Recebi, recentemente, um curioso email, cujo autor não vem mencionado, que descreve as mulheres dos diferentes bairros de Maputo e Matola. Ei-las:
As damas da Matola:
Tem a mania que são finas, mas acabam sempre com o tipo que também pensa assim. Acham que todo o mundo um dia lhes vai comer na mão. Quando abriram o Mimmo’s e o K-Slixe pensaram que a cidade toda fosse lá para sempre, agora divertem-se nas noites com seus vizinhos, tios e sobrinhos... eh eh eh tudo em família.
Mulheres da Liberdade:
Geralmente finas e até falam bem, mas esquecem-se sempre e mencionam 'barraca' quando querem ir ao Mimmo’s.
Mulheres de Malhampswene:
São de lá??? E as do Grande Maputo?
Mulheres do Benfica:
Bem, existem duas, umas pensam que são finas e ainda andam nos chapas lotados, super apertadinhas... depois de descer do chapa, ainda tem que limpar os sapatos (se tiver). Outras tão pouco se lixando... esboram-se nos chapas e chegam a cidade todas sovaqueiradas.
Mulheres do Chamanculo:
Pensam que são da cidade, gostam de Jeans e camizetes mas a diferença na cor, volume e tipo extensões do cabelo só elas é que não percebem. Cuidado: tem irmãos Ninjas e assaltantes.
Mulheres de Magoanine:
Algumas vêm da cidade e os namorados costumam estar também na cidade. Nunca sabem se vão chegar a casa. Os encontros têm de ser todos a luz do dia... depois fica difícil ir para casa. Têm sempre ideias de vender qualquer coisa: aros e janelas, petróleo, farelo... ih!
Mulheres de Bagamoyo:
Existem? Como é loooonge... da casa a paragem até descalçam os sapatos. Algumas cheiram sempre a diesel e carvão, não sei porquê!
Mulheres da Malanga:
Xiii, aquelas mulatas pensam que têm o mesmo fulgor que as outras cá de cima na town... mas são sujas, sujas, sujas, e andam lá também as pretinhas que tentam se parecer com elas. Mas vendem muito bem carvão e lenha.
Mulheres da Malhangalene:
As r... devem ter perdido a sensibilidade... quem nunca f... uma é por razões desconhecidas, mas as gajas têm uma inclinação pro sexo que é de admirar... fooooogo, como f...eeeeeeem. As mais sofisticadas foram ao Brasil e voltaram 4 anos depois.
Mulheres da Coop:
São amigas das da Malhangalene. São bradas.
Mulheres da Sommerchield:
Só conhecem Maputo da Coop à estátua de Eduardo Mondlane.
Mulheres da Polana Caniço:
Matlanda dzixas (brincam até o amanhecer)... como cheiram!
Mulheres do Bairro Ferroviario:
se chegares a casa e sentires um cheirinho não grite, provavelmente a lixeira habituou-lhe mal, e se ela nunca deixar a tua casa em dia também não te chateies, tá habituada a má urbanização do bairro. Cuidado: tem irmãos Ninjas.
Mulheres do Alto Maé: Pensam que vivem na Polana. A 'colômbia' alí perto é que lhes vai arrefecendo o sonho...
Mulheres da Polana:
Coitadas, nem sabem se ainda lhes pertence, os pais acabaram vendendo a casa e foram parar no Malhampswene.
Mulheres de Xiquelene:
Com tanta confusão, elas já nem sabem diferenciar um espectáculo de uma greve... Têm sempre na manga, alguma ideia de business... petróleo, cigarros, chuingas...
Mulheres de Maxaquene:
Não querem estudar...Sonham aparecer no programa do Sérgio Faife – 'Princesas'. Geralmente conhecem todas as marcas de Televisores, aparelho Hi-fi e DVDs... os manos né??? Vendem muitos randes.
Mulheres de Inhagoia:
Iiiiiiiiiiiihhhhh!!! Idem... e como 'Kenham' (falam mal).
Mulheres de Compone:
Verdadeiras atletas.... passam a vida a correr fugindo da polícia camarária. Cheiram xicalamidade.
Mulheres de Hulene:
Falam mal, vestem mal mas bebem muito bem... geralmente ajudam muito aos fins de semana nas pequenas ruas da Baixa no negócio da noite.
Mulheres de Malhazine:
Tal e qual as de Hulene mas ainda vão a Igreja.
