De longe umas das publicidades nacionais mais bem concebidas, Pare e pense ! é o slogan da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) que em parceria com outras instituiçoes/paises promove uma terapia de choque no combate ao HIV/Sida. Na versão televisiva, a publicidade, que é bem simples e muito bem idealizada, não traz nenhuns artifícios e salamaleques como têm sido hábito.
Quanto ao conteúdo, este está ao alcance de todos, tanto dos que fazem parte de redes, dos que dela pretendem fazer parte e dos que, como Diabo, fogem da doença prevenindo-se e evitando relações promíscuas. Puro exagero, na verdade, pela forma como nos é apresentado o conteúdo, qualquer sensibilidade pode ser abrangida.
A história é representada por um diagrama com diferentes personagens, sugerindo diferentes níveis sociais e faixas etárias e narra uma história do dia-a-dia. A história real dos intricados envolvimentos sexuais que viraram mania neste país, sobretudo no meio urbano.
Tudo começa com o senhor Sitoe, casado e director de uma empresa e que está sempre ocupado com várias reuniões (no caso jovens raparigas). Uma das raparigas, envolve-se, por sua vez, com outros tantos homens e assim a teia (vários parceiros) se vai esticando e a rede se instalando (o HIV/Sida).
Mas, eis a transcrição (incompleta e, talvez, infiel pois uma e outra palavra podera ter escapado) da publicidade, que com muito sentido de humor e ironia à mistura, relata a nossa realidade social (onde todos os grupos sociais e idades mais propensos à infecção saltam à vista) e mostra que o sucesso e a progressão na vida provém da explosiva equação = sexo + dinheiro, onde homens maduros e de posses, (...) envolvem-se com mulheres, as vezes, bem mais novas do que eles.
Os jovens acreditam que são mais homens quando tem a namorada, a pita de sacar cenas, a coroa que banca... Yeah, são uns players!
Diz-se também que as moças, essas, para além do namorado, têm vários ministérios (homens com posses) que ajudam nas diferentes despesas. Enfim, vamos lá ver como isto funciona, afinal!
Este é o director Sitoe, casado com a dona Amélia. Ele é uma pessoa muito ocupada: são reuniões (jovens raparigas) para aqui, reuniões (outras jovens raparigas) pra lá. Para a Kátia e para a Nati, o director Sitoe é um ministério: o das Finanças!
Mas não chega! A vida tá difícil e porque a universidade esta muito cara... a Nati, que namora com o Nuno, precisa de um ministério da Educação: o senhor Namwaka, que é casado. A Kátia tem um swing com o Jango que também namora a Nina.
O Jango é um player! Faz manutenção a dona Débora, coroa, que é o seu ATM. E que é esposa do senhor Smith, dono dum lodge, que põe pressão na Bia (e não beer) que trabalha no caixa do restaurante e que também solicita os préstimos da Terezinha.
Mas, paremos um pouco! Se todos estes relacionamentos implicam relações sexuais, isso significa que todos têm relações sexuais uns com os outros!
Imaginem se o Jango tiver HIV! Então, pode ter passado pra Nina, pra Kátia e pra Débora. Portanto, todos correm o risco de ser infectados pelo vírus já que fazem parte da mesma rede de relações sexuais. E você? Pertence a alguma rede? Pare e pense!
Quanto ao conteúdo, este está ao alcance de todos, tanto dos que fazem parte de redes, dos que dela pretendem fazer parte e dos que, como Diabo, fogem da doença prevenindo-se e evitando relações promíscuas. Puro exagero, na verdade, pela forma como nos é apresentado o conteúdo, qualquer sensibilidade pode ser abrangida.
A história é representada por um diagrama com diferentes personagens, sugerindo diferentes níveis sociais e faixas etárias e narra uma história do dia-a-dia. A história real dos intricados envolvimentos sexuais que viraram mania neste país, sobretudo no meio urbano.
Tudo começa com o senhor Sitoe, casado e director de uma empresa e que está sempre ocupado com várias reuniões (no caso jovens raparigas). Uma das raparigas, envolve-se, por sua vez, com outros tantos homens e assim a teia (vários parceiros) se vai esticando e a rede se instalando (o HIV/Sida).
