domingo, 10 de janeiro de 2010

Estórias em Maputo (14)

É raro ver-se, em anúncio publicitário, a disponibilização de vagas para empregadas doméstica e é de boca em boca que a informação circula. É natural solicitar-se a uma empregada, jardineiro ou a um guarda, de créditos já firmados, a procura de alguém para o posto de empregada doméstica.

Tal como o é no processo de admissão de uma secretária, gerente ou outro profissional, para os empregados o critério favorecedor é a experiência laboral. Para responder a esse critério, ultimamente solicita-se a apresentação de uma carta de referências ou então se põe imediatamente à prova a candidata (na execução de um prato, na lavagem de uma peça de roupa, no arranjo de uma mesa, etc.) tudo depende da exigência do patrão.

Infelizmente, nem toda gente passa no teste das competências ou dispõe de alguém para passar um certificado de competências. Como que a responder a responder a essa lacuna, agências de formação das fadas-do-lar surgem timidamente no mercado da capital. Nesses locais, formam-se bábás, empregadas domésticas, mainatos, cozinheiros, etc.

Breve, ao preço que habitualmente se solicita em cursos oferecidos, aos chutos e pontapés, por tudo quanto é centro de formação, os candidatos aprendem o que é suposto uma empregada saber fazer no futuro local de emprego. Algumas madames com posses, para melhorarem os serviços domésticos em suas casas, oferecem esses cursos aos seus serviçais. Algumas recuperam o investimento em descontos no salário…

Para o caso dos débutantes, no pacote de formação da agência, figura a possibilidade de se encontrar para este o primeiro emprego. O preço desse emprego, como acontece quando é uma outra empregada a dar a dica de emprego, ao invés de uma percentagem, é a totalidade dos dois primeiros salários em favor da agência ou centro de formação.

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