Mulheres de Laulane:
Falam muito mas o areial tá lá... o que vale é que geralmente costuma estudar bem.
Mulheres de T3:
Akutiyela???? (São avarentas) Akukenha??? (falam mal e porcamente) Akuyiva??? (São ladras) Geralmente têm namorados Nigerianos, traficantes, ladrões, emigrantes ou Polícia.
Mulheres de Matendende:
Prefiro não comentar, mas parece que tão sempre com babalaza... minha tia é de lá.
Mulheres de Luis Cabral:
Como gostam de greves??? Confusão e ximoko é com elas...
Mais bairros??? É melhor parar por aqui...
As damas da Matola:
Tem a mania que são finas, mas acabam sempre com o tipo que também pensa assim. Acham que todo o mundo um dia lhes vai comer na mão. Quando abriram o Mimmo’s e o K-Slixe pensaram que a cidade toda fosse lá para sempre, agora divertem-se nas noites com seus vizinhos, tios e sobrinhos... eh eh eh tudo em família.
Mulheres da Liberdade:
Geralmente finas e até falam bem, mas esquecem-se sempre e mencionam 'barraca' quando querem ir ao Mimmo’s.
Mulheres de Malhampswene:
São de lá??? E as do Grande Maputo?
Mulheres do Benfica:
Bem, existem duas, umas pensam que são finas e ainda andam nos chapas lotados, super apertadinhas... depois de descer do chapa, ainda tem que limpar os sapatos (se tiver). Outras tão pouco se lixando... esboram-se nos chapas e chegam a cidade todas sovaqueiradas.
Mulheres do Chamanculo:
Pensam que são da cidade, gostam de Jeans e camizetes mas a diferença na cor, volume e tipo extensões do cabelo só elas é que não percebem. Cuidado: tem irmãos Ninjas e assaltantes.
Mulheres de Magoanine:
Algumas vêm da cidade e os namorados costumam estar também na cidade. Nunca sabem se vão chegar a casa. Os encontros têm de ser todos a luz do dia... depois fica difícil ir para casa. Têm sempre ideias de vender qualquer coisa: aros e janelas, petróleo, farelo... ih!
Mulheres de Bagamoyo:
Existem? Como é loooonge... da casa a paragem até descalçam os sapatos. Algumas cheiram sempre a diesel e carvão, não sei porquê!
Mulheres da Malanga:
Xiii, aquelas mulatas pensam que têm o mesmo fulgor que as outras cá de cima na town... mas são sujas, sujas, sujas, e andam lá também as pretinhas que tentam se parecer com elas. Mas vendem muito bem carvão e lenha.
Mulheres da Malhangalene:
As r... devem ter perdido a sensibilidade... quem nunca f... uma é por razões desconhecidas, mas as gajas têm uma inclinação pro sexo que é de admirar... fooooogo, como f...eeeeeeem. As mais sofisticadas foram ao Brasil e voltaram 4 anos depois.
Mulheres da Coop:
São amigas das da Malhangalene. São bradas.
Mulheres da Sommerchield:
Só conhecem Maputo da Coop à estátua de Eduardo Mondlane.
Mulheres da Polana Caniço:
Matlanda dzixas (brincam até o amanhecer)... como cheiram!
Mulheres do Bairro Ferroviario:
se chegares a casa e sentires um cheirinho não grite, provavelmente a lixeira habituou-lhe mal, e se ela nunca deixar a tua casa em dia também não te chateies, tá habituada a má urbanização do bairro. Cuidado: tem irmãos Ninjas.
Mulheres do Alto Maé: Pensam que vivem na Polana. A 'colômbia' alí perto é que lhes vai arrefecendo o sonho...
Mulheres da Polana:
Coitadas, nem sabem se ainda lhes pertence, os pais acabaram vendendo a casa e foram parar no Malhampswene.
Mulheres de Xiquelene:
Com tanta confusão, elas já nem sabem diferenciar um espectáculo de uma greve... Têm sempre na manga, alguma ideia de business... petróleo, cigarros, chuingas...
Mulheres de Maxaquene:
Não querem estudar...Sonham aparecer no programa do Sérgio Faife – 'Princesas'. Geralmente conhecem todas as marcas de Televisores, aparelho Hi-fi e DVDs... os manos né??? Vendem muitos randes.
Mulheres de Inhagoia:
Iiiiiiiiiiiihhhhh!!! Idem... e como 'Kenham' (falam mal).
