segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Estórias em Maputo (35)

Em Maputo, todo e qualquer tipo de evento, seja ele de alegria ou de tristeza, termina ou tem como etapa os comeretes e os beberetes. Com essa oportunidade, única para muitos alimentarem-se do bom e do melhor, em doses que o estomago aguenta, e do que raramente figura no cardápio caseiro, abre-se também uma porta para que muitos tirem disso outros mais proveitos.

Na cozinha, os cozinheiros e pseudo-ajudantes suprimem desde ingredientes crus à própria comida já confeccionada, incluíndo nesse pacote os respectivos recipientes, para a desgraça completa de seus proprietários. Os barmen também não poupam esforços : levam até rolhas extras para compensar no momento da contagem das garrafas consumidas.

Na cauda desta procissão, aparecem aqueles que, sob pretexto de que têm cães, recolhem restos de comida. O mais engraçado é que nas tais dog bag os alimentos são incrivelmente acondicionados faltando apenas etiquetas pois não dá para juntar "carne com mariscos porque o cão é alérgico" ou "carne com osso porque tenho cães que não comem ossos". Vê se pode !

4 comentários:

Nyabetse, Tatinguwaku disse...

Caes que nao comem ossos!!!!! mataste-me mana!!

Anónimo disse...

A isso se chama de oportunistas...
Infelizmente, estes existem por todo o lado, mas acho que abundam mesmo no nosso querido pais.
Até se aproveitam dos cachorrinhos inocentes para alcancarem os seus objectivos.
Maria Helena

Ximbitane disse...

E esqueci-me dum aspecto: servem quantidades assustadoras e, saciados, alegam que não vale a pena deitar comida fora (o que concordo) sendo por isso preferivel dar aos caes. Engraçado é que no meio da griffe não se esquecem dos sacos plasticos e alguns (com transporte proprio) até se munem de tigelas...

Julio Mutisse disse...

Ja assisti a isso muitas vezes. Antes era so o bolo que se levava para quem nao estava... agora eh tudo ate vazilhames de cerveja, refrescos etc.