aparição publica dessas manas por uma simples razão. Não sei, até que ponto os nossos filhos saberão conviver com eles, sem cairem também na mesma onda."
Bom, caro Jorge Saiete, colocas uma questão que certamente deve preocupar muito boa gente e é nesse sentido que vou procurar responder:
Em primeiro lugar dizer que La Biba e La Santa também são filhas de alguém. Se proibirmos La Biba e La Santa de dançar só por serem o que são teremos que pensar se gostaríamos que fizessem isso também aos nossos filhos.
Em segundo lugar e indo à questão que colocas dizer que se os teus filhos não tiverem a mesma tendência que La Biba e La Santa, mesmo que caiam na mesma onda, isso será apenas de modo temporário.
Mas se tiverem a mesma tendência, podes ter a certeza que será muito bom porque perceberão que a sua identidade estará a ser valorizada.
É só ver o exemplo dado por Ximbitane sobre a tal família que tem um filho com claras tendências homossexuais e que é fã número 1 da dupla.
Concluindo, prevê-se o aparecimento de mais La Bibas e La Santas não por imitação mas por libertação de identidade que à custa de muito sofrimento era reprimida. E quem é o pai que gosta de ver o seu filho sofrer?
Normalmente o que a pessoa pensa é que isto é só algo que acontece com os filhos dos outros mas pode também acontecer com os nossos filhos. E então é necessário preparar o terreno para que, caso aconteça, eles não sejam vítimas de tanta discriminação
vçês são estranhos falam de gays como se fosse coisa de outro mundo ja pararam pra pensar qur os gays não fazem mal a ninguem tem tanta gente que heterosexuale so passa a vida prejudicando os outros ja existe casamento gay com direito a adotar filho,fazem tambem mudança de sexo,e muito mais deixem as pessoas em paz r viva a diversidade
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