Mulheres de Compone:
Verdadeiras atletas.... passam a vida a correr fugindo da polícia camarária. Cheiram xicalamidade.
Mulheres de Hulene:
Falam mal, vestem mal mas bebem muito bem... geralmente ajudam muito aos fins de semana nas pequenas ruas da Baixa no negócio da noite.
Mulheres de Malhazine:
Tal e qual as de Hulene mas ainda vão a Igreja.
Mulheres de Laulane:
Falam muito mas o areial tá lá... o que vale é que geralmente costuma estudar bem.
Mulheres de T3:
Akutiyela???? (São avarentas) Akukenha??? (falam mal e porcamente) Akuyiva??? (São ladras) Geralmente têm namorados Nigerianos, traficantes, ladrões, emigrantes ou Polícia.
Mulheres de Matendende:
Prefiro não comentar, mas parece que tão sempre com babalaza... minha tia é de lá.
Mulheres de Luis Cabral:
Como gostam de greves??? Confusão e ximoko é com elas...
Mais bairros??? É melhor parar por aqui...
15 comentários:
Xim, com sinceridade NUNCA imaginei que podesses trazer este email para aqui. Hahahaha. Mas vindo de ti, não me surpreende.
Estamos aqui perante um conjunto de generalizações, catalogações etc. Mas, se calhar, em algum momento bate um "click" de isto parece verdade.
Não quero discutir o juízo que fazemos ou possamos fazer deste textículo. Quero é perguntar: que imagem é que as mulheres transmitem de si próprias?
Este texto diz todas essas coisas que ridicularizam a mulher: o que dizem os outros homens de cada mulher moçambicana ou em Moçambique?
Até que ponto as mulheres não "lucram" com a exposição a que estão permanentemente sujeitas.
Mulheres: Tomem o texto e reflictam sobre o que é que, potencialmente, o JM pode dizer de mim (quem diz JM diz qualquer homem) partindo da minha imagem, da minha forma de estar e de me apresentar.
Sério, Muthisse? Também pensei o mesmo! Mas depois das reflexoes do Modaskavu sobre a mulher, ao ver o mail, as questoes começaram a aparecer e perguntei-me "porque não partilhar"?
Acima de tudo, espero um debate sobre a imagem que se faz da mulher, em geral, e da maputense, em particular, torcendo para que apareça um génio criativo a fazer o mesmo retrato do homem.
Lol... farte-me de rir...estou a tentar identificar alguns bairros...e aluns tipos hahaha
Bjs meus
é só dizer que é de fora de maputo (hehehe). tenho uma amiga que disse que era da praia do xai-xai para não ser catalogada. coisas sérias: às vezes remonstramo-nos contra os que levam tempo a satirizar coisas sérias (não acredito que repeti isso). mas podíamos esquecer isso e olhar para o que o e-mail diz. será que as comparações são válidas? é válido generalizar as classificações? se concordamos que cada um é como cada qual, como podemos explicar esse "género literário"? amanhã é dia de luta contra a violência baseada no género e acho esse e-mail um ponto de partida para envolvermo-nos com afinco nessa luta.
olá Ximbita,ahahahahah você não existe um dia terei que estudar te. BJs. JM tem razão, quando se fala de homens que violentam a mulher e a criança há vezes que olho para mim e auto-avalio me se não estarei a fazer o mesmo com a minha família! e julgo isso Humano.
B. Valy
Eu acho que deveriamos questionar a representatividade da amostra estudada porque caso tenha se respeitado este princípio. Etão a generalização é válida!
tenha paciência de me seguir: quando estudei a teoria das necessidade de Maslw. auguns autores negam a generalização da necessidade Humana pela vida como primordial argumentando que há Homens que trocam a vida por outras necessidades eu questiono até agora será que o asiático que faz isso é representativo em relação á Humanidade em sí? se não for então é inrelevante a comparação! mas a Rosa langa devia passar por aqui ter uma sugestão para o seu próximo livro ahaha o que acha Valy?
Hahahaha. A Ximbitane no seu melhor. Concordo consigo Mano Júlio, reflictamos sobre a imagem das mulheres partindo destas generalizações.
Hehehe, e como ja estas no terreno... Cuidado com essas dai que "pensam que vivem na Polana". Bjus di meu
Uma belo soluçao, nao é Bayano? Fugir com o rabo à seringa!
Bom, eu realmente nao sei se as comparaçoes sao validas. Eis uma razao para trazer para ca este mail e acima de tudo "estas ideias"!
Quanto ao dia de amanha, hehehehe, ja estamos nos preparando " quem machuca sua mulher, machuca toda uma familia". Vale a pena continuar a ser violento?
Existo sim senhor, CJ! Agora quanto a ser objecto de um estudo cientifico... vamos em frente! Posso ser cobaia, mas ha cash?
E o que o Matsinhe tem a dizer sobre as diferentes faces das Maputenses?
Esta generalizacao parece muito "generalizada", hehe! Logo a primeira, acho muito dificil poder agrupar atitudes comportamentais "por bairros", se so' numa familia isso ja' seja virtualmente impossivel! Um menino "da cidade" teve aqui um momento da inspiracao para fazer pouco das meninas da periferia!
Em Maputo conheço 3 tipos de mulheres:
1.(as minhas preferidas) Sérias/trabalhadoras - Estas têm metas na vida; estudam e/ou trabalham e levam a sua actividade a sério, sabem que é disso que depende o seu futuro; levam a sério a família, o marido e os filhos, sem serem antiquadas ou a querer sê-lo sabem estar como esposas, mães, profissionais de qualquer área etc. São cada vez mais raras.
2. (em número cada vez mais crescente) As vida dupla - misturam muito do que foi dito acima mas nunca se contentam com o que tem. Há sempre um colega, um tipo bem posicionado que ajuda nas contas de casa, nas da roupa e carro (principalmente estas), ajuda também a fazer as orelhas do filho (se não for todo o filho) etc. - São os temas de conversa no bar com os amigos principalmente pela forma como se desembaraçam dos amigos para ir ter com o OUTRO.
3. (ufff por ignorantes que são engravidam cedo e/ou são infectadas com HIV) As sirigaitas - mesmo sem parar na Keneth Kaunda, Julius Nyerere ou 24 de Julho, jogam com tudo o que tem para estar ON. Não estudam (embora finjam que o fazem) não trabalham, não fazem nada. São cada vez mais aos montes na cidade. Pedem te boleia e ao descer querem logo dinheiro de crédito; sais com ela pensando estar a sair com alguem decente e no caminho de regresso te conta da festa que tem dia seguinte e da necessidade de levar qualquer coisa para a dita cuja e te pede 500 MT... ficas boquiaberto e dizes para consigo: "estou com uma mulher decente ou uma prostituta?" Não precisarás sair 3 vezes para dar conta que é a segunda hipótese.
em suma:
1 - representam 40% das mulheres que conheço;
2 - representam 30% (sempre dá mais prestígio ter um marido em casa)
3 - representam 20%
Os outros 10% são constituidos por lésbicas (que abomino), religiosas (irmãs), etc.
Xim, viste o tempo que me levaste p detalhar o que penso e o que conheço de algumas mulheres de Maputo?
Matsinhe
PS: as mulheres que conheço e com aquelas características estão em todos os bairros.
ERRATA,
No nº 2 do meu comentário anterior onde se lê "principalmente pela forma como se desembaraçam dos amigos para ir ter com o OUTRO", deve se ler "principalmente pela forma como se desembaraçam dos MARIDOS para ir ter com o OUTRO"
Concordo consigo, caro Osvaldo, se levarmos em conta que so os aspectos negativos estao vincados nesta lista.
O pobre menino rico la da zona alta da town, esqueceu-se por exemplo que é la do Benfica, Malhazine, Zimpeto e outros de onde vem "a tipa" que lhe lava as cuecas...
E que, ainda por cima, lhe paga um salario miseravel que nao lhe permite sequer comprar dois pares de sapato (um de casa ao chapa e outro do chapa para a sua flat, no predio) devendo por isso "limpar os sapatos depois de descer do chapa".
Volte sempre
Matsinhe, vejo que acatou o conselho do senhor jurista/estilista e reflectiu bastante.
Felizmente para si, conhece o tipo de mulheres de Maputo e eu vejo-me na quase contigencia de acrescenta-las, em adenda, ao artigo em debate.
O seu comentario é ainda mais interessante porque regroupa todas as faces em tipos: sérias/trabalhadoras, as de vida dupla e as ignorantes e sirigaitas.
Vamos em frente, é bom saber o que os homens pensam de nos e como nos vêem e avaliam.
Obrigada e desculpe-me pela trabalheira
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