segunda-feira, 26 de julho de 2010

Estórias em Maputo (28)

Hoje, para a alegria de muitos, os locais que oferecem refeições, sobretudo a hora do almoço, período em que grande parte das pessoas se encontra distante de suas residências, já não se limitam apenas aos restaurantes que, muitas vezes, cobram valores que correspondem ao rancho de muitos moçambicanos.

Assim, em roulottes, barracas de mercados formais e informais, casas de particulares, bares de classe média e em passeios da Grande Town, para além dos serviços à domicilio, é possível encontrar uma refeição quente, morna ou fria com preço à medida das possibilidades dos diferentes bolsos.

Contudo, muitos aproveitam-se dos inúmeros eventos organizados por entidades várias como seminários, workshops, reuniões ou conselhos coordenadores para garantirem o matabicho, almoço e lanche e se "bobear" organizar uma marmita para a familia "lá em casa".

Tal facto é notório pois, nas plenárias, nos debate e nos trabalhos em grupo, grande parte dos participantes se encontra ausente. Mas, tendo estes conhecimento prévio do programa de actividades e, consequentemente, dos períodos das refeições ninguém se atrasa na hora do "tacho".

Se por um lado estão os convidados ao evento, que se ausentam da plenária e se fazem presentes a "hora do rango", a sala de refeições apresenta-se um outro grupo : o dos não-convidados que, para variar, é o primeiro a servir-se, o que obviamente deixa em prejuízo aqueles que efectivamente participam nos eventos.

6 comentários:

Chacate Joaquim disse...

Olá Ximbi!
Ha necessidade de mais controlo pelos organizadores no caso dos penduras... se não os prejuizos vão continuar. ora a outra coisa é pode uma instituição não ter subsídio de refeições para os seus quadros mas quando se trata de seminários, conferências até que envolvem somente o pessoal da instituição há refeições!... será necessário? afinal não estamos no serviço? para mim o disperdício começa aqui.

Anónimo disse...

A isto se pode chamar de cambada de oportunistas...
Comparecer sem fazer parte do grupo de trabalho para 'tachar', é um abuso de todo o tamanho, levar comida para casa... isso nem tenho palavras para descrever...
As pessoas têm de mudar de mentalidade, ninguém, em princípio, deve nada a ninguém, e muitas vezes, certas coisas, devem ser consideradas um privilégio e não um direito adquirido.
Maria Helena

Ximbitane disse...

Chacate, concordo contigo. Mas também ha que ter em conta que muitos colegas vêm das "provincias". Também é uma forma de manter o pessoal proximo... Eu sei la!

Ximbitane disse...

Assino embaixo, Maria Helena, assino embaixo

Agentes de Segurança Socioeducativo de Minas Gerais, Brasil. disse...

Nós Agentes de Segurança Socioeducativo de Minas Gerais, Brasil, estamos enviando a "Voz do Agente" no endereço www.agentesocioeducativo.blogspot.com que é nossa ferramenta de luta para valorização da categoria e efetivação dos direitos humanos no sistema socioeducativo.
Mandamos um forte abraço

Ximbitane disse...

Um forte abraço e obrigada pelo convite Voz do Agente