Mas, eis a transcrição (incompleta e, talvez, infiel pois uma e outra palavra podera ter escapado) da publicidade, que com muito sentido de humor e ironia à mistura, relata a nossa realidade social (onde todos os grupos sociais e idades mais propensos à infecção saltam à vista) e mostra que o sucesso e a progressão na vida provém da explosiva equação = sexo + dinheiro, onde homens maduros e de posses, (...) envolvem-se com mulheres, as vezes, bem mais novas do que eles.
Os jovens acreditam que são mais homens quando tem a namorada, a pita de sacar cenas, a coroa que banca... Yeah, são uns players!
Diz-se também que as moças, essas, para além do namorado, têm vários ministérios (homens com posses) que ajudam nas diferentes despesas. Enfim, vamos lá ver como isto funciona, afinal!
Este é o director Sitoe, casado com a dona Amélia. Ele é uma pessoa muito ocupada: são reuniões (jovens raparigas) para aqui, reuniões (outras jovens raparigas) pra lá. Para a Kátia e para a Nati, o director Sitoe é um ministério: o das Finanças!
Mas não chega! A vida tá difícil e porque a universidade esta muito cara... a Nati, que namora com o Nuno, precisa de um ministério da Educação: o senhor Namwaka, que é casado. A Kátia tem um swing com o Jango que também namora a Nina.
O Jango é um player! Faz manutenção a dona Débora, coroa, que é o seu ATM. E que é esposa do senhor Smith, dono dum lodge, que põe pressão na Bia (e não beer) que trabalha no caixa do restaurante e que também solicita os préstimos da Terezinha.
Mas, paremos um pouco! Se todos estes relacionamentos implicam relações sexuais, isso significa que todos têm relações sexuais uns com os outros!
Imaginem se o Jango tiver HIV! Então, pode ter passado pra Nina, pra Kátia e pra Débora. Portanto, todos correm o risco de ser infectados pelo vírus já que fazem parte da mesma rede de relações sexuais. E você? Pertence a alguma rede? Pare e pense!
3 comentários:
Amiga, andei desaparecido mas tou de volta. Andei em reuniões mas não iguais as do Director Sitoe.
Olha, é um facto o que é relatado naquele spot. Há muita promiscuidade neste país e se não nos precavermos, teremos um futuro bem nublado.
Abraço e bom weekend para ti.
Opa, bons ventos te tragam , Saiete! Bom fim de semana e beijocas a Sandra e ao Junior
PS: Ainda bem que andas longe das reunioes do Dr. Sitoe
Olá Ximbita!
quero me desculpar por ter apanhado tarde esta postagem é que andei de férias e muita coisa me ultrapassou é o seguinte:
Joseph Hanlon e Teresa Smarte (2008:28)dizem que "...dos anos 80, 1 milhão de pessoas morreu (7% da população) e 5 milhões foram deslocados ou fizeram-se refugiados em países vizinhos (1/3 da População), os prejuizos foram estimados em 20 biliões de US$".
Ximbita! estes autores continuam e na página 35 a firmam o seguinte "... o fim da guerra trouxe um novo assassino, o HIV/SIDA (...) Com a paz, a epidemia alastrou pelo país inteiro".
Atenção companheiros isto é sério estamos a falar de 16,2% da taxa de seroprevalência em todo o País este número já nos diz tudo quantos moçambicanos já perdemos e vamos perder mais? quantos rios de dinheiro vamos perdendo? Vaí ver tanto a Guerra como o SIDA tem acento a cultura e modos de viver dos moçambicanos não sei porque é que aderrimos á criação da Família se queremos continuar a viver como inracionais que se envolvem sexualmente de forma desorganizada?
É frustrante o comportamento dos governos africanos que se contentam com a circulação de dólares via SIDA e não resolvem o problema! porque é que em Moçambique o HIV é razão de morte? se eles são portadores e não morrem?
Olha um seropositivo que inicia o tratamento ARV com 200 cd4 ném que venha a recuperar já é um alejado e não aconte o mesmo com eles, vamos mudar de comportamento a todos os níveis.
Durante as minhas férias andei em alguns Distritos a propalada colocação de hospitais dias nos distritos é ineficiente porque não tem equipamento para controlar o dito cd4 e os doentes devem ficar a espera dos resultados das amostras enviadas para a província! se os postos de saúde não são apetrechados ainda não estamos a fazer nada. Sabe, o SIDA está a matar de verdade mais que a Guerra dos 16 anos. lamento quem não toma consciência...
Brigado amiga
Enviar um